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sábado, 30 de junho de 2018

04 - O DIA A DIA NO LADO SEM GLAMOUR DE DUBAI - Turismo/Sociedade

Imigrantes trabalham duro para ajudar suas famílias
Ali Ahmad tem uma lojinha de cerca de 4 metros quadrados em uma rua adjacente ao principal corredor do mercado de ouro de Deira, região central de Dubai. Vende echarpes coloridas de qualidade duvidosa a partir de 20 dirhams (cerca de R$ 20). Ahmad não diz quanto ganha por mês, mas afirmou que manda entre 2000 e 3.000 dirhams para sua família que mora no Afeganistão.
Com apenas 22 anos, Ahmad vive entre o Afeganistão e Dubai há pelo menos dez anos. “Não sou muito feliz aqui. Mas, pelo menos, Dubai é melhor que o taleban”, disse com um ar resignado. O taleban é um movimento fundamentalista islâmico que atua no Afeganistão e no Paquistão. A milícia tem origem nas tribos que vivem na fronteira entre esses dois países e se formou em 1994.
A família de Ahmad mora em uma região fronteiriça entre o Afeganistão e Paquistão, onde a força dos talebans é ainda maior. “Não tem nada para fazer no Afeganistão. É tiro para todos os lados. Vou e volto para lá todo ano. Viajo a cada três ou quatro meses para levar dinheiro para minha família”, disse ao Estado. Além da lojinha de echarpes, Ahmad também tem um comércio paralelo – vende bolsas de marcas de luxo falsificadas dentro do porta-malas do seu carro estacionado a poucas quadras de sua lojinha.

Ahmad mudou-se para Dubai em busca de trabalho

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