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terça-feira, 19 de junho de 2012

Monogâmico X Poligâmico: 6o Round - Sociedade/Ciência

Até 5 mil anos atrás, os homens não sabiam que tinham participação na geração de uma criança. Para eles, a fertilidade era exclusivamente feminina. Durante milênios, a ideia de casal foi desconhecida. Viviam todos juntos. Quando os homens abandonaram a caça e domesticaram os animais, perceberam que, se as ovelhas se separassem dos carneiros, não geravam cordeiros; porém, após o carneiro cobrir a ovelha, nasciam filhotes.
A contribuição do macho para a procriação foi, enfim, descoberta. E ela coincidiu com o surgimento da propriedade privada. O homem passou a dizer “minha terra”, “meu rebanho” e aprisionou a mulher para não correr o risco de deixar a sua herança para o filho de outro, caso ela pulasse cerca. Esse é o início da exigência de exclusividade sexual, mas era válido só para as mulheres. Isso foi quebrado séculos depois, com a pílula. A mulher passou a decidir quando ter ou não filho e a se lançar no mercado de trabalho.
Se destaca a convenção que sustenta nossa família nuclear ao contrastá-los com os casos atuais de tribos como os Kulina da Amazônia, que consideram a troca a maneira natural de acentuar os laços, e os Dagara de Burkina Faso, cujas crianças consideram que são filhos de todas as mulheres, o que não é tão diferente do grande número de adoções que se realiza em sociedades "desenvolvidas".
A atribuição de conceitos podem ser várias, onde alguém que proponha uma relação de poligamia seja considerado uma pessoa pervertida. Isso se dá ao fato de ser interesse dessa pessoa variar quem será sua(seu) parceira(o) sexual, criando um círculo fechado, buscando dessa forma evitar as DST's.
O ator Caio Blat concedeu uma entrevista onde disse: "Sou um pervertido. Sou monogâmico e sou feliz assim. Logo, sou um pervertido."
O assunto é extenso e muito abrangente, pois se questiona no formato do relacionamento valores morais. São na verdade convenções que estabelecem muitos valores. Transmitidas por gerações, podem se modificar e perder o sentido original. Buscar entender ou defender um tipo de relacionamento é, com certeza criar conflitos.
Comecemos entendendo que num relacionamento monogâmico é relativamente mais fácil de adequar, pois existe apenas um casal. Num relacionamento poligâmico haverá necessidade de consenso para todos envolvidos.
O mais importante e o objetivo do ser humano é a busca da felicidade. Então, depende de cada um de encontrar o melhor formato, e sempre observando as leis. Afinal, elas estabelecem aquilo onde o conflito pode se estabelecer, e virão a dirimir ou confundir ainda mais os relacionamentos...

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