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quinta-feira, 14 de fevereiro de 2013

Foca na prisão... - Ciência/Comportamento


KE18 atacando um filhote de foca no atol de Kure, Havaí: ataques colocavam a colônia em risco
Uma foca-monge havaiana de 180 quilos teve que ser isolada de sua colônia e levada a um aquário em Waikiki, no Havaí, após matar dois animais de seu grupo e ferir outros 11, em sua maioria filhotes. A espécie está ameaçada de extinção e pode desaparecer entre 50 e 100 anos, de acordo com especialistas.
O animal, chamado KE18, morava no atol de Kure, e já havia chamado a atenção das autoridades ambientais havaianas em 2010, por intimidar outros animais. No ano passado, a violência dos ataques aumentou, e ele começou a arranhar, morder e tentar afogar outras focas, especialmente filhotes recém-desmamados.
“Era difícil distraí-lo quando ele estava atacando outra foca,” contou Charles Littnan, chefe do programa de pesquisa de focas-monge da Administração Nacional Oceânica e Atmosférica dos Estados Unidos (na sigla em inglês, NOAA). Os pesquisadores tentavam fazê-lo desistir dos ataques jogando pedaços de coral, mas não adiantava – se ele se afastava de uma vítima, logo começava a atacar outra. Dez dos 13 filhotes nascidos no atol no ano passado foram feridos por KE18, incluindo dois que são dados como mortos. Ele também feriu três focas jovens.
Não se sabe a razão do comportamento agressivo do animal. Como os ataques aconteciam durante a temporada de acasalamento, e KE18 não tinha uma parceira, é possível que ele estivesse extravasando a agressão típica do acasalamento em outros.
Os técnicos do NOAA chegaram a cogitar matar o animal, mas acabaram o recolhendo e levando ao aquário. Ele ficará em Waikiki provisoriamente e depois será transportado para a Universidade da Califórnia em Santa Cruz, onde será usado em pesquisas sobre hábitos alimentares e consumo calórico da espécie.
“É muito desanimador quando a espécie que você quer proteger vira o vilão,” afirmou Littnan. Outros especialistas em biodiversidade afirmaram que esse tipo de ação de manejo populacional pode ser necessário quando um indivíduo se torna um risco para toda uma população que não pode se dar ao luxo de ter perdas.
Animais com comportamento irregular, cada vez mais se mostra comum. Entendo que alguns animais podem ter uma similaridade aos humanos. Convivência em sociedade nem sempre é algo fácil e comodo. Vivemos em cidades, poucas pessoas se isolam e conseguem manter a sanidade. 
Quando se tratam de animais com população extremamente reduzidas, percebe-se mais o desiquilíbrio  mas não seriamos nós os culpados pelo comportamento? Algumas pessoas saem agredindo sem motivo algum aparente. O filme "Um dia de Fúria" retrata, guardadas as devidas proporções, uma ideia de como um único indivíduo pode fazer estrago numa localidade.

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