A Consumer Watchdog, crítica freqüente do Google, pediu à subcomissão de privacidade do Comitê Judiciário do Senado americano para convocar uma audiência sobre a coleta de dados feita pelo Google Street View depois que o próprio Google tomou a iniciativa no fim de semana de divulgar uma versão resumida e editada do relatório da FCC sobre a investigação inciada em 2010, quando o caso foi revelado.
Segundo o relatório da FCC, o engenheiro da Google que decidiu coletar os dados achava que eles seria úteis para a criação de mapas de hotspots Wi-Fi. No entanto, um engenheiro, não identificado, referido no relatório de forma anônima, como Engenheiro Silva, também "pensou que eles poderiam ser úteis para outros serviços do Google", e detalhou seus planos em um documento internet escrito originalmente em outubro de 2006. Ainda de acordo com o relatório da FCC, o Engenheiro Silva concluiu que a coleta de dados pessoais de redes Wi-Fi não seria uma preocupação maior porque os carros do Street View só estariam perto de qualquer rede Wi-Fi por um curto período de tempo, e porque o Google não iria liberar as informações obtidas em forma bruta.
A Google coletou informações de redes Wi-Fi durante dois anos e meio, a partir de janeiro de 2008, afimra o relatório da FCC. A Consumer Watchdog pediu à subcomissão do Senado que convoque o CEO da Google, Larry Page, para testemunhar e também o engenheiro encarregado pelo Google, concedendo imunidade a ele para que possa falar.
"O Google tem deturpado repetidamente o que ele fez e mudado a sua versão sobre o que aconteceu", escreveu John Simpson, diretor da Consumer Watchdog, em uma carta ao senador Al Franken , presidente do subcomitê de privacidade. "A Google está tentando retratar o relatório do FCC como favorável à empresa. Esse não é o caso."
As revelações do relatório confirmam a alegação da Google de que coletar dados pessoais — incluindo o conteúdo de alguns e-mails e os endereços dos sites visitados — foi ideia de um único engenheiro. Mas também sugere que a Google poderia ter agido mais rapidamente para encerrar a atividade, que levou a empresa a pedir desculpas e motivou vários governos a investigar sua política de privacidade.
No início deste mês, a própria FCC multou o Google em 25 mil dólares por tentar impedir a investigação sobre o caso. A Google nega veementemente que tenha tentado impedir a investigação.
Nossa privacidade é colocada na vitrine. Sempre entendi que a internet é uma ferramenta, onde temos privacidade à partir do momento que protegemos nossas informações e não as disponibilizamos, seja por qual mecanismo eletrônico for. Na inocência e por acreditar que estamos imunes, abrimos a guarda e fazemos a festa dos voyers de plantão.
Sou fã do Google, uso seus serviços mas nem por isso acredito fielmente na privacidade dos meus dados e que esses não serão manipulados e/ou vendidos. Provedores já o fazem quando disponibilizam e atestam listas de e-mails válidas que acabam entupindo as caixas postais com ofertas de locais que nunca foram visitados, e nos dão a opção de cancelarmos nosso cadastro que nunca fizemos.
Assim é a tecnologia, assim se ganha dinheiro e assim o Facebook está fazendo a alegria e saindo as compras, com muito dinheiro no bolso, por deter e poder eventualmente, manipular informações de seus usuários. A Sony, com seus problemas de segurança amarga sequentes prejuízos de seus serviços on-line...
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