Cena de "O Hóspede Americano"
Uma expedição que não está na maioria dos livros de História do Brasil e que muita gente não aprendeu na escola. É isso que "O Hóspede Americano", minissérie que estreiou na HBO em 26 de setembro, vai contar. A produção criada pelo cineasta brasileiro Bruno Barreto gira em torno da viagem que o ex-presidente dos Estados Unidos Theodore Roosevelt fez pela Amazônia no começo do século XX.
Os dois atores estiveram no Brasil em 2018 para as gravações da série, que conta também com brasileiros no elenco como Theodoro Cochrane, João Côrtes, Michel Gomes, Arieta Corrêa e outros. Dana trabalhou somente de São Paulo, já Chris foi à Amazônia para as gravações.
A expedição de Roosevelt pela Amazônia quase custou a vida dele. O estadunidense teve que enfrentar a natureza selvagem, entrou em conflitos com indígenas, se machucou e voltou aos Estados Unidos com malária. Por mais que tenham vivido bem menos perrengues do que os exploradores, a equipe de "O Hóspede Americano" também teve que contornar alguns problemas para conseguir gravar na floresta.
"Não foi fácil, no primeiro dia que nós chegamos no set, que era apenas uma pequena clareira do lado de um rio na Amazônia, todo mundo percebeu que iria demorar bem mais do que nós esperávamos para gravar. Foi uma logística muito grande", lembra Chris. O ator conta que precisava pegar barcos todos os dias para chegar aos locais de gravações e que lá tinham profissionais especializados para lidar com os animais que eles encontravam ocasionalmente, como cobras e escorpiões.Entre as dificuldades que passou na floresta, Chris destaca as cenas gravadas nos rios. Ele fala que foi difícil conseguir gravar nos barcos com segurança e fazer um bom trabalho nas águas amazônicas. Além disso, ele também precisou fazer uma viagem ao hospital. Aidan Quinn viu um caroço se mexendo na cabeça do colega do elenco, que eles descobriram ser nada menos do que um berne, uma larva de mosca na cabeça do ator.
Apesar desses sufocos, o artista diz que poder conhecer e trabalhar na Amazônia foi uma oportunidade fantástica. "Foi muito divertido. Depois e uma semana ou duas levando picadas de formigas-de-fogo você se acostuma com isso".