Especialistas acreditam que o aumento da procura de procedimentos íntimos por meninas tão jovens esteja relacionado ao sexting -troca de imagens de nudez pelo smartphone -, às famosas “nudes” nas mídias sociais e ao acesso à pornografia na internet, que faz com que elas tenham uma percepção irreal sobre a aparência de sua região íntima.
O problema da labioplastia em meninas tão jovens é que, além dos riscos associados a qualquer procedimento cirúrgico, na adolescência, o corpo ainda está em desenvolvimento. Isso significa que, nessa faixa etária, é normal que os pequenos lábios pareçam salientes, simplesmente porque eles crescem primeiro. Mas, mais tarde, isso tende a se normalizar e o procedimento terá sido em vão ou, pior ainda, causar um problema real, como cicatrizes ou assimetria no local.
Oficialmente, a NHS recomenda que o procedimento não seja realizado em meninas com menos de 18 anos, exceto em casos de deformidades ou grandeimpacto físico ou psicológico para a paciente e alega que todas as adolescentes submetidas à labioplastia o fizeram por questões de saúde.
Naomi Crouch, ginecologista especializada em adolescentes afirmou que “é muito difícil acreditar que existem 150 meninas com alguma anormalidade médica que justifique a necessidade de uma operação íntima”. Ela acredita que as jovens estejam exagerando ao relatar o abalo do problema à sua autoestima ou seu real impacto na prática de esportes, por exemplo.
“Elas estão conscientes de que são mais propensas a conseguirem a operação se disserem que [o problema] está interferindo no sexo, esporte…”, afirmou a especialista.
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