A comediante Kathy Griffin pediu desculpas em lágrimas em entrevista coletiva por ter posado com uma cabeça falsa ensanguentada e decapitada que lembrava a do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, dizendo sentir que sua carreira chegou ao fim e que Trump lhe “quebrou”. Ela perdeu patrocínios e empregos, incluindo sua função como coapresentadora da cobertura da Noite de Ano Novo da rede CNN, ao lado do jornalista Anderson Cooper, desde que uma fotografia e um vídeo do ensaio apareceram nas redes sociais.
Comediante Kathy Griffin concede entrevista em Los Angeles - REUTERS/Ringo ChiuMais
O presidente Trump disse que a imagem de Griffin com uma máscara ensanguentada que lembrava ele era “doentia” e que traumatizou sua família, especialmente seu filho mais novo, Barron, de 11 anos. O filho mais velho de Trump, Donald Jr., pediu que empregadores demitissem a comediante.
“Não acho que terei uma carreira após isto. Vou ser honesta, (Trump) me quebrou”, disse Griffin, artista de 56 anos e duas vezes vencedora de prêmios Emmy conhecida por seu estilo de humor deliberadamente provocativo. Ela acrescentou ter recebido ameaças de morte. Ela reiterou o pedido de desculpas que publicou nas redes sociais na noite de terça-feira, mas continuou desafiadora, dizendo: “Não tenho medo de Donald Trump, ele é um valentão”. A artista acrescentou ter intenção de continuar fazendo piadas sobre o presidente.
Ela também se descreveu como uma mulher provocadora que muitas vezes teve que lidar com homens brancos mais velhos em posições de poder. “O que está acontecendo comigo nunca aconteceu antes, na história deste grande país, que é um presidente eleito dos Estados Unidos e seus filhos adultos e a primeira-dama estarem pessoalmente, eu sinto, tentando arruinar minha vida – para sempre”, disse.
Kathy afirmou que a foto tinha intenção de ridicularizar os comentários de Trump durante a campanha presidencial, quando ele disse à rede CNN que a âncora Megyn Kelly, da Fox News, tinha “sangue saindo de seus olhos, sangue saindo de dentro de qualquer lugar dela” quando moderou um debate presidencial em 2015.
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