As novas regras permitem que esse caminho seja trilhado até por profissionais de baixa qualificação e sem ascendência japonesa. Antes as regras davam preferência a descendentes de segunda e terceira geração (filhos e netos de japoneses). Com a flexibilização, o governo japonês espera emitir 345 mil vistos de trabalho para estrangeiros de várias nacionalidades em cinco anos.
— Estamos seguros sobre essa opção. No Brasil se gasta muito para garantir uma educação de qualidade. Estamos indo para ficar até as crianças se formarem — diz Felipe, que não tinha ligação com o Japão até se casar com a bancária Ivelize, neta de japoneses, que também pretende trabalhar lá após a adaptação dos filhos.
População em queda: A carência de mão de obra no Japão, cuja população envelhece de forma acelerada, não é novidade, mas se agravou com as obras para as Olimpíadas de Tóquio, em 2020. O país perdeu um milhão de pessoas entre 2010 e 2015. A previsão é que a população atual de 127 milhões se reduza a 86,7 milhões em 2060.
— O problema de falta de mão de obra no Japão é crônico. No longo prazo, precisamos de trabalhadores estrangeiros. A tendência é aumentar o número de brasileiros — diz o cônsul-geral japonês em exercício em São Paulo, Akira Kusunoki, que recomenda aos interessados conhecer bem os hábitos do país, tradicionalmente fechado para estrangeiros, antes de tomar a decisão, o que facilita a adaptação.
Nenhum comentário:
Postar um comentário