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sexta-feira, 22 de junho de 2012

Desarmamento: A quem interessa? - Sociedade/Comportamento

A alguns anos, houve uma grande discussão na sociedade quanto ao desarmamento. Tivemos um plebiscito, defesas acaloradas, onde apregoavam que a população correria riscos se mantivessem o porte de armas. Bem, como é sabido, o desarmamento ganhou...
Uma senhora, idosa de 87 anos baleou um homem que invadiu o apartamento dela em Caxias do Sul, no Rio Grande do Sul, no dia 9. O tiro acertou o peito do suspeito, que morreu no local. Segundo a Polícia Militar, a idosa morava sozinha e dormia no momento en que o suspeito entrou. Assustada, ela usou a arma que tem há 35 anos e foi herdada da família.
A mulher tentou entrar em contato com a polícia, mas não conseguiu. Ela avisou os filhos e eles acionaram os agentes. Após o ocorrido, a idosa foi levada para a delegacia, onde prestou depoimento, mas foi liberada em seguida.
O suspeito pulou o telhado de uma escola atrás da casa da idosa para entrar no apartamento que ficava no segundo andar. E como todo bandido, se aproveitou dela estar só, e desamparada...
Bem, espero que isso estabeleça um divisor. Esse tipo de notícia, lógico que não me agrada, mas vamos entender isso de uma outra foram. O mecanismo de ataque é decorrente da avaliação de que não haverá defesa, ou essa estará prejudicada pela ação e falta de reação. Assim funciona o crime.
O bandido não considera o revide, e parte do princípio que não haverá reação - esse tipo de conduta é inclusive sugerido pelas autoridades. Ele toma de assalto, como bem diz a palavra, ele surpreende a vítima, que  se encontra desguarnecida e desarmada.
A sociedade, por comodismo e falta de mecanismos está se tornando muito pacata e compreensiva. Acata a violência urbana (que está indo para o interior), e se cala, aceitando o "destino". Tirar a dívida do agressor é deixar a sociedade sem o fator de poder surpreender.
Isso deixou de ser discutido à época, apesar das tentativas, mas por interesses, sabe-se lá quais (não é meu objetivo discutir corrupção e falta de caráter) ficou no limbo e não foi divulgado. Essa senhora, deve ter seu nome protegido e não se transformar numa heroína ou justiceira. Ela tirou a vida de uma pessoa, isso é errado, mas ela defendeu-se de uma agressão, e isso deve ser compreendido e ser atenuante no eventual processo que ela irá responder (apesar da idade).
Não seria hora de voltar a essa discussão? Ter a possibilidade de manter uma arma e portar, não significa que todos iremos ficar armados, mas os bandidos deixarão de ter a certeza que estamos desarmados...

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