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domingo, 28 de fevereiro de 2021

227 - Ilhas paradisíacas (Brasil - Ilhabela) - Turismo

A fabricação dessas embarcações implicava em mais desmatamentos, uma vez que as árvores retas e de grande porte - nomeadamente: ingá, araticum, bocuíba-açú, coabí, guapuruvu, jequitibá, canela-moscada, canela-batalha, pau-d'alho, figueira - eram ideais para as vogas. Além disso, outras árvores tinham de ser derrubadas ao longo do processo de fabricação: algumas para abrir caminho para o transporte da matéria-prima, outras para que seus troncos servissem de "esteiras rolantes" para mover essa matéria-prima, e outras cujas copas acabavam entrelaçadas com as copas das árvores visadas pelos fabricantes. A produção era tão intensa que a vila se tornou o principal centro de confecção de vogas no litoral de São Paulo até o século XX.

Um novo declínio de cultivo se abateu sobre a ilha e foi seguido por um período de estagnação econômica. Na década de 1920, imigrantes japoneses se instalaram na ilha e trouxeram tecnologias internacionais; ao mesmo tempo, a chegada do barco a motor e das redes de cerco alavancaram a pesca na região, antes restrita aos locais onde os métodos tradicionais eram eficazes. Assim, o uso das canoas de voga também se viu gradativamente obsoleto.
Ao longo da primeira metade do século, a pesca ajudou a ilha a se tornar uma potência local novamente. O Saco do Sombrio, antes um ancoradouro de navios negreiros e por muito tempo desabitado, virou o maior porto pesqueiro da vila. Abrigava entre 20 e 25 barcos por vez, todos protegidos dos ventos, e reunia de 450 a 500 habitantes. O local atingiu tal importância que, em 1944, foi elevado à condição de distrito (com o nome Paranabi), juntamente às ilhas de Búzios, Vitória e dos Pescadores. Fora a pesca, ganharam força também o artesanato e a coleta de algas marinhas - esta última ensinada pelos japoneses e chegando ao seu ápice entre 1925 e 1932.
Declínio econômico e retomada com o turismo

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