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sábado, 2 de junho de 2012

Trabalho não Mata? - Saúde

Sempre ouvi dizer, e difundi a máxima: Trabalho não mata. Mas a verdade não é bem assim, existem profissões potencialmente perigosas, devido ao tipo de atividade. Isso está relacionado ao tipo, onde existe o risco iminente de quedas, descargas elétricas e outras, que de uma forma ou outra, potencializam o risco.
Mas também existem os problemas das conhecidas "Doenças Profissionais". Nesse grupo, existem trabalhadores que por repetição de atividade, ou exposição a componentes podem adquirir esses tipos de males. Tanto que a legislação reconhece o risco da atividade, exigindo menor tempo para que esses trabalhadores gozem da sua aposentadoria, sem prejuízo de redução de remuneração.
Estima-se que aproximadamente 20.000 brasileiros serão diagnosticados neste ano com algum tipo de câncer relacionado ao trabalho, segundo informou nesta segunda-feira o diretor-geral do Instituto Nacional de Câncer (Inca), Luiz Antonio Santini. O dado foi anunciado junto com a divulgação das Diretrizes para a Vigilância do Câncer Relacionado ao Trabalho, documento produzido pelo Inca. De acordo com a publicação, ao menos 19 tipos de câncer — entre eles o de pulmão, pele, fígado e laringe — estão relacionados à ocupação profissional do paciente. Trabalhadores das áreas da beleza, aviação, química e farmácia são alguns dos mais expostos ao risco da doença.Estima-se que entre 8% e 16% de todos casos de tumores malignos sejam causados pelo trabalho. A publicação indica que o contato frequente com determinadas substâncias é um fator importante no aumento do risco de certos tipos de câncer. De acordo com o Inca, isso pode ser atribuído tanto a compostos considerados cancerígenos pela Organização Mundial da Saúde (OMS), como o amianto, quanto a produtos aparentemente inofensivos, como poeira de madeira ou de couroO documento destaca estimativas da Organização Internacional do Trabalho (OIT), segundo as quais, em 2005, 440.000 pessoas morreram no mundo em decorrência da exposição a substâncias nocivas à saúde. Desse total, 70% foram vítimas de algum tipo de câncer. "Os trabalhadores precisam de mais informações sobre os riscos no exercício de suas funções, porque as concentrações de substâncias cancerígenas, geralmente, são maiores nos ambientes de trabalho quando comparadas a outros locais", diz Luiz Antonio Santini, diretor-geral do Inca. 

Para Ubirani Otero, epidemiologista e responsável pela Área de Vigilância do Câncer Relacionado ao Trabalho e ao Ambiente do Inca, é importante que os médicos se preocupem em saber qual é a ocupação do paciente e sua rotina de trabalho. Eliminar ou reduzir a exposição a substâncias que podem desencadear um câncer deve ser a principal estratégia para reduzir o número de tumores relacionados à ocupação profissional.

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