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terça-feira, 26 de junho de 2012

Naufrago a ver navios... - Economia/Sociedade

Não sei se seria oportunismo ou ou que, mas Adrian Vasquez decidiu entrar na Justiça da Flórida acusando a Princess Cruises de negligência. Trata-se de um panamenho que sobreviveu 28 dias no oceano Pacífico e presenciou a morte de dois colegas abriu um processo contra a empresa, peradora de um navio que passou pelo grupo sem prestar socorro.
Passageiros do cruzeiro disseram ter visto os pescadores e alertado a tripulação, mas a empresa diz que o capitão da embarcação não foi avisado. A advogada do pescador, Edna Ramos, disse que o processo inclui o testemunho de dois passageiros que confirmam ter visto os náufragos e alertado a tripulação. Uma passageira, Judy Meredith, afirmou a jornalistas que viu os pescadores com um binóculo e avisou um atendente, que confirmou ter repassado a informação à tripulação.
Os três pescadores voltavam de uma viagem ao rio Hato, para onde tinham ido em fevereiro, quando um dos motores do barco de cerca de três metros de comprimento falhou. Após 16 dias à deriva, eles avistaram um navio de cruzeiro e tentaram fazer sinais com um casaco vermelho.
"Ficamos muito felizes, porque achamos que eles viriam nos resgatar", disse Vasquez. Ele foi resgatado dias depois a cerca de 1.000 quilômetros do continente, próximo às Ilhas Galápagos. Seus amigos já tinham morrido de sede. Uma tempestade repentina, que reabasteceu seus suprimentos de água, foi crucial para a sobrevivência de Vasquez.
A empresa disse que houve uma falha de comunicação. Afirmou ainda que está ciente das obrigações perante a lei internacional do mar e que esteve envolvida em mais de 30 resgates nos últimos dez anos.
Obrigação de prestar auxílio:
 - A obrigação de prestar assistência, sob o artigo 98 da Convenção da ONU da Lei do Mar (UNCLOS), é um princípio difundido sobre a lei internacional do mar.
- Segundo a legislação, desde que possa ser feito sem colocar a embarcação em sério risco, o capitão é obrigado a “prestar assistência a qualquer pessoa encontrada no mar em risco de se perder; a proceder com toda a velocidade possível para resgatar pessoas em dificuldade, se informado de sua necessidade de assistência, desde que tal ação possa ser razoavelmente esperada dele”.

Fontes: ONU
Em condições razoáveis, podemos observar que houve de fato negligência,  mas os passageiros poderiam haver exigido que houvesse algum fato efetivo, simplesmente avisando e achando que com isso o assunto havia sido regularizado. Dizer que houve omissão da empresa, aparentemente seria oportuno, mas achar que um aviso e não acompanhar o processo é também querer se eximir de responsabilidade.
Sem querer divagar muito, comentar que um prédio está pegando fogo, não ajuda em nada, se me manter no imobilismo, como o comportamento social está indicando. Afinal, não sou eu quem estou no topo pronto para virar um churrasquinho...

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