Agora, se o congelamento da rotação acontecesse de forma natural, nós teríamos seis meses de luz e outros seis de escuridão, porque o Sol só nasceria e se poria uma vez por ano. Ou seja: o dia planetário teria duração de 365 dias normais. É que a Terra manteria sua relação com o Sol em uma órbita heliossíncrona — uma parte do planeta seria banhada pelos raios solares durante o dia, enquanto a outra ficaria completamente gelada nesse longo período noturno. E, claro, todos os eventos climáticos seriam afetados, assim como a visualização dos astros no céu.
A temperatura dependeria da sua latitude e afetaria o padrão de circulação do ventos atmosféricos, que iriam transitar pelos polos, em vez do equador, como acontece atualmente. À medida que você se movesse ao longo de linhas constantes da latitude da Terra, você veria a elevação do Sol aumentar ou diminuir no céu conforme a sua movimentação — e não de acordo com a rotação do planeta, como acontece hoje.
Os polos magnéticos, que oscilam ao longo do ano, não teriam o equilíbrio atual, e a intensidade do campo magnético decairia para um valor residual baixo. Não haveria mais auroras boreais e austrais, e o Cinturão de Van Allen provavelmente desapareceria, assim como nossa proteção contra raios cósmicos e outras partículas de alta energia. E isso poderia significar graves consequências para todos os seres vivos.
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