No estilo do bom negociador árabe, vendedores reduzem preços até convencer o cliente a ficar com o produto, especialmente os genéricos
São duas horas da tarde de uma quarta-feira no centro velho de Dubai. As minaretes (torres de mesquitas) começam a ecoar, convocando os muçulmanos para as orações. As portas dos pequenos comércios são baixadas. Quase todos os vendedores se recolhem. As ruas estreitas de Al Ras começam a ficar vazias e boa parte dos turistas acompanha com curiosidade a movimentação ao seu redor.
Faz parte da tradição nos países de origem árabe os muçulmanos se dedicarem às orações e parar tudo o que estão fazendo para se dedicarem à reza. As sextas-feiras são consideradas sagradas e geralmente os comércios não abrem.
Mas nem todos os muçulmanos seguem essa regra à risca. “O que você está procurando?”, pergunta com uma voz baixa um vendedor da região do “Golden Souk” (mercado de ouro) da região de Al Ras. A reportagem pede para ver as bolsas falsificadas, mas antes pergunta o preço. “A gente conversa lá”, responde o vendedor, que não quis se identificar.
Após percorrer algumas vielas, sem falar nada, o vendedor entra em um prédio antigo e aperta o botão do elevador. Diz que seus produtos ficam estocados seis andares acima e que tem a nova coleção de bolsas genéricas de Louis Vuitton, Chanel e Prada com desconto. Ele sugere também mostrar sua “flagship store”, nome dado às lojas-conceito que servem como vitrine para mostrar a coleção.
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