O aumento do acesso à rede social por meio de celulares tem reduzido a receita do Facebook com publicidade, o que torna cada vez mais importante o fortalecimento da relação da companhia com fabricantes de celulares e operadoras de telefonia móvel, algo que os 170 milhões de usuários do navegador Opera Mini devem propiciar ao Facebook em caso de compra.
Como a rede social tem tido dificuldade em gerar receita com o tráfego vindo de aparelhos móveis, adquirir o Opera seria uma solução mais rápida do que desenvolver uma plataforma ou navegador próprios. De quebra, o browser produzido pelo Opera é bastante popular nos mercados emergentes, onde o Facebook tem como meta crescer.
As ações do Opera chegaram a subir 26% no dia 29/05, em meio aos boatos da possível compra. Já os papéis do Facebook caíam 9,71% no mesmo dia, sendo cotados abaixo do valor de seu IPO, realizado há menos de um mês. Prejuízo certo.
Isso pode parecer uma jogada, para desviar o fiasco no IPO, que está deixando muitos investidores a ver navios, ou melhor, ver moedas rolando pelo bueiro. O gigantismo da operação já assusta, estabelecendo um valor surreal para uma empresa de tecnologia, mas que não tem um produto ao certo para vender. Já existem especuladores, digo, investidores, reclamando dos problemas no lançamento, e lançando processos para tentar reaver, um pouco que seja, o dinheiro depositado para a lua de mel do seu CEO...
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