Como os anticoncepcionais funcionam no organismo felino? Aplicado de forma subcutânea, esse medicamento é dosado em grande quantidade de uma vez, e vai sendo liberado no corpo do animal aos poucos. Diferente do contraceptivo humano, o anticoncepcional animal é feito apenas de um hormônio: a progesterona, que naturalmente já é muito presente no organismo das gatas. O objetivo dos donos com ainda mais dessa substância no sangue do pet é evitar que o óvulo seja fertilizado.
Porém, muitas vezes essa "infertilização" tem um preço alto para a saúde felina. A hiperplasia mamária - quando o crescimento das células das "tetinhas" é muito maior do que o normal - é o efeito colateral mais comum quando o medicamento é ministrado nas fêmas. "No momento que nós oferecemos esse hormônio de forma externa, ou seja, aplicando via medicamentosa, a progesterona do anticoncepcional acaba influenciando o aumento do crescimento das células da glândula mamária, o que pode causar tumores", revela Gabriel.
O motivo para o efeito do anticoncepcional ser tão prejudicial para gatas também está ligado ao metabolismo do animal. "Por ser muito mais acelerado, o metabolismo felino responde diferente a dose que para as mulheres não causa nenhum prejuízo. Nos animais domésticos os efeitos colaterais aparecem de imediato", explica o veterinário.
Além do aumento das mamas e dos efeitos colaterais, também pode ocorrer a piometra, que é a infecção de útero. O risco de diabetes devido o uso contínuo de anticoncepcionais também aumenta nas gatas.
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