Antes de Júlio César criar, com a ajuda do astrônomo Sosígenes, o calendário dito juliano, os romanos tinham meses lunares, que começavam em cada lua nova. No primeiro dia da lua nova, chamado "dia das calendas" (calendae), um dos pontífices convocava o povo no Capitólio para informar as celebrações religiosas daquele mês. O pontífice mencionava, um por um, os dias que transcorreriam até as nonas, repetindo, em voz alta, a palavra calo, "eu chamo"
A partir do calendário juliano, que não era lunar, as nonas foram o quinto dia nos meses de trinta dias e o sétimo nos meses de trinta e um. De calendae, os romanos criaram o adjetivo calendarius, "relativo às calendas", e o substantivo calendarium, com o qual designavam o livro de contas diárias e, mais tarde, o registro de todos os dias do ano.
Em nossa língua portuguesa, até o século XIII, a palavra "calendas" era empregada, no entanto, para denominar o primeiro dia de cada mês e calendário a lista dos dias do ano com suas correspondentes festividades religiosas. O calendário dos gregos não tinha calendas e, assim, os romanos conceberam a expressão Ad calendas graecas, "para as calendas gregas", para referir-se a algo que não iria ocorrer nunca.
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