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terça-feira, 14 de outubro de 2014

Do abacateiro para US$ 200 milhões - Economia

O capixaba Edson Borgo acredita que a trajetória acadêmica pode fazer diferença para o empreendedor; "Não dá para ser empresário que conta com a sorte, precisa ter ciência". Nascido em Vitória, Edson Borgo começou a trabalhar aos 9 anos, “sem perder os estudo e brincadeiras”. “Tive uma infância maravilhosa, com total liberdade, pescava, jogava futebol, brincava e, ao mesmo tempo, vendia picolé na rua e pastel no campo de futebol”, conta. Hoje, ele é dono da a E-Cosmetic, empresa de cosméticos que vale US$ 200 milhões e emprega 1,8 mil pessoas entre empregos diretos e indiretos.

Edson Borgo e família. Foto: Reprodução/Facebook
No segundo casamento da mãe, surgiu a oportunidade de ter um contato mais próximo com a administração de um empreendimento minimamente estruturado. Seu ex-padrasto fabricava cosméticos embaixo de um abacateiro e vendia na região. Já mais maduro, ficou muito curioso para saber como era possível sobreviver daquela forma, com tão poucos recursos. “Observei ele trabalhando, vi que era uma grande ideia, desde que o negócio fosse feito de uma forma diferente”, comenta. O ex-marido da mãe desistiu do projeto, mas Borgo seguiu adiante. “Saí de baixo do abacateiro, comprei panelas e montei a minha fábrica artesanal”. A empresa funcionava no puxadinho da pequena casa alugada. As vendas evoluíram, mas o grande salto para algo maior veio do estímulo de sua mulher, que incentivou Borgo a buscar um curso superior.
A graduação escolhida foi a de Administração de Empresas. “Durante o curso fui entendendo como deveria fazer para criar e desenvolver uma companhia”, comenta. O espaço acadêmico também serviu para colocar Borgo em contato com pessoas-chave para a transformação da E-Cosmetic. “Juntos, conseguimos fazer da nossa empresa o que ela é hoje”, comemora.
O caminho de Borgo não foi dos mais fáceis. Houve muita dificuldade para formar o capital da companhia – chegou a pagar juros de 18% a agiotas, mas desistir nunca fez parte dos planos. “Lógico que teve uma pitada de ousadia, muito trabalho e muito foco”, explica o executivo. ”Mas sempre fomos muito cautelosos, fazendo as contas matemáticas necessárias para formar nosso preço.”
Borgo atribui grande parte desse sucesso à sua dedicação aos estudos – a profundidade com que se dedicou ao negócio e também à trajetória acadêmica. “Fiz da graduação ao doutorado em 14 anos, continuarei a estudar e quero também o pós-doutorado”, diz. “Não dá para ser empresário que conta com a sorte, precisa ter ciência.”
Vejo o caso como um mix de sorte e dedicação, onde se acentua a evolução educacional, que permite ampliar a visão empresarial. De certo é um empreendedor de sucesso...

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