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terça-feira, 10 de abril de 2018

Um novo órgão no corpo humano? - Saúde


Pesquisadores da divisão de doenças digestivas do Mount Sinai Medical Center, em Nova York, nos Estados Unidos, encontraram um novo órgão do corpo humano. A descoberta só foi possível porque eles utilizaram um novo equipamento, uma nova versão do endoscópio, mangueira com uma câmera n a ponta que permite analisar o sistema digestivo.
O instrumento, segundo os médicos, é diferente porque permite analisar as estruturas e tecidos humanos em nível intracelular. Com ele, eles conseguiram analisar um canal biliar e conseguiram perceber uma estrutura com cavidades que nunca haviam sido analisadas.
Novo órgão?
Ao observar melhor as estruturas, os cientistas perceberam que havia um erro na forma como até então era feita a análise do corpo. Sem a tecnologia para analisar um tecido vivo, os pesquisadores costumavam observar o tecido removido, e em grande parte das vezes desidratado. O processo de retirada drenava o líquido e fazia com que as cavidades desaparecessem.
“Muitas vezes víamos pequenas ‘rachaduras’ na amostra. Eu fui ensinado e, por sua vez, ensinei a muitos dos meus alunos que essas rachaduras eram devido ao processamento da amostra. Nós tínhamos puxado o tecido com muita força e as separações haviam se formado. Eram os remanescentes dos espaços em colapso. Eles estavam lá o tempo todo. Mas foi só quando pudemos ver tecidos vivos que nos demos conta disso”, explica Neil Theise, professor em patologia e um dos responsáveis pela pesquisa.
Para ele, a definição de órgão é imprecisa, mas “geralmente implica que existe uma unidade e singularidade de estrutura ou de função”, detalha. “Esse espaço tem propriedades e estruturas únicas, que não são vistas em outros lugares, e funções altamente específicas e dependentes das estruturas exclusivas e dos tipos de células que o formam”, pontua.
Conhecido como fluido intersticial, ele compõe 20% do líquido do corpo. “Essa camada circunda as partes do corpo que se move, como a pele ou o pulmão. Nós nunca nos perguntamos como uma densa camada de tecido conjuntivo sobrevivem a tanto estresse sem se romper? Agora nós sabemos: não são tecidos conectivos densos, eles são distensíveis e compressíveis espaços cheios de fluido”, explicou

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