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quarta-feira, 20 de abril de 2016

18 - Fronteiras naturais: Rio da Prata - Turismo

Fronteira natural entre a Argentina e o Uruguai, o imponente Rio da Prata também divide dois dos destinos mais procurados por turistas na América do Sul. De um lado, a grandiosa Buenos Aires. No lado uruguaio, a charmosa Colônia do Sacramento.

O nome refere-se à lendária Sierra de Plata (Serra de Prata), que foi procurada por Aleixo Garcia,Sebastião Caboto e outros que subiram os rios da Prata, Paraná, Paraguai e Uruguai e que realizaram expedições terrestres até o Chaco e Chiquitos. É possível que a tal Sierra de Plata tenha sido uma evocação remota ao Cerro Rico de Potosí que os indígenas transmitiam boca a boca, ou que tal informação seja uma referência ao império dos Incas no Peru. Em 1525, Sebastião Caboto encontrou alguns índios que acompanhavam Aleixo Garcia: eles carregavam prata que obtiveram em sua expedição. Caboto, então, inferiu que, naquela zona, havia muita prata; desde então, organizaram-se expedições ao "Rio da Prata". O rio, ou estuário, acabou por denominar a atual Argentina, a partir do nome latino da prata: argentum.

Fisicamente o Rio da Prata se divide em três regiões geográficas:
- Zona Interior, desde Punta Gorda até a linha Colônia - La Plata, que se caracteriza por um substrato de areia fina, limo e argila.
- Zona Média, desde a linha Colônia - La Plata até a linha Montevidéu - Punta Piedras, onde se evidencia a influência marinha por uma maior importância das marés.
- Zona Exterior, desde a linha Montevidéu - Punta Piedras até o limite exterior, onde as águas já são salobras, com uma salinidade variada.

Foto do rio desde a EEI.

Quanto às costas do rio, estas apresentam características muito diversas. A costa uruguaia pertence à formação geológica do Maciço de Brasília, com costas altas e praias de areia rodeadas de dunas separadas por cabos rochosos. A costa argentina corresponde à bacia sedimentar de la Pampa, formada por platôs de limo que alternam com planícies barrosas e pantanosas.
A cada ano chegam 57 milhões de m³ de sedimentos que, proveniente das províncias do norte da Argentina e dos estados da região sul do Brasil, é arrastado ao estuário. O canal do rio está dominado pela presença de extensos bancos de baixa profundidade que dificultam a navegação com embarcações de calado, que deve ser feito seguindo diversos canais naturais e artificiais, muitos dos quais, em especial a rota que comunica Buenos Aires com o Oceano Atlântico, são objeto de constante dragagem para evitar a acumulação de sedimentos e mantê-los abertos à navegação. Os principais bancos são Ortiz, Arquímedes, Inglés e Rouen.

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