Dizem os historiadores que as formas de combate chinesas, que ainda são estudadas pela polícia e pelos soldados do país, nasceram em volta da dinastia Qin (século III a.C.), quando os nobres começaram a contratar assassinos profissionais para sua segurança ou inclusive para usá-los de um modo parecido com o dos gladiadores romanos. As artes marciais floresceram especialmente a partir da dinastia Tang (618-907), quando se abriram escolas e locais de luta em muitas cidades do país.
Na história da China, talvez o maior destaque do kung fu tenha sido na Rebelião dos Boxers (1899-1901), uma revolta de fanáticos antiocidentais especialistas no combate corpo a corpo que pode ser considerada a semente do nacionalismo no país. No século XX já houve combates para provar se as artes marciais chinesas podiam competir com sistemas de luta moderna, às vezes com sucesso, como quando em 1943 o lutador chinês Cae Longyun derrotou em cinco minutos um boxeador russo.
Mas em 1960, como lembrou o jornal "South China Morning Post", um dos pais das artes marciais mistas, o famoso ator americano nascido em Hong Kong, Bruce Lee, já tinha derrotado um praticante de artes tradicionais chinesas, Wong Jack-man, começando a colocá-las em dúvida. A China, apesar disso, continua tentando promover por todo o mundo suas artes marciais tradicionais, como provou o fato de que na Olimpíada de Pequim em 2008 fossem esportes de exibição, ou que seus monges shaolin viajem por todo o mundo para mostrar o poder de seus punhos.
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