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segunda-feira, 4 de junho de 2012

Mãe que paga para matar o filho... - Sociedade



A dona de casa Maria Selma Costa dos Santos, de 70 anos, foi presa terça-feira em Duque de Caxias (RJ) após confessar ter pago R$ 20 mil a um pistoleiro para matar o próprio filho, segundo a polícia. O empresário José Fernandes dos Santos Reis, de 52 anos, foi morto em 29 de novembro de 2011. A idosa estava descontente com a mesada que recebia dele.
Reis era dono de uma construtora, de uma fábrica de materiais elétricos, de uma confecção e de uma lanchonete. Casado, morava na zona sul do Rio com a mulher e um filho de 15 anos, e frequentava a casa da mãe no centro de Caxias, onde mantinha um escritório. As desavenças com a idosa eram frequentes.
Duas semanas antes do crime, Maria Selma pediu à faxineira Maria José da Silva Dias, de 42 anos, que encontrasse um pistoleiro disposto a matar seu filho. Segundo a empregada, a idosa alegou que o filho estava tomando ilegalmente seus bens e iria deixá-la "na rua". Ela também disse que o filho pretendia matá-la, e por isso o mataria primeiro.
A faxineira levou a proposta ao vigia de rua Isaac Paulo de Moraes, de 22 anos, que pediu R$ 20 mil pelo serviço. A idosa pagou R$ 5 mil antes do crime e orientou o vigia a aproveitar o momento em que seu filho saía da casa dela, sempre no início da noite. Ele dispensava o segurança às 19 horas e, ao sair da casa, tirava o carro e descia para fechar o portão. Deveria ser morto antes de voltar ao carro, que é blindado.
Na terceira tentativa, o vigia conseguiu matar Reis com três tiros e fugir. Depois recebeu mais R$ 15 mil. Segundo a faxineira, ao ouvir os tiros, a idosa disse que o filho tinha ido "para o inferno". Um dia antes de ser morto, o empresário havia dito à mulher que suspeitava que sua mãe estava tramando algo contra ele. Os dois haviam discutido e a mãe chamou o filho de "ladrão". A polícia suspeitou da idosa porque ela contratou um advogado para orientar os depoimentos dela e da faxineira. O vigia e a faxineira também estão presos.
Mais uma tragédia urbana. Cada vez mais penso se devo comentar coisas assim, pois afinal, não criei o blog para ficar discutindo as tragédias sociais. Mas a mesquinhez é motivo para escrever e comentar. Afinal, já escrevi antes: "A sociedade está se perdendo"...
Vejo que estamos perdendo valores, na verdade, estão valorizando o quanto uma vida está valendo. Por trocados, tira-se a vida de alguém. Mata-se por um tênis, um celular, uma mesada, um video-game.
Os assassinos querem direitos, se escondem e sentem-se coagidos e humilhados. Direitos humanos, sim, eles levantam bandeira defendendo OS BANDIDOS. O cidadão comum, aquele que paga suas contas e se protege por grades e muros altos, não é defendido. Volto a repetir: Não está na hora de rever os direitos constitucionais do criminoso, deixando de lado essa tutela e proteção que fomenta ainda mais o crime?
O assunto é polêmico, mas devemos discutir, não apenas aqui, nessas belas terras tropicais, mas de forma ampla. Quando nos calamos, estamos consentindo que façam. Eu procuro não me calar, mas sozinho, pouco posso fazer, além de pontuar mais uma notícia...

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