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domingo, 2 de julho de 2017

Chefão da Cosa Nostra tem direito de 'morrer dignamente' - Justiça?


Salvatore 'Toto' Riina, o gângster mais famoso da Sicília, tem 'o direito de morrer com dignidade', determina Justiça italiana

Toto Riina, de 86 anos, conhecido como "a besta", e que foi o último chefão da Cosa Nostra, a máfia siciliana, até sua prisão em janeiro de 1993, "tem o direito de morrer dignamente", avaliou a Corte de Cassação italiana. A decisão pode terminar com a abertura das portas da prisão para um dos criminosos mais temidos e violentos da Itália, condenado a 15 penas de prisão perpétua pela morte de 150 pessoas, 40 delas assassinadas pessoalmente.
O mentor do assassinato, em 1992, dos juízes antimáfia Giovanni Falcone e Paolo Borsellino, que está preso em Parma (norte da Itália) tem câncer nos dois rins e graves problemas cardíacos. A pedido de seu advogado, a Corte de Cassação acolheu o recurso para que a pena seja adiada ou para conseguir a prisão domiciliar.
O mesmo pedido lhe tinha sido negado pelo Tribunall de Bolinha e por isso a Corte de Cassação solicita a este tribunal que o revise, pois não levou em conta "a deterioração física" do preso, que tem "o direito de morrer com dignidade", diz a sentença divulgada pela imprensa. O tribunal de Bolonha voltará a examinar o pedido.
O chefe do clã Corleone, que liderou uma impiedosa guerra entre 1980 e 1990 contra o Estado e os clãs rivais, também foi um dos mentores dos atentados mortais de 1993 em Roma, Milão e Florença, e que deixaram dez mortos no total. Em 2009, ele apresentou uma solicitação ao Tribunal Europeu de Direitos Humanos pelas duras condições da prisão, em uma cela de isolamento, a qual foi repudiada. O homem que nunca demonstrou arrependimento, nem desejos de colaborar com a Justiça, pode morrer em seu leito.
É engraçado isso: Uma pessoa com um viés cruel, assassino confesso, reclamar das condições da prisão. Direitos Humanos defendem o direito de quem? essa pergunta cada vez mais fica apontando para a resposta óbvia: Defendem direitos de quem cometeu crimes e agora se fazem vítimas sociais. Hipócrita, não?

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