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quinta-feira, 5 de abril de 2018
Superação, do muro de Trump - Sociedade
Será possível superar o muro que o presidente Donald Trump quer erguer na fronteira entre os dois países? "Sim, é possível!", afirmam alguns mexicanos que garantem que qualquer muro pode ser vencido. O republicano Trump qualifica de "criminosos" os imigrantes mexicanos e insiste em construir um novo muro fronteiriço financiado pelo México, desatando a pior crise diplomática com o vizinho do sul em décadas.
Ofendidos, os mexicanos veem a visita de Trump na fronteira como mais uma de suas provocações e reagem desafiadores diante dos oito imponentes protótipos de muro que o bilionário mandou erguer em Otay Mesa, uma árida região da americana San Diego, fronteiriça com a mexicana Tijuana.
Parece que Trump "quer vir nos dizer que está aqui, que vai fazer o que ele diz com os muros", diz à AFP Eladio Sánchez, operário de 30 anos que mora desde criança em um bairro humilde a poucos metros do lado mexicano da fronteira. Uma primeira parede metálica foi construída na fronteira em 1993, durante o governo do democrata Bill Clinton. Em seguida, adicionou-se uma cerca com arame farpado. "E agora, os novos muros que pensam em colocar. Cada vez vão acrescentando mais, cada vez mais altos", lamenta Sánchez, ao contemplar os protótipos.
Estas amostras, de nove metros de altura e paredes completamente lisas, foram construídas por seis companhias e cada uma custou entre 300.000 e 500.000 dólares. A ou as escolhidas vão serpentear em grande parte da fronteira mexicano-americana, com cerca de 3.200 km, uma das mais transitadas do mundo. Para Sánchez, que cruzou a fronteira ilegalmente várias vezes, o protótipo mais desafiador é o único com grades e pontas, construído pela Texas Sterling Construction. "Também pode ser vencido, só é um pouquinho complicado, mas a gente sempre procura uma forma de pular. Pela necessidade, não é que a gente queira", garante este homem, que sente falta de poder ver as montanhas do deserto sem obstáculos.
Estima-se que 11 milhões de imigrantes em situação ilegal vivam nos Estados Unidos, a maioria mexicanos. Eles são "a prova de que é possível passar! E que cada vez estarão passando mais mexicanos!", exclama Sergio Tamai, fundador da ONG Ángeles Sin Fronteras (Anjos sem Fronteiras). "Vão procurar por onde (passar), o deserto, a montanha, os 'polleros' (traficantes de seres humanos). O desejo de querer passar não se tira. Essa vontade de querer melhorar [a vida de] sua família é uma energia tão forte, tão poderosa", explica este combativo ativista em frente ao albergue Hotel del Migrante, que fundou na fronteiriça Mexicali.
Esta cidade se separa da americana Calexico por uma parede metálica oxidada, adornada do lado mexicano por grafites coloridos: um representa a virgem de Guadalupe, outro uma serpente com chifres de carneiro e em outro se lê a inscrição "Penetra-me".
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