Segundo informações do New York Times, a live foi feita para um grupo fechado da rede social, o que não impediu que centenas de pessoas assistissem à cena de terror. Entre uma agressão e outra, os criminosos faziam chacota da situação e exibiam armas com largos sorrisos no rosto.
O ato de violência, que não tinha nada de engraçado, só teve fim após três horas, quando Josefine Lundgren acessou o site, viu a transmissão e resolveu ligar para a polícia. Rapidamente as autoridades rastrearam o local onde o estupro e a live estavam sendo feitos, resgataram a jovem e prenderam os calhordas.
"A polícia e a promotoria têm acesso a algumas imagens e alguns trechos de vídeo, mas ainda não temos o vídeo completo mostrando o estupro em si", disse o defensor público Magnus Berggren ao jornal Expressen. "Estamos reunindo evidências e entrevistando os envolvidos. Já falamos com algumas pessoas e mais outras serão entrevistadas". Somente após a conclusão desse procedimento é que será determinado pelo que os criminosos de 18, 20 e 24 anos responderão. Mesmo assim, é muito provável que eles tenham de responder por sequestro, cárcere privado e estupro.
Estupradores aparecem rindo e mostrando armas ao mesmo tempo em que a jovem é violentada na cama. Crime foi transmitido ao vivo no Facebook Live (Reprodução: Capricho)
O mais interessante desse caso -- se é que dá para dizer que há algo interessante nisso -- é a ineficiência do Facebook para impedir transmissões desse tipo. O que é de se estranhar, principalmente tendo em vista que a rede social é conhecida por "confundir" imagens do cotidiano e artísticas com pornografia, retirando-as do ar sem qualquer explicação.
"Esse é um crime horrível e nós não toleramos esse tipo de conteúdo no Facebook", disse uma porta-voz do Facebook. "Se alguém violar as regras da nossa comunidade utilizando o Facebook Live, nós iremos interromper essas transmissões o mais rápido que pudermos e assim que elas forem denunciadas", completou.
Aparentemente o "mais rápido possível" do Facebook não é tão rápido assim. Afinal de contas o estupro foi transmitido por três horas ininterruptas e, segundo o NYT, várias denúncias foram feitas nesse período. Claro que agora, três dias após o crime, o vídeo foi retirado do ar, mas não podemos deixar de pensar que ou há algo de muito errado no processamento dessas denúncias ou o Facebook simplesmente foi omisso nisso tudo.
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