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terça-feira, 28 de fevereiro de 2017

09 - Içami TIba - “Nós educamos os filhos para que eles usem drogas” - Educação

iG: Amor e educação combinam com disciplina?
Içami Tiba: Disciplina é a coisa que mais combina com a educação. É uma competência que você desenvolve para atingir o objetivo que quer. Se você ama alguém, tem que ter disciplina. Os pais precisam fazer com que os filhos entendam que eles têm que cumprir sua parte para usufruir o amor. Os pais precisam exigir.

iG: Como exigir sem agressividade?
Içami Tiba: O exigir é muito mais acompanhar os limites, aquilo que o filho é capaz de fazer. Não dá para exigir que ele vá pendurar roupas no armário se ele não pode arrumar uma gaveta. Por outro lado, os pais não podem fazer pelos filhos o que eles são capazes de fazer sozinhos. A partir daí, quando se cria uma segurança, a exigência começa a fazer parte da convivência. Essa exigência é boa. O pai não pode sustentar e não receber um retorno. É como se ele comprasse uma mercadoria e não a recebesse.

iG: No livro, o senhor diz que todos somos educadores. Como podemos nos portar para educar direito as outras pessoas?
Içami Tiba: Você quer educar? Seja educado. E ser educado não é falar “licença” e “obrigado”. Ser educado é ser ético, progressivo, competente e feliz.

segunda-feira, 27 de fevereiro de 2017

08 - Içami TIba - “Nós educamos os filhos para que eles usem drogas” - Educação


iG: Por que você acha que alguns pais não ensinam os filhos a ter responsabilidade?
Içami Tiba: Não ensinam porque não aprenderam. Estes pais querem ser amigos dos filhos e isso não faz sentido. Provedor não é amigo.

iG: Por que o pai não pode ser só amigo ou só provedor?
Içami Tiba: Não pode ser amigo porque pai não é uma função que se escolhe, e amigos você pode escolher. O filho é filho do pai e tem que honrar os compromissos estabelecidos com ele. Um filho não pode trocar de pai assim como troca de amigo, por exemplo. Por outro lado, o pai que é unicamente provedor, como eram os de antigamente, também não dá uma educação saudável ao filho, afinal ele apenas dá e não cobra. Pai não pode dar tudo e não controlar a vida do filho. Quando digo controle, quero dizer que o pai deve fazer com que o filho corresponda às expectativas, que o filho faça o que precisa ser feito. Um filho não pode deixar de escovar os dentes ou de estudar e o pai não pode deixar isso passar.

iG: Como a meritocracia pode ajudar na criação?
Içami Tiba: O mundo é meritocrata, os pais se esqueceram disso. Ganha-se destaque por alguma coisa que a pessoa fez; se não mereceu, logo o destaque se perde. Dar a mesma coisa para o filho que acertou e para o que errou não é bom para nenhum dos dois. É preciso ser justo. Os pais precisam aprender a educar, não dá para continuar achando que apenas porque são bonzinhos vão ser bons pais. Não adianta muito um cirurgião apenas amar seu paciente; para fazer uma boa cirurgia é preciso ter técnica. É a mesma coisa com os pais.

domingo, 26 de fevereiro de 2017

07 - Içami TIba - “Nós educamos os filhos para que eles usem drogas” - Educação

iG: Qual a responsabilidade dos pais e qual a dos educadores na educação das crianças?
Içami Tiba: A família continua sendo a principal responsável pela educação de valores, mas é importante que haja uma parceria na educação pedagógica. As crianças viraram batatas quentes: os pais as jogam na mão dos professores, os professores devolvem. Pais precisam ser parceiros dos professores. Quem tem que liderar a parceria, no começo, é a escola, pois tem um programa mais organizado. Com a parceria, ambos ficam fortes. Os pais ficam mais fortes quando orientados pela escola.

iG: O que é mais importante na educação de uma criança?
Içami Tiba: É exigir que ela faça o que é necessário. Os pais dão tudo e depois castigam os filhos porque estes fazem coisas erradas. Mas não é culpa dos filhos. Afinal, eles não querem estudar porque estudar é uma coisa chata, mas alguma vez ele fez algo que é chato em casa? No final, a criança estica na escola aquilo que aprendeu em casa. A educação é um projeto de formar uma pessoa com independência financeira, autonomia comportamental e responsabilidade social.

iG: Como os pais podem educar bem seus filhos? Qual o segredo?
Içami Tiba: Um pai de verdade é aquele que aplica em casa a cidadania familiar. Ou seja, ninguém em casa pode fazer aquilo que não se pode fazer na sociedade. Os pais devem começar a fazer em casa o que se faz fora dela. E, para aprender, as crianças precisam fazer, não adianta só ouvir. Elas estão cansadas de ouvir. Muitas vezes nem prestam atenção na hora da bronca, não há educação nesse momento. É preciso impor a obrigação de que o filho faça, isso cria a noção de que ele tem que participar da vida comunitária chamada família.

iG: No livro, o senhor comenta que uma das frases mais prejudiciais para se falar para um adolescente é o “faça o que te dá prazer”. Por quê?
Içami Tiba: O problema é que essa frase passa apenas o critério de prazer e não o de responsabilidade. Nós queremos que nossos filhos tenham prazer sem responsabilidade. Por isso eles são irresponsáveis na busca deste prazer. E o que é uma droga, senão uma maneira fácil de se ganhar prazer? A pessoa não precisa fazer nada, apenas ingeri-la. Nós educamos os filhos para que eles usem drogas. Se ele tiver que preservar a saúde dele, pensa duas vezes.

sábado, 25 de fevereiro de 2017

06 - Içami TIba - “Nós educamos os filhos para que eles usem drogas” - Educação

Por Camila de Lira, iG São Paulo | 14/07/2011 07:35
Em entrevista, psiquiatra Içami Tiba redefine os papeis de pais e de educadores e alerta para os perigos da “cultura do prazer”
Uma pergunta que nunca sai – ou ao menos nunca deveria sair – da cabeça de pais e professores é “como educar as crianças de verdade?”. Autor de livros como “Adolescentes: quem ama educa!” e “Disciplina: Limite na Medida Certa” (ambos da Editora Integrare), o psiquiatra Içami Tiba responde esta e outras questões relacionadas à educação em seu novo livro, “Pais e Educadores de Alta Performance” (Editora Integrare).
Içami Tiba: "os pais devem exigir que seus filhos façam o que é necessário"
Com 43 anos de experiência em consultório, Içami alerta os pais para os perigos da cultura do prazer.
“Nós educamos os filhos para que eles usem drogas”, comenta, avaliando a atitude de pais que oferecem tudo sem exigir responsabilidade em troca. Para ele, a família é a principal responsável pela formação dos valores e não deve jogar esse papel para a escola. Mas as escolas, por terem um programa educacional organizado, podem guiar os pais. Leia a entrevista com o autor.

sexta-feira, 24 de fevereiro de 2017

05 - Içami TIba - “Nós educamos os filhos para que eles usem drogas” - Educação

Ninguém nasce sabendo ser pai ou mãe. Quando os filhos chegam, desconheço que venham com manual do fabricante ou com instruções “de uso”. Ninguém poderia escrever um manual assim, porque cada um dos filhos é um universo único. O que se pode fazer é tão somente trazer aos pais algumas reflexões sobre o seu comportamento enquanto educadores dos seus próprios filhos.
No Brasil, Içami Tiba (Médico Psquiatra, Educador, Escritor) sempre nos convidou à refletir sobre a família e, em especial, à paternidade.
Não raro observamos filhos que maltratam e dominam os seus pais, demonstrando precocemente uma tendência à manipulação e à jogatina emocional movida à chantagem. Içami Tiba, em seu livro “Educação Familiar – Presente e Futuro”, ensina-nos a não ignorar tais situações:
“Se um filho ofende a mãe, esta não deveria atendê-lo. Se a mãe engole seco e procura atendê-lo, está reforçando a má educação. Se a mãe, sem ficar brava, disser claramente: “Se você me trata mal, eu saio de perto de você” (e se afasta), o filho vai aprender que se tratar mal as pessoas, elas se afastarão.
Não é interessante nem educativo a mãe se afastar em silêncio ou magoada. Tem de explicar que não aceitou como o filho a tratou. Não basta o filho vir e pedir algo outra vez. É preciso que antes peça desculpas pelo desrespeito. Este é o preço que o filho deve pagar por ter tratado mal a mãe. Se insistir com grosseria, ele que arque com outras consequências, que devem estar combinadas antes. Tudo o que é combinado tem de ser cumprido. Mesmo que a vontade dos pais seja perdoar, alimentam a má educação.”
A inércia, o silêncio, assim como atender ao filho quando este humilha, maltrata ou tenta de qualquer modo manipular os pais é anuir ao seu comportamento. É referendá-lo, incentivando-o a permanecer no equívoco da conduta. Estejamos atentos tanto aos nossos atos quanto às nossas omissões. A nossa atenção e cuidado quanto aos laços afetivos são provas de amor.

quinta-feira, 23 de fevereiro de 2017

04 - Içami TIba - “Nós educamos os filhos para que eles usem drogas” - Educação

Acervo: 26 frases e pensamentos de Içami Tiba.

Frases e Pensamentos de Içami Tiba
Se você abre uma porta, você pode ou não entrar em uma nova sala. Você pode não entrar e ficar observando a vida. Mas se você vence a dúvida, o temor, e entra, dá um grande passo: nesta sala vive-se! Mas, também, tem um preço... São inúmeras outras portas que você descobre. Às vezes curte-se mil e uma. O grande segredo é saber quando e qual porta deve ser aberta. A vida não é rigorosa, ela propicia erros e acertos. Os erros podem ser transformados em acertos quando com eles se aprende. Não existe a segurança do acerto eterno.

A vida é generosa, a cada sala que se vive, descobre-se tantas outras portas. E a vida enriquece quem se arrisca a abrir novas portas. Ela privilegia quem descobre seus segredos e generosamente oferece afortunadas portas. Mas a vida também pode ser dura e severa. Se você não ultrapassar a porta, terá sempre a mesma porta pela frente. É a repetição perante a criação, é a monotonia monocromática perante a multiplicidade das cores, é a estagnação da vida... Para a vida, as portas não são obstáculos, mas diferentes passagens!

Eu sou branco. Você é vermelho.
Quando estamos juntos somos rosa.
Antes de eu conhecer você, eu não sabia o que era rosa.
Até que eu vivia bem sozinho:
comia o que e na hora que eu queria;
saía na hora quando bem entendia para ir ao lugar que tinha vontade de ir,
numa liberdade, independência e auto-suficiência.
Quando eu vi você, fiquei vermelho de paixão
e nem me incomodei com os meus brancos.
Até perceber-me que eu já não era mais o branco.
Foi quando o vermelho começou a me sufocar e então, brancamente, me protegi.
Mas às vezes eu me irritava e brigava com você.
No fundo, era porque você era vermelha e não branca igualzinho a mim.
Percebi-me em alguns variados momentos querendo mudar a sua cor.
Ainda bem que você soube permanecer-se vermelha, ter suas próprias emoções,
sentimentos, comportamentos e pontos de vista.
Caso contrário, você seria também branca.
Mas tive minhas reticências,
pois estava acostumado ao meu ritmo e modo de vida branco.
Temi perder minha individualidade.
Mas aos poucos fui descobrindo que o branco para se transformar em rosa
não é perder, desestruturar-se e desaparecer, mas é completar-se com o vermelho.
O rosa me atemorizou, mas hoje vejo quanto é gostoso conviver,
relacionar-me, amar e ser amada.
Dá mais trabalho porque nem tudo pode e deve ser feito brancamente,
mas sem dúvida tudo pode ser mais gostoso e rico com o vermelho.
Frequentemente, um bom lanche branco
não é tão agradável quanto um singelo jantar rosa.
Um mundo muito Cor de Rosa a todos....Içami Tiba

quarta-feira, 22 de fevereiro de 2017

03 - Içami TIba - “Nós educamos os filhos para que eles usem drogas” - Educação

No seu currículo existem mais de 3 mil palestras proferidas, mais de 72 mil atendimentos psicoterápicos a adolescentes e suas famílias e também 16 livros publicados, com um total de 850 mil livros vendidos.

Obras
Sexo e Adolescência, Editora Ática, 10ª- ed., 1985.
Puberdade e Adolescência, Editora Ágora, 6ª- ed., 1986.
Saiba Mais sobre Maconha e Jovens, Editora Ágora, 6ª- ed., 1989
123 Respostas sobre Drogas, Editora Scipione, 3ª- ed., 11ª- impr., 1994.
Adolescência, o Despertar do Sexo, Editora Gente, 18ª- ed., 1994.
Seja Feliz, Meu Filho, Editora Gente, 21ª- ed., 1995.
Abaixo a Irritação, Editora Gente, 16ª- ed., 1995.
Disciplina, limite na medida certa, Editora Gente, 72ª- ed. 1996
O(A) Executivo(a) & Sua Família - O Sucesso dos Pais Não Garante a Felicidade dos Filhos, Editora Gente, 8ª- ed., 1998.
Amor, Felicidade & Cia., Editora Gente, 7ª- ed., 1998.
Ensinar Aprendendo, Editora Gente, 24ª- ed., 1998.
Anjos Caídos - Como Prevenir e Eliminar as Drogas na Vida do Adolescente, Editora Gente, 31ª- ed., 1999.
Obrigado, Minha Esposa, Editora Gente, 2ª- ed., 2001.
Quem Ama, Educa!, Editora Gente, 160ª- ed., 2002.
Homem-Cobra, Mulher-Polvo, Editora Gente, 26ª- ed., 2004.
Adolescentes: Quem Ama, Educa! - Integrare Editora, 38ª ed., 2008.

Entre 2006 e 2007 lançou as versões revisadas e atualizadas dos livros:
Disciplina: limite na medida certa. Novos Paradigmas, Integrare Editora, 80ª ed., 2008;
Ensinar Aprendendo. Novos paradigmas na educação, Integrare Editora, 28ª ed., 2008;
Educação & Amor, Integrare Editora, 2ª ed., 2007;
Seja Feliz, Meu Filho, Integrare Editora, 25ª. ed., 2007;
Juventude & Drogas: Anjos Caídos, Integrare Editora, 9ª ed., 2008;
Quem Ama, Educa! Formando cidadãos éticos; Integrare Editora,10ª ed., 2008.

terça-feira, 21 de fevereiro de 2017

02 - Içami TIba - “Nós educamos os filhos para que eles usem drogas” - Educação

Sua especialidade era a psicoterapia para adolescentes e suas famílias, atendendo, em sua clínica particular, a mais de dois mil pacientes a cada ano, aos quais aplicava os princípios da Teoria da Integração Relacional, por ele próprio criada, e técnicas de psicodrama. Para Içami Tiba, a maior parte dos problemas psíquicos dos adolescentes pode ser atribuída ao comportamento de seus pais, que agem eles próprios como adolescentes. Esses pais, na expressão criada pelo médico, estariam vivendo numa fase de "adultescência".
Segundo uma pesquisa feita pelo IBOPE, a pedido do Conselho Federal de Psicologia, seu nome está em terceiro lugar como o autor de pesquisa e referência, antecedido por Freud (1° lugar) e Jung (2° lugar). Trabalhou por três décadas com adolescentes e conflitos familiares - Içami Tiba era um dos maiores especialistas nessa área no Brasil.
Içami manteve colunas no Jornal da Tarde de São Paulo no Caderno de Educação, e Revista Viva São Paulo na seção Pais & Filhos, bem como o programa semanal "Quem ama, educa!" na Rede Vida de Televisão. Recentemente, tinha tornado-se colunista do portal UOL no link de educação, escrevendo artigos quinzenalmente. Com 22 obras publicadas e regularmente reeditadas, foi campeão absoluto de vendas de livros no Brasil em 2003, segundo a Revista Veja. Lançado em 2002, o clássico Quem ama educa!, já passou de 170 edições, um verdadeiro fenômeno editorial no Brasil. Foi editado em Portugal, Espanha e Itália e vendeu mais de 1 milhão de exemplares, considerando a também a versão atualizada. Seu livro, Quem Ama, Educa! Formando cidadãos éticos chegou às livrarias em 2007. A nova versão, totalmente revista e atualizada, traz a visão do autor sobre a importância da educação dos pais na vida dos filhos.

segunda-feira, 20 de fevereiro de 2017

01 - Içami TIba - “Nós educamos os filhos para que eles usem drogas” - Educação

Este é um material de 2011, mas continua altamente atual. Antes, gostaria de falar sobre Içami Tiba. Foi fonte de consulta e leitura, quando vieram meus filhos, o qual orientou sempre, sendo um "Norte" para muitos pais de primeira viagem. O material continua atual...
Foi um médico psiquiatra, psicodramatista, colunista, escritor de livros sobre Educação, familiar e escolar, e palestrante brasileiro. Professor em diversos cursos no Brasil e no exterior, criou a Teoria da Integração Relacional, que facilita o entendimento e a aplicação da psicologia por pais e educadores. Como palestrante Tiba também já fez mais de 3.200 participações de eventos do gênero, tanto no Brasil como em outros países.
Foi filho de imigrantes japoneses que haviam chegado ao Brasil por conta das dificuldades que passaram em consequência dos tempos de guerra que o Japão passava. Junto com outros familiares, seus pais chegaram ao Brasil em 1936. Construíram em Tapiraí um armazém de alvenaria chamado de "Casa Tiba – Secos e Molhados". E aos fundos desse estabelecimento era a casa da família Tiba e também local de nascimento de Içami, onde também viviam seus irmãos, avós e mais uns irmãos caçulas de seu pai. Sonhou ser caminhoneiro, mas inspirado pelo médico da cidade de Piedade, Dr. Imamura, resolveu ser médico, quando este foi atender sua família em Tapiraí. Formou-se em medicina pela Universidade de São Paulo, em 1968. Em seguida especializou-se em psiquiatria pelo Hospital de Clínicas da mesma universidade, onde foi professor assistente por sete anos.
Entre seus diversos títulos, encontram-se os de Membro da Equipe Técnica da Associação Parceria Contra Drogas (APCD), membro eleito do Board of Directors of the International Association of Group Psychotherapy, Professor-Supervisor de Psicodrama de Adolescentes pela Federação Brasileira de Psicodrama, Conselheiro do Instituto Nacional de Capacitação e Educação para o Trabalho, conselheiro do Instituto Via de Acesso, ONG de Capacitação e Educação de jovens para o mercado de trabalho.

domingo, 19 de fevereiro de 2017

Excesso de cafeína - Saúde


Um grupo de estudantes de Ciência do Esporte da Universidade de Northumbria, no Reino Unido decidiu fazer um experimento. Dois voluntários deveriam ingerir 0,3 g de cafeína. No entanto, o estudo quase se transformou em tragédia quando um erro de cálculo na dosagem da substância levou os dois estudantes ao hospital.
A universidade foi multada em mais de US$ 500 mil por um tribunal. O incidente ocorreu em março de 2015. Para calcular a dosagem, funcionários da universidade utilizaram a calculadora de um telefone celular, mas erraram ao digitar os decimais, o que fez Alex Rossetta e Luke Parkin ingerir 30 g de cafeína diluídos em suco de laranja – o equivalente a 300 xícaras de café. Segundo o promotor encarregado do caso, Adam Ferrer, já foram reportados casos de morte por ingestão de 18 g de cafeína.
Os dois jovens sofreram violentos efeitos colaterais. Rossetta ficou internado seis dias, perdeu a memória de curto prazo e 12 kg. Parkin ficou dois dias na UTI e perdeu 10 kg. Ambos precisaram fazer tratamento de diálise, mas se recuperaram.
Então entra a recomendação: consuma com moderação, sempre...

sábado, 18 de fevereiro de 2017

Cuidado ao estacionar - Sociedade


Um motorista passou mal e contou com a ajuda de policiais que pegaram seu carro e o estacionaram em frente à delegacia de Workington, na Inglaterra. O problema é que o turno trocou e os policiais que entraram para trabalhar estranharam aquele veículo parado por ali.
O esquadrão antibombas foi chamado, fechou as ruas ao redor da delegacia e explodiu o carro. Só depois que descobriram que, na verdade, policiais haviam parado o veículo ali. A polícia afirmou que ocorreram “erros internos de comunicação” e pediram desculpas ao dono do veículo. Segundo os policiais, o esquadrão antibombas agiu em prol da segurança pública e seguiu todos os protocolos apropriados em relação ao carro suspeito.
O pobre dono do veículo que, ainda por cima estava doente, recebeu o pedido oficial de desculpas e a explicação sobre o ocorrido. Ele só não sabe se a polícia vai pagar outro carro.
Bem, por aqui, quando deixamos o veículo com um manobrista, não sabemos onde ele para o carro, apenas quando chega a multa por estacionar em local proibido, ou notificação de veículo removido...

sexta-feira, 17 de fevereiro de 2017

Uma cobra na orelha - Saúde


Uma mulher acabou na emergência de um hospital em Portland (Oregon, EUA) após a sua cobra de estimação ficar presa no buraco, aberto com alargador, no lóbulo da orelha direita dela.
Ashley Glawe, de 23 anos, disse que estava brincando com a cobra, chamada Bart, quando o réptil decidiu passar pelo buraco. Acabou entalando. Inicialmente, ela se dirigiu a um base do Corpo de Bombeiros, mas foi aconselhada a procurar ajuda médica.
“Acredite se quiser, estou em uma sala de emergência de um hospital com Bart preso na minha orelha. Por que estou achando que esta é a primeira vez que algo desse tipo acontece aqui?”, escreveu a americana no Facebook. Com a ajuda de vaselina, Bart foi libertado no hospital.
Tanto lugar para enfiar a cobra e a moça a enfia na orelha...

quinta-feira, 16 de fevereiro de 2017

04 - Dando valor somente após o término - Sociedade


De acordo com a psicóloga Marli Kath Sattler, coordenadora do Domus – Centro de Terapia de Casal e Família, de Porto Alegre (RS), todo casal tem seu ciclo de vida, que começa com o apaixonamento. Nessa fase, cada um se esforça para apresentar o seu melhor e quer enxergar o melhor no outro, também.
A segunda etapa é caracterizada pela tentativa de ambos se diferenciarem e se desvincularem do "nós". "É um período de questionar a relação, há um olhar negativo sobre o relacionamento e sobre o outro. Superado esse momento, vem a época de estabilidade. Um pode até não gostar de certas coisas no outro, mas gosta dele", explica a psicóloga. A questão é que muita gente decide romper ainda na segunda fase, sob o peso do estranhamento.
"Há um fenômeno que costumo chamar de 'demonização do parceiro' durante a separação. Se isso ocorre, é comum que as pessoas revejam suas escolhas tempos depois, mesmo que isso demore meses e até anos", conta Ailton Amélio da Silva, psicólogo, autor dos livros "Relacionamento Amoroso" (Publifolha) e "O Mapa do Amor" (Editora Gente) e professor do IP-USP (Instituto de Psicologia da Universidade de São Paulo).
Em suma, refletir sobre a situação do casal, e sobre os sentimentos que um nutre pelo outro, antes de romper uma relação é a maneira mais eficaz de evitar arrependimentos.

quarta-feira, 15 de fevereiro de 2017

03 - Dando valor somente após o término - Sociedade


Admitir que tomou uma resolução equivocada e confessar os sentimentos, sem dúvida, é melhor do que curtir uma dor de cotovelo regada à frustração. Entretanto, é necessário tato e bom senso para fazer isso e, principalmente, desvincular a exposição de sentimentos da possibilidade de retorno.
Nem sempre a outra parte estará disposta a aceitar as justificativas e retomar o romance, mesmo porque pode ter conhecido outra pessoa –aliás, não é raro que o fato de o antigo amor ter encontrado alguém sirva de motivação para arrependimentos tardios.
Também é bom ter em mente que a outra pessoa possa ter encarado o rompimento como algo egoísta, e que o desejo de retorno possa ser visto como outra demonstração de egoísmo. "Ao expor seus sentimentos, esteja ciente que o abandono machuca e prepare-se para uma retaliação sentimental", diz Luciano.
O especialista afirma, ainda, que se você sabe que ama uma pessoa e está pensando em separação por conta de algo que não está dando certo, certifique-se de que o problema entre os dois é realmente irreversível, para evitar futuras decepções.

terça-feira, 14 de fevereiro de 2017

02 - Dando valor somente após o término - Sociedade


A fantasia e a idealização, tão inerentes às relações amorosas, também contribuem para o arrependimento. "Estar comprometido sempre parece mais interessante para os solteiros. E vice-versa", diz Lígia.
Se o início de um relacionamento é uma decisão conjunta, a decisão pelo fim, normalmente, parte de um dos dois, mesmo quando ambos estão aparentemente em acordo. "Incompatibilidade de ideias, falta de atenção, rotina sexual e não se achar a prioridade são algumas das inúmeras razões que fazem as pessoas se sentirem insatisfeitas com a relação. Mas, normalmente, as projeções de como seria a vida se o relacionamento acabasse, fantasiosas ou não, pesam muito na hora da decisão", fala Luciano Passianotto.
Quanto mais idealizada é essa projeção –incluindo os benefícios da vida de solteiro, como a ampla oferta de parceiros ou a oportunidade de finalmente conhecer a verdadeira alma gêmea–, maiores são as chances de se arrepender ao notar que o verdadeiro problema não era o relacionamento que acabou. "Os problemas, nesses casos, eram as expectativas em relação ao outro e à vida como um todo", diz o terapeuta.
Ainda segundo Luciano, quando a pessoa decide se separar sem ter certeza sobre seus sentimentos, e após as frustrações da vida de solteiro reconhece o quanto amava o "ex", deve ter muito cuidado para que a fantasia de que a vida de solteiro seria melhor não se torne, agora, inversa, e a pessoa fantasie que reatar é a melhor solução. "O arrependimento pode ser tão leviano quanto o que o levou ao rompimento. Resumindo, em se tratando de amor, a incerteza é uma das piores inimigas", comenta o especialista.

segunda-feira, 13 de fevereiro de 2017

01 - Dando valor somente após o término - Sociedade


Quando há arrependimento após um rompimento, vale a pena se abrir com o "ex"
Todo mundo conhece histórias de pessoas que, tempos depois de terem colocado um ponto final no relacionamento, se arrependeram da decisão e tentaram reatar. A distância física e emocional ajuda a ver as coisas com mais clareza, mas não é só isso que está por trás da mudança de opinião, segundo especialistas.
Para Luciano Passianotto, terapeuta de casal do Cinapsi (Centro Integrado de Neuropsicologia e Psicologia), de São Paulo (SP), há, também, uma outra perspectiva das circunstâncias. "E essa nova perspectiva pode levar a enxergar que nem toda a culpa estava no outro, que poderia ter tido mais tolerância ou agido de forma diferente em algum momento específico", explica. Caso essa percepção se some a uma insatisfação com a vida atual, é comum olhar para trás e se dar conta de que se sentia mais feliz antes do que agora, sem ninguém.
Para a psicóloga Lígia Baruch, mestre e doutoranda em Psicologia pela PUC-SP (Pontifícia Universidade Católica de São Paulo), não podemos esquecer que o ser humano está sempre em busca de algo que lhe falte, seja um novo bem de consumo, um emprego, um relacionamento ou uma mudança no seu parceiro. "Há sempre alguma insatisfação que, quando se resolve, só dá lugar à outra busca. E quanto mais imatura e inquieta a pessoa for, mais está suscetível a entrar nesse jogo de insatisfação e busca, que é interminável".

domingo, 12 de fevereiro de 2017

Homossexuais podem doar sangue, na Suíça - Comportamento


Os homossexuais na Suíça poderão, a partir de julho, doar sangue com a condição de que não tenham mantido relações sexuais com um homem nos últimos 12 meses, anunciaram as autoridades suíças de saúde. Esta decisão da Swissmedic, a autoridade suíça de controle e autorização de produtos terapêuticos, põe fim a uma proibição que existia desde 1977.
"A exclusão definitiva dos homens que têm relações sexuais com homens, que era aplicada até agora, será substituída por uma suspensão provisória com duração de 12 meses a partir da última relação sexual", anunciou a Swissmedic em um comunicado. A suspensão de 12 meses corresponde a medidas preventivas que se aplicam a outros comportamentos de risco como a troca de parceiros e as viagens para países com um alto nível de aids, afirma o comunicado.
"Para proteger os beneficiários de transfusões e de produtos sanguíneos é essencial que os doadores respeitem os critérios de doação em vigor e preencham honestamente o formulário antes de cada doação", adverte a Swissmedic. França e Estados Unidos tomaram uma decisão semelhante em 2015, seguindo os passos de Austrália e Japão. A proibição também foi suspensa em novembro de 2011 na Inglaterra, Escócia e País de Gales.
A exclusão permanente da doação de sangue para homens que tenham mantido relações homossexuais foi instaurada nos anos 1970 e 1980 em muitos países pelo temor da transmissão da aids.
Uma boa notícia, pois acredito que as pessoas, independentemente com quem se relacionam, podem ter algo saudável, e, ajudarem vidas. Banir a pessoa apenas pelo fato de ela se relacionar com pessoas do mesmo sexo é classifica-la como promíscua, o que na grande maioria não é verdade, até onde sei.

sábado, 11 de fevereiro de 2017

Pode ficar 20 anos presa por seduzir aluno de 13 - Sociedade



A professora de ciências Amelia Jean Tat, de 27 anos, será julgada por ter mantido um relacionamento durante dois anos com um de seus alunos, que tinha 13 anos na época. Se condenada, a mulher pode pegar 20 anos de reclusão. Ela lecionava no colégio Nelson County, em Albemarle, estado de Virgínia, EUA.
Segundo reportagem do Daily Progress, Amelia admitiu o crime. Ela foi presa em junho do ano passado. Havia, ainda, a suspeita de que ela mantinha relações com outros alunos, fato que não foi confirmado nas investigações.
O relacionamento teve início quando Amelia pediu que o aluno ficasse além do horário de aula um dia. A desculpa é de que ele deveria “ajudá-la”. Neste dia, eles fizeram sexo pela primeira vez. Amelia foi denunciada pela mãe do menino, que flagrou mensagens trocadas entre o filho e a professora. A sentença sairá até maio.
A pedofilia, normalmente é vista como um ato de um homem contra uma menina ou menino, com idade inferior a 16 anos. Uma mulher abusar de uma criança não é algo tão comum, ou comentado. Mas há que se considerar que o acesso à informação está disponível em todos os cantos. Muitas crianças já tem vida sexual ativa (menores de 16 anos).
Talvez está faltando o bom senso em poder limitar o conteúdo que elas podem ver e orientar de forma efetiva, para que decidam por elas, não pela situação, o momento que devem iniciar a vida sexual. Coisa a se pensar...

sexta-feira, 10 de fevereiro de 2017

Batalha da morte - Ciência


Uma descoberta fascinante no Alasca ganhou o noticiário ao redor do mundo. Dois alces com imensos chifres foram descobertos congelados em um rio. O mais interessante é a posição em que ambos foram encontrados, de frente e com os chifres entranhados – eles estavam lutando.
A principal hipótese é de que, como os chifres ficaram presos um no outro, os alces não conseguiram sair a tempo do lago durante o combate e acabaram mortos pela ‘natureza’. Jeff Erickson e Brad Webster, os homens que encontraram os animais, andavam próximo ao lago em uma área selvagem na cidade de Unalakleet.
Só parte dos chifres e o dorso dos animais estavam para fora da camada de gelo, segundo a dupla. Além disso, havia ferimentos pelo corpo dos animais. “No momento a temperatura era de 12 graus negativos. Moro aqui há mais de 50 anos e nunca vida nada assim. As feras ficaram suspensas no gelo como se estivesse dormindo”, afirmou Jeff Erickson.

quinta-feira, 9 de fevereiro de 2017

O mundo vai acabar em 1 semana? - Ciência

O cientista russo Dyomin Damir Zakharovich, da Nasa, afirma que a vida na Terra acabará no dia 16 de fevereiro de 2017. De acordo com ele, o corpo celeste “2016 WF9”, que tem cerca de um quilômetro de diâmetro, está em rota de colisão com o planeta.
Segundo a Nasa, o corpo celeste é um bólido errante e escuro que pode ser um cometa ou um asteroide, mas passará perto da órbita da Terra apenas no dia 25. No entanto, Zakharovich diz que os cálculos da agência estão errados. “A Nasa sabe e não fala”.
O cientista russo afirma que o WF9 já está viajando em direção à terra há cinco anos, passou por baixo do Cinturão de Asteroides e pela órbita de Marte e vai bater em algum lugar do planeta no dia 16, podendo acabar com tudo, caso caia em um continente, ou causando um tsunami devastador, caso caia no mar.
Em nota, a Nasa informou que não há motivos para pânico. “Estudamos a fundo a trajetória do WF9. O corpo celeste não representa ameaça no futuro próximo” e continua “vai passar a 51 milhões de quilômetros da Terra”.
Considerando dimensões astronômicas, a distância prevista pode ser considerado como do lado da terra. Isso talvez provoque algumas distorções, pelo campo gravitacional e ondas de energia, mas acredito que ainda veremos outras previsões do fim do mundo mais adiante. 

quarta-feira, 8 de fevereiro de 2017

Raro híbrido de leão e tigre nasce em zoológico da Rússia - Ciência


Um bebê ligre, um híbrido raro que resulta do cruzamento entre um leão e uma tigresa, nasceu em um zoológico itinerante na região de Rostov del Don, no sul da Rússia - disse à AFP seu diretor, Erik Airapetian. Batizado Zar, o ligre nasceu há dois meses e meio da união entre a única tigresa desse pequeno parque zoológico, Princesa, e o leão Caesar, detalhou Airapetian.
Os pais de Zar "vivem juntos há muito tempo e se conhecem bem. Quando a tigresa ficou no cio, ela não tinha outra opção", acrescentou Airapetian. Os ligres são animais extremamente raros, já que a probabilidade de que nasçam em seu entorno selvagem é quase nula. Os tigres vivem na Ásia, e o hábitat dos leões fica na África, explica o diretor. "Atualmente, há apenas cerca de 20 ligres no mundo".
O pequeno Zar tem a pele bege, própria dos leões, e o rosto coberto de listras, como os tigres, e está sendo alimentado com o leite de uma das cabras do Jardim Zoológico. Por enquanto, seu tamanho não ultrapassa o de um gato, mas o ligre adulto é sempre maior do que seus pais, acrescenta Airapetian.
Esse animal pode chegar a pesar 400 quilos, enquanto o peso máximo de um tigre é de cerca de 300 kg, e o de um leão, de 250 kg. Nos Estados Unidos, o ligre Hércules, que pesa 418 kg e mede 3,33 metros, é oficialmente o maior felino do mundo, registrado no Livro Guinness dos recordes.

terça-feira, 7 de fevereiro de 2017

Sacando a Pizza... - Economia

É 1h da manhã, e você está em casa curtindo os últimos minutos daquela maratona da sua série favorita na televisão e bate aquela fome. Vai até a cozinha, abre a geladeira e não tem nada de apetitoso. Pensa em ligar para um delivery, mas já está tudo fechado. O que fazer?
Fique tranquilo, pois seus problemas acabaram. Uma empresa francesa lançou em agosto do ano passado o caixa eletrônico de pizza na Xavier University, em Cincinnati, nos Estados Unidos. Sensacional, né?
A engenhoca funciona assim: você seleciona os ingredientes que quer na pizza e faz seu pedido na tela, depois a máquina pega uma massa pré-assada e distribui os ingredientes frescos em cima dela para em seguida levá-la ao forno. E em aproximadamente 4 minutos você terá nas mãos, a pizza na caixa e pronta para o consumo.
E como não poderia deixar de ser a máquina de venda automática da iguaria tem feito muito sucesso tanto que outras universidades e até cidades já fizeram suas encomendas. De acordo com Alec Verlin, representante da Paline, fabricante do ATM, alguns caixas devem chegar aos Estados Unidos e ao Canadá ainda neste mês.
A Paline busca investidores para levar sua invenção para outros lugares do mundo. E caso você queira se transformar num empreendedor verdadeiramente inovador, basta investir cerca de R$ 150 mil para trazer essa maravilha para cá. A companhia garante que o retorno sobre o valor investido acontece, em média, em um ano.
Engenhoca interessante, quando observa-se a extensão dos horários de atendimento, mas para onde moro (São Paulo - Brazil), considerada a cidade das Pizzarias, com, talvez, o maior consumo per capta de redondas assadas, torna-se obsoleto e de baixa utilização. Mas para quem quiser arriscar, vale a dica... 

segunda-feira, 6 de fevereiro de 2017

Menos meninas... - Sociedade/Comportamento

Armênias recorrem a aborto seletivo para evitar dar à luz meninas


Garik Hayrapetyan, assistente representante do Fundo da População das Nações Unidas (UNFPA) na Armênia, em entrevista no dia 28 de dezembro de 2016

Como muitas armênias, Ani Kirakosyan teme engravidar porque se a ultrassonografia mostrar que o bebê que espera é uma menina, provavelmente sua família vai pressioná-la a abortar. "Meus parentes me consolaram quando dei à luz minha primeira filha", lembra Ani, de 27 anos, moradora da capital, Erevan. "Mas quando minha segunda filha nasceu, minha sogra me disse que não devia ter mais. Que devia dar um filho ao meu marido".
Nesta ex-república soviética do Cáucaso, onde o apego aos valores tradicionais se mantém forte, muitas famílias preferem um filho homem. E a preferência é tal que a Armênia tem a terceira maior taxa de abortos seletivos do mundo, uma cifra que aumentou drasticamente desde a dissolução da União Soviética. O Fundo de População das Nações Unidas (FPNU) registrou uma média de 114 de meninos por cem meninas em 2012, enquanto a norma "natural" é de 102 para 106 meninos. Segundo a organização, os abortos seletivos motivados pelo sexo do bebê são particularmente frequentes a partir do segundo filho e representam 1.400 gestações interrompidas por ano.
"Dentro de dez ou vinte anos, estaremos diante de um déficit de mulheres, o que, combinado com um declínio dramático da taxa de natalidade, conduzirá a uma crise demográfica séria", advertiu, preocupado, Garik Hairapetian, representante da Armênia no FPNU. "Até 2060, 100.000 mães em potencial não nascerão na Armênia. Teremos nos tornado uma sociedade de homens solteiros".
A Armênia só perde para a China, que pôs fim à sua política de filho único no ano passado, e para o vizinho Azerbaijão, onde 53% dos recém-nascidos eram meninos no primeiro trimestre de 2016, segundo cifras oficiais. Alguns especialistas relacionaram esta tendência entre os dois rivais do Cáucaso à sua disputa territorial da região de Nagorny-Karabaj, sugerindo que esta daria um clima de insegurança e uma necessidade de "defensores da pátria" masculinos. Mas as Nações Unidas atribuem o déficit de mulheres às "estruturas patriarcais" que prevalecem nos dois países, a uma tendência de querer unicamente uma família reduzida e o acesso estendido às ultrassonografias e ao aborto.
Como acontecia na era soviética, o aborto continua sendo o principal método de controle da natalidade da Armênia, onde o procedimento é gratuito nos hospitais públicos. Neste verão, os deputados armênios aprovaram uma lei destinada a inverter esta tendência, obrigando os médicos a perguntar às mulheres que desejarem abortar sobre suas razões e a rechaçar o abordo se este se deve ao sexo do feto. A lei proíbe também os abortos posteriores a doze semanas, exceto quando a saúde da mãe correr risco, que a gravidez for fruto de estupro ou que se trate de mãe solteira.
As ONGs armênias que defendem os direitos das mulheres criticam estas medidas e afirmam que estas só fomentarão abortos ilegais e perigosos. "Se restringirmos os abortos legais, haverá mais abortos clandestinos e uma taxa de mortalidade feminina mais importante", destacou Anouch Poghossian, do Centro de Recursos para as Mulheres. "Devemos nos ocupar da origem do problema, a mentalidade patriarcal e a pobreza muito estendida, e não de suas consequências".
Segundo Poghossian, "se homens e mulheres tivessem as mesmas oportunidades, se as mulheres pudessem ter tanto sucesso e ser tão independentes financeiramente quanto os homens, nenhum pai teria que escolher entre ter um menino ou uma menina". Pelo menos, o problema trazido por estes abortos seletivos, abordado enormemente pela mídia nos últimos meses, permitiu abrir um debate sobre as causas do fenômeno, segundo Hairapetian. "O paradoxo da sociedade armênia é que muita gente não quer uma filha antes que nasça, mas, uma vez que está ali, é tão querida e mimada quanto um menino".
É difícil para algumas culturas entender essa predileção por um menino em detrimento à uma menina. Eu como pai, vejo com muito mais dificuldade, e por mais que em algumas sociedades, uma filha pode representar para os pais, um "abandono futuro", mesmo que numa sociedade rígida, marcada por valores centenários, bons filhos e filhas, cuidados com amor e dedicação, jamais esquecerão seus pais.

domingo, 5 de fevereiro de 2017

O que o Google sabe de você - Sociedade/Tecnologia

© Jeff Chiu O My Activity é ativado pelo usuário voluntariamente.

Até onde vão as informações que o Google detém sobre nós? O fato é que tudo aquilo que conseguimos imaginar parece ser pouco. Pelo menos é essa a conclusão à qual se pode chegar quando experimentamos a sua nova ferramenta: My Activity. Trata-se de um serviço que registra de forma cronológica todo o percurso do usuário em que algum serviço da empresa (Google, Chrome, Android, Gmail, Google Maps...) esteja envolvido, e, considerando a onipresença na web da empresa fundada por Sergey Brin e Larry Page, é praticamente impossível esconder os seus rastros.
O serviço tem de ser ativado pelo próprio usuário, é verdade, mas o fato é que a única coisa que ele faz é dar a sua autorização para que todas as informações registradas pelo buscador sejam visíveis (apenas pelo próprio usuário). Ou seja: queiramos ou não, o Google grava em seus servidores todos os passos do usuário, para depois fornecer esse percurso, por meio dessa ferramenta, a quem o desejar. Nesse sentido, o My Activity pode ser visto como uma emulação do Grande Irmão de George Orwell, embora, visto mais de perto, poderia ter um objetivo exatamente oposto.
Um primeiro passeio pelas informações contidas no serviço pode nos provocar um calafrio, tamanho o detalhamento que ali se mostra sobre nossa atividade na internet: se buscamos essa ou aquela página, se vimos esse ou aquele vídeo no YouTube... Quanto o Google sabe sobre nós? Muito, muitíssimo, e o faz com um propósito: poder ofertar publicidade segmentada e vender espaço publicitário aos anunciantes com uma enorme precisão. Esse é, na verdade, o seu negócio: oferecer serviços de alto valor agregado ao usuário de forma gratuita em troca de suas informações.
O espírito com o qual o Google trabalha em relação a essa nova ferramenta é o de devolver ao usuário o controle sobre aquilo que é armazenado sobre eles nos seus servidores. O My Activity possibilita irmos apagando todos os rastros armazenados nos diferentes serviços, para, assim, nos liberarmos de conteúdos incômodos ou comprometedores --e isso pode ser feito com um simples toque no mouse. O Google não esconde nada, e oferece um leque amplo de ferramentas para que o próprio usuário defina o que pode ser armazenado ou não em seus servidores, chegando até mesmo a poder apagar todos os registros durante um ano inteiro se assim desejar.
O My Activity, assim, é um produto que define bastante bem o espírito do Google: por um lado, o olho que tudo vê, com uma profusão de dados que pode ser assustadora, para depois mostrar que, na realidade, o que lhe interessa não são os nossos detalhes do dia a dia, mas sim aquela informação anônima que torna possível sermos objetos de uma visão segmentada, com o foco voltado para as empresas.

sábado, 4 de fevereiro de 2017

Obesidade Masculina e Fecundidade - Saúde

shutterstock_110873582-obesidade-masculinaUm estudo dinamarquês, publicado no periódico Cell Metabolism, constatou que o peso do homem afeta a informação genética contidas nos espermatozoides e pode fazer com que os filhos tenham propensão à obesidade.

Segundo informações do G1, pesquisadores da Universidade de Copenhague concluíram que os espermatozoides de homens magros e gordos têm marcadores epigenéticos diferentes, o que talvez possa mudar o comportamento dos genes.
"Quando uma mulher está grávida, ela precisa se cuidar. Mas, se a implicação de nosso estudo for verdadeira, então as recomendações devem ser dirigidas aos homens também", disse Romain Barres, chefe da pesquisa.
Na pesquisa, foram examinados os espermatozoides de seis homens obesos, antes e depois de uma cirurgia para redução de peso; de 13 homens magros (com IMC abaixo de 30); e de dez homens moderadamente obesos.
No período de uma semana, já foi possível notar mudanças epigenéticas, que alteram a forma como os genes se manifestam no corpo, em especial os que são conhecidos por controlarem o apetite e por regularem o desenvolvimento do cérebro, nos espermatozoides dos obesos que fizeram a cirurgia.
"Até descobrirmos mais, quem quer ser pai ou mãe deve tentar ser mais saudável possível no momento da concepção e não ser atraído por dietas da moda ou outras atividades para tentar influenciar a saúde de seus filhos de maneiras que ainda não compreendemos completamente", concluiu Barres.

sexta-feira, 3 de fevereiro de 2017

Pum como trovoada - Saúde/Comportamento/Sociedade


O apresentador do noticiário meteorológico da TV2, da Hungria, foi demitido por fingir soltar gases para ilustrar a previsão de trovões durante tempestades no país europeu.
Szilard Horvath disse que a ideia dos “flatos” ao vivo fora sua e que não havia discutido sobre a questão com o diretor do telejornal. O efeito sonoro foi usado pelo apresentador repetidas vezes.
“Se o Mister Bean solta um pum, todos riem, mas agora uma celeuma é feita por causa disso”, queixou-se Szilard, de acordo com reportagem do “Mirror”. O “Garoto do Tempo” disse ter criado um estilo diferente para deixar o noticiário mais leve e divertido.

quinta-feira, 2 de fevereiro de 2017

22 - Animais curiosos e incríveis - Ciência

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Elefantes na história e na cultura
Como símbolo do safári africano, pertence ao grupo de animais selvagens chamado de big five, correspondente aos 5 animais mais difíceis de serem caçados: leão, leopardo,   elefante, búfalo e rinoceronte.
O elefante é o símbolo do Partido Republicano dos Estados Unidos.
Os elefantes brancos são considerados sagrados na Tailândia, na Índia (devido ao hinduísmo, religião predominante neste país) e Myanmar; no Mundo Ocidental são um símbolo de algo com um custo bastante superior à sua utilidade, provavelmente devido ao elefante Hanno que o rei Manuel I de Portugal ofereceu ao papa Leão X.
A mais alta condecoração da Dinamarca é chamada a Ordem do Elefante, e a Ordem do Elefante Branco é o seu equivalente na Tailândia.
Elefantes aparecem nos brasões de armas da Costa do Marfim, e das cidades de Catânia (Itália) e Coventry (Reino Unido).
Ganesh, o deus hindu, da sabedoria, tem uma cabeça de elefante.
Dumbo, um personagem da Disney, é um elefante voador.
Jotalhão, um personagem da Turma da Mônica, é um elefante verde alvo do amor de uma formiga.
Outro elefante ilustre na literatura é Babar, protagonista do livro infantil L'Histoire de Babar, de Jean de Brunhoff, escrito em 1931. Babar se tornou um ícone da literatura infantil, atravessando gerações e vendendo milhões de livros em todo o mundo.
O olifante é um animal do universo de J.R.R. Tolkien.
Efalante é a versão em português para o boneco de elefante, na versão Disney de ursinho Pooh..
O logotipo do Animal Planet era um elefante dentro de um retângulo verde, até 3 de fevereiro de 2008.
O logotipo do PostgreSQL, gerenciador de banco de dados livre, é a cabeça de um elefante.
O Mascote do ABC Futebol Clube - RN é um elefante.
O Mascote da linguagem de programação PHP (PHP: Hypertext Preprocessor).

quarta-feira, 1 de fevereiro de 2017

21 - Animais curiosos e incríveis - Ciência

Atualmente todas as espécies de elefantes são considerados como espécies em perigo de extinção, segundo a União Internacional para a Conservação da Natureza e dos Recursos Naturais (UICN). Também estão registados no Apêndice I da Convenção sobre o Comércio Internacional das Espécies da Fauna e da Flora Selvagens Ameaçadas de Extinção (CITES), exceto para as populações de países (como Zimbábue e Botsuana) que foram reclassificados no Apêndice II. Os elefantes encontram-se ameaçados pela caça ilegal e perda de seu habitat. O marfim de seus dentes é usado em jóias, teclas para piano, hanko (selos personalizados para assinatura de documentos oficiais, exigida no Japão) e para outros objetos. Sua pele e outras partes são um componente comercial de menor importância, enquanto a carne é utilizada pelas pessoas da localidade.
A ameaça ao elefante africano representada pelo comércio de marfim é exclusivo para a espécie. Animais maiores, de vida longa e de reprodução lenta como os elefantes são mais suscetíveis à caça excessiva que outros animais. Eles não podem se esconder e são necessários muitos anos para um elefante crescer e reproduzir-se. Um elefante necessita uma média de 140 kg de vegetação por dia para sobreviver. Como os grandes predadores são caçados, as populações de pequenos animais que pastam (concorrentes do elefante nos alimentos) se encontram em ascensão. O aumento do número de herbívoros devastam as árvores, arbustos e gramíneas do local. Os próprios elefantes têm poucos predadores naturais além do homem (ocasionalmente os leões). No entanto, muitos governos africanos permitem legalmente a caça limitada. A grande quantidade de dinheiro que é cobrada para as licenças necessárias é frequentemente utilizada para apoiar os esforços de conservação, e o pequeno número de licenças emitidas (geralmente para animais mais velhos) garante que as populações não sejam esgotadas.
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