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quinta-feira, 1 de março de 2012

Passar fome faz bem? - Saúde/Ciência


Jejuar um ou dois dias por semana pode proteger o cérebro contra doenças degenerativas como mal de Parkinson ou de Alzheimer, segundo um estudo realizado pelo National Institute on Ageing (NIA), em Baltimore, nos Estados Unidos. "Reduzir o consumo de calorias poderia ajudar o cérebro, mas fazer isso simplesmente diminuindo o consumo de alimentos pode não ser a melhor maneira de ativar esta proteção. É provavelmente melhor alternar períodos de jejum, em que você ingere praticamente nada, com períodos em que você come o quanto quiser", disse Mark Mattson, líder do laboratório de neurociências do Instituto, durante o encontro anual da Associação Americana para o Avanço da Ciência, em Vancouver.
Segundo ele, seria suficiente reduzir o consumo diário para 500 calorias, o equivalente a alguns legumes e chá, duas vezes por semana, para sentir os benefícios. O National Institute of Ageing baseou suas conclusões em um estudo com ratos de laboratório, no qual alguns animais receberam um mínimo de calorias em dias alternados. Estes ratos viveram duas vezes mais que os animais que se alimentaram normalmente.
Mattson afirma que os ratos que comiam em dias alternados ficaram mais sensíveis à insulina - o hormônio que controla os níveis de açúcar no sangue - e precisavam produzir uma quantidade menor da substância.
Segundo estudo, consumo diário de comida deveria ser equivalente a alguns legumes e chá - Felipe Rau/AEAltos níveis de insulina são normalmente associados a uma diminuição da função cerebral e a um maior risco de diabetes. Além disso, segundo o cientista, o jejum teria feito com que os animais apresentassem um maior desenvolvimento de novas células cerebrais e se mostrassem mais resistentes ao stress, além de ter protegido os ratos dos equivalentes a doenças como mal de Parkinson e Alzheimer.
Segundo Mattson, a teoria também teria sido comprovada por estudos com humanos que praticam o jejum, mostrando inclusive benefícios contra a asma. "A restrição energética na dieta aumenta o tempo de vida e protege o cérebro e o sistema cardiovascular contra doenças relacionadas à idade", disse Mattson. A equipe de pesquisadores pretende agora estudar o impacto do jejum no cérebro usando ressonância magnética e outras técnicas.
O estudo parece interessante, mas jejuar não se trata de passar fome, por falta do que comer???? Algo a se ponderar antes de emitir uma postura que deva ser adotada como procedimento verdadeiro e infalível...
O que poderíamos dizer aos que não conseguem colocar alimento na mesa? Que estão imunes a doenças degenerativas citadas? Acho que não acreditariam no tipo de tratamento...

quarta-feira, 29 de fevereiro de 2012

Para que um peito te proteja... - Saúde/Sociedade/Comportamento


Foto: Reprodução/Facebook
A brasileira Sheyla Hershey, conhecida por ter um dos maiores seios do mundo, garante ter sido salva em um grave acidente de carro por seus implantes de silicone . Segundo reportagem do Daily News, ela estava dirigindo para buscar o marido depois de uma festa do Super Bowl, no Texas (EUA), quando perdeu o controle do veículo e bateu em uma árvore.
Os airbags de seu Ford Mustang não funcionaram, mas seus seios fizeram o trabalho de proteção. “Meus seios estão muito doloridos e com alguns arranhões, mas sei que teria sido gravemente ferida, não fosse por eles, porque eles ficam muito próximos do volante.”
Lembrando um pouco, após entrar para o Guinness Book por ter as maiores próteses de silicone nos seios e quase perder a vida por uma infecção. A modelo chegou a ter 5,5 L de silicone em cada mama e, por conta do risco de vida que correu, passou um ano e meio sem nenhuma prótese nos seios. Infeliz por perder a característica que a tornou famosa, Sheyla disse que pensou em suicídio. "Eu quis morrer, fiquei internada em uma clinica psiquiátrica por três meses. Ficaram me dando remédios, me dopando. As pessoas somente me procuravam pelo peito. Quando me ligavam para alguma matéria ou programa, eu dizia que estava sem os peitos, me falavam para deixar para quando eu os colocasse de volta", comentou.
Sheyla Hershey reimplantou silicone nos seios. Foto: DivulgaçãoO vício em cirurgia plástica fez Sheyla passar por 40 intervenções, sendo 19 somente nos peitos. A TV americana ficou curiosa por sua obsessão e lhe deu um reality show, acompanhando todas as modificações que a brasileira decidia fazer. Em sua última operação, quando implantou 5,5 L em cada mama, Sheyla sofreu uma contaminação por ter viajado muito rapidamente para os Estados Unidos. "O médico havia recomendado 15 dias de descanso, mas não obedeci. A infecção não foi culpa de nenhum médico", declarou.
Ao chegar nos Estados Unidos, Sheyla passou a sentir fortes dores nos braços e no estômago, além de ter crises de diarreia. Ao procurar ajuda médica, a brasileira foi recusada por diversos profissionais, pelo fato de o implante dos silicones ter sido feito em outro país.
Por isso que digo, tem coisas que precisa ter peito, outras, apenas algumas próteses...

Sheyla Hershey reimplantou silicone nos seios
Foto: Divulgação

terça-feira, 28 de fevereiro de 2012

Pornoest (clone do Pinterest) - Tecnologia/Economia

Comentei do modelo de negócio da rede social para organizar e compartilhar imagens da web, o Pinterest já começa a dar origem aos seus primeiros clones. E alguns deles, acreditem, para conteúdo pornô. O Pornterest possui o mesmo visual do Pinterest, mas, em vez de imagens inocentes de quadros e vestidos, ele recebe fotos e vídeos de garotas nuas fazendo sexo. Até o logo é plagiado do original. Mesma proposta tem o Snatchly, que pelo menos se deu ao trabalhar criar uma nova logomarca.
De acordo com um levantamento do serviço App Data divulgado pelo Techcrunch, 97,8% dos fãs do Pinterest no Facebook são mulheres – isso poderia explicar o surgimento dos clones de conteúdo erótico. Além dos citados, o russo Pin.me e o alemão Pinspire também copiam claramente a proposta do serviço americano. Stylepin e Thinng também o fazem sem ao menos diferenciar o idioma.
De acordo com um post publicado pelo blog especializado Mashable, o design em colunas do Pinterest pode estar traçando um novo padrão para as interfaces da web. “Ele coloca a bola de volta nas mãos do usuários”, afirmou o webdesigner Andrew Beck, da agência Blue Fountain Media.
Lançado em março 2010, o Pinterest já é oitava rede social mais utilizada nos Estados Unidos, com 4,8 milhões de usuários. No mundo todo, são cerca de 10 milhões. O serviço levou o prêmio The Crunchies Award como melhor nova startup. Também foi listado pela revista Time como um dos 50 melhores sites de 2011.
Definitivamente, preciso "pesquisar" mais na internet (sem ninguém do lado vendo pois tenho vergonha..).


segunda-feira, 27 de fevereiro de 2012

Pinterest - Tecnologia


Preciso me atualizar um pouco mais, acho que estou me tornando "defasado". Existe o Pinterest, uma nova Rede Social (mais uma), que se propõe a coletar e organizar ilustrações e imagens da internet.
Quando foi criada em 2010 até maio de 2011, conseguiu reunir pouco mais de 400 mil usuários (não é um número para se desprezar). Após 8 meses, o número bate quase na casa dos 12 milhões, 4 milhões apenas nos Estados Unidos.
pinterest-600-275x171 (Foto: pinterest-600-275x171)De acordo com um estudo promovido pelo blog Sharseaholic, a rede social Pinterest bateu o YouTube, o Reddit, o Google +, o LinkedIn e o MySpace na porcentagem total de tráfego de referência, durante o mês de janeiro.  O site de relacionamento contabilizou 3,6% do tráfego de referência, enquanto o Twitter ficou apenas um centésimo à frente, com 3,61%. A pesquisa, sobretudo, aponta um rápido crescimento da rede. Em julho de 2011, o Pinterest representava apenas 0,17% do tráfego.
 O Facebook permanece como líder, respondendo por mais de um quarto (26,4%) do tráfego, dos quais 4,3% vêm do Facebook Mobile (versão móvel do Facebook). Depois do Pinterest, é o Facebook que experimenta o maior crescimento no seu tráfego de referência, ganhando quase um ponto percentual em dezembro.
 O YouTube também viu mais tráfego de referência em janeiro do que em dezembro, passando de 0,98% para 1,05%. O Shareaholic sugere que o vídeo “Sh*t Girls Say” pode explicar este aumento de referências. Apesar da maior integração do Google+ + com produtos do Google, a rede social perdeu um pouco de tráfego em janeiro, uma queda de 0,24% de encaminhamentos para 0,22%. O Google - abrangendo pesquisa, notícias, imagens e Gmail - também teve um declínio, foi de 3,69% para 3,62% no mês passado. O modelo de negócio é que parece que não possui muita sustentação, pois eles obtém receita com um programa de afiliados. Produtos exibidos no site, são direcionados por links, que o usuário pode efetuar uma compra. Poucos são os que ficam compartilhando imagens de produtos, então a receita que é bom...

domingo, 26 de fevereiro de 2012

A morte de um notebook.. - Tecnologia


Tem coisas que só acontecem em filmes, mas esse é um filme, só que real. Desapontado ao descobrir que sua filha fez injustas reclamações sobre seus pais e madrasta no Facebook, um pai norte-americano não teve dúvidas: deu nove tiros no laptop da moçoila. E não são projéteis comuns, mas nove balas “dum dum”, daquelas que explodem no impacto. Tudo documentado num vídeo endereçado à filha e publicado no YouTube.
A filha de Tommy Jordan, de nome Hanna, cansada de ser “explorada” pelos pais com tarefas domésticas, postou no Facebook um protesto público, desrespeitoso e cheio de palavrões, a respeito do “trabalho escravo” a que os pais a obrigam diariamente. A adolescente bloqueou o pai, a mãe e a madrasta para que não lessem a mensagem.
Jordan é diretor da empresa de TI Twisted Networx e, enquanto gastava cerca de meio dia e US$ 130 para fazer um upgrade no notebook da filha, descobriu a mensagem. Como reação, atirou no notebook da garota. A atitude pode parecer drástica, mas Jordan explica que Hanna já havia feito isso antes, ficou três meses de castigo e, pelo visto, não entendeu o recado. Jordan ainda conta que os “trabalhos forçados” a que Hanna é submetida incluem apenas fazer sua cama de manhã, ir à escola e lavar sua própria roupa, entre outros serviços menores.
O bacana é que, não contente em apenas deixá-la de castigo (“até arranjar um emprego e sair de casa”, segundo Jordan), o irritado pai fuzilou o notebook com sua pistola .45 e filmou tudo. Ele teve apoio maciço de pais e filhos por toda a internet em terras do Tio Sam.
Jordan ainda arremata com um “você não precisa mais se preocupar com um notebook novo, ou uma máquina fotográfica nova, ou um celular novo, porque você realmente não vai usar nenhum deles – até, provavelmente, a faculdade”. E que, se ela reclama de vida dura, a vida dela agora vai ser realmente dura.
“Você não vai ver isso porque não tem computador. Mas eu vou postar este vídeo no seu mural do Facebook, para os seus amigos verem”. E, após dar os tiros, finaliza o vídeo: “Daqui a alguns anos, quando você não estiver mais de castigo, talvez você tenha um laptop novo. Mas seu próximo computador quem vai comprar é você. Isso depois de pagar os US$ 130 que me deve”.

sábado, 25 de fevereiro de 2012

Kodak tentando... - Economia/Tecnologia

A Kodak, empresa que inventou a câmera digital há mais de três décadas, anunciou dia 9 que deixará de fabricá-las no meio do ano para se concentrar no negócio da impressão fotográfica, como parte de seu processo de reestruturação desde que declarou moratória no mês passado. A lendária empresa com sede em Rochester (Nova York) abandonará totalmente um negócio que inclui a fabricação de câmeras digitais, filmadoras de bolso e porta-retratos digitais, mas tentará conceder licenças para que outras empresas fabriquem esses dispositivos com seu logotipo.
Dessa forma, a Kodak deixa de produzir câmeras digitais, que foram inventadas justamente por um de seus engenheiros, Steven Sasson, em 1975. Entretanto, a empresa não conseguiu aproveitar desta invenção com medo de prejudicar seu principal negócio: a venda de filmes. "Faz tempo que a estratégia da Kodak é melhorar as margens no negócio de dispositivos de captura de imagens ao reduzir nossa participação em termos de produção", disse o diretor de marketing da empresa, Pradeep Jotwani, que classificou a decisão anunciada nesta quinta-feira como uma "extensão lógica" desse processo.
Quando a icônica empresa fotográfica se desfizer completamente de seu negócio de câmeras digitais, deve poupar anualmente cerca de US$ 100 milhões, enquanto prevê que este processo represente um custo de US$ 30 milhões. A empresa, que não especificou o número de demitidos que esta decisão pode envolver, se centrará no negócio da impressão de fotografias tanto através da internet como em estabelecimentos comerciais, assim como na fabricação de impressoras de injeção de tinta, onde vê maiores oportunidades.
O anúncio faz parte do processo de reestruturação no qual está imersa a companhia, que declarou moratória em 19 de janeiro atingida por uma dívida que chega aos US$ 6,8 bilhões, enquanto seus ativos se situam nos US$ 5,1 bilhões. A empresa fundada há cerca de 130 anos por George Eastman tinha anotado três anos fiscais consecutivos de perdas e segundo as últimas contas publicadas em novembro, perdeu US$ 647 milhões nos primeiros nove meses de 2011, sete vezes mais que no mesmo período de 2010.
Após sua moratória, a Bolsa de Nova York (NYSE) decidiu expulsar a Kodak do mercado, no qual estava cotada há mais de um século, por isso que suas ações são negociadas nos mercados secundários. Pouco antes da jornada regular em Wall Street, os títulos da Kodak ganhavam 1,53% para serem trocados por 43 centavos nos mercados OTC ('over the counter'), onde eram negociados os títulos de empresas sem supervisão oficial.
Mas ícones mudam. Outra gigante, a IBM abandonou a alguns anos a fabricação de computadores pessoais, dedicando sua inteligência para o segmento corporativo, transferindo para a Lenovo, uma empresa asiática, os direitos (recebendo obviamente royalties). É preciso se re-inventar, e no caso da Kodak, houve morosidade. A Apple se continuasse insistindo na fabricação dos processadores, em conjunto com a Motorola, sem poder ter aplicativos de terceiros, estaria fadada a derrocada.
Assim segue a economia, onde até gigantes se curvam. Será que algum dia a Coca-Cola terá problemas???

sexta-feira, 24 de fevereiro de 2012

Impressora 3D -Tecnologia/Saúde


Mandíbula
Uma prótese de mandíbula inferior fabricada por uma impressora 3D foi implantada no rosto de uma mulher de 83 anos. Especialistas envolvidos dizem que esta foi a primeira operação desse tipo já realizada.
O transplante foi feito em junho último na Holanda, mas só agora foi tornado público. A prótese foi fabricada com pó de titânio aquecido e fundido por um laser, uma camada de cada vez.
A equipe disse que o sucesso da operação abre caminho para a impressão – embora em um futuro distante – de órgãos humanos para transplantes. A cirurgia foi resultado de estudos realizados no Biomedical Research Institute da Hasselt University, na Bélgica, e o implante foi construído pela empresa belga LayerWise – especializada em manufaturar artefatos de metal. A paciente que recebeu a prótese tinha desenvolvido uma infecção óssea crônica. Os médicos acreditavam que uma cirurgia de reconstrução seria arriscada por causa da idade da mulher, por isso optaram pela nova tecnologia.
A prótese, feita sob medida, é complexa. Ela tem juntas articuladas, cavidades para incentivar a formação de conexões com os músculos e sulcos para direcionar o crescimento dos nervos e veias.
Um vez desenhada, no entanto, foram necessárias algumas poucas horas para que fosse impressa. "Assim que recebemos o desenho digital em 3D, a peça foi dividida automaticamente em camadas bidimensionais, depois enviamos as diferentes partes para a máquina impressora", disse Ruben Wauthle, engenheiro de aplicações médicas da LayerWise. "(A máquina) usou um raio laser para derreter várias camadas finas de pó de titânio para formar a peça. Foram necessárias 33 camadas para construir 1 mm de altura, então você pode imaginar, milhares de camadas foram necessárias para construir essa mandíbula."
Uma vez completada, a prótese foi coberta com uma camada de biocerâmica. A equipe disse que a cirurgia para conectar a mandíbula à face da paciente demorou quatro horas, um quinto do tempo necessário para uma operação tradicional de reconstrução do osso. Pouco depois de acordar da anestesia, a paciente disse algumas palavras. Um dia depois, ela já era capaz de engolir, informou Jules Poukens, da Hasselt University, líder da equipe de cirurgiões. "O novo tratamento é primeiro no mundo porque trata-se do primeiro implante específico para um determinado paciente em que toda a mandíbula inferior é substituída, explicou."
A nova mandíbula pesa 107g, um terço a mais do que o osso original. Os médicos acreditam, no entanto, que a mulher não terá problemas para se adaptar ao peso maior. Uma nova cirurgia está marcada para o final do mês, quando a equipe vai retirar peças inseridas em buracos feitos na superfície da prótese com o objetivo de auxiliar a cicatrização. Durante essa operação, uma ponte com furos será acoplada à prótese. Nela, serão parafusados dentes falsos.
A equipe disse esperar que técnicas semelhantes se tornem comuns com o passar dos anos. "As vantagens são que o tempo de cirurgia diminui, porque o implante se encaixa perfeitamente no paciente" , disse Wauthle. “O tempo de hospitalização também diminui e tudo isso reduz os custos médicos.”
Pode-se manufaturar partes que não podem ser criadas usando qualquer outra tecnologia. Por exemplo, pode imprimir estruturas porosas de titânio que permitem o crescimento do osso internamente e (permitem também) uma fixação melhor do implante, o que lhe dá uma vida mais longa.
A pesquisa belga sucede um outro projeto, feito no ano passado na Washington State University, nos Estados Unidos. Nele, engenheiros demonstraram como andaimes de cerâmica criados por impressoras 3D poderiam ser usados para auxiliar o crescimento de tecido ósseo.
Os pesquisadores disseram que experimentos feitos em animais indicam que a técnica poderia ser usada em humanos nas próximas duas décadas. A fabricante de artefatos de metal LayerWise acredita que os dois projetos demonstram muito superficialmente o imenso potencial médico da impressão em 3D.
Wauthle disse que o objetivo final é imprimir órgãos do corpo humano, prontos para o transplante. Ele advertiu, no entanto, que não estaremos vivos para testemunhar avanços como esses. "Ainda há grandes problemas biológicos e químicos a ser resolvidos", disse o médico. "No momento, usamos o pó de metal para imprimir. Para imprimir tecido orgânico e ossos você precisaria de material orgânico para dar a ‘liga’. Tecnicamente, poderia ser possível – mas ainda falta muito para chegarmos lá".
Blade Runner já experimentava coisas assim...

quinta-feira, 23 de fevereiro de 2012

Carnaval da vergonha II - Sociedade

Rosas de Ouro estava em segundo lugar, seguida pela Vai-Vai. Camisa Verde e Branco e Pérola Negra seriam rebaixadas ao Grupo de Acesso.
Os presidentes das escolas de samba de São Paulo estavam reunidos no Anhembi no início da noite desta terça-feira (21) para resolver o que seria feito após a confusão no Sambódromo. A apuração do resultado do carnaval do Grupo Especial de São Paulo foi interrompida após um torcedor invadir a área onde ocorria a leitura das notas e rasgar os envelopes com a pontuação de dois últimos jurados no quesito comissão de frente.
O regulamento da liga das escolas de samba diz que será eliminada da disputa, e expulsa da liga, a escola que tiver qualquer membro ou dirigente com comportamento inadequado, seja na concentração, dispersão, durante o desfile ou na apuração. A Escola Mocidade Alegre tinha a maior pontuação entre as 13 escolas do Grupo Especial quando o anúncio das notas foi interrompido. A agremiação estava com 160 pontos e se recebesse mais uma nota dez, entre as duas restantes, seria campeã.
Paulo Sérgio Ferreira, presidente da Liga Independente das Escolas de Samba de São Paulo, afirmou que "tem escola que não sabe perder". "O jogo é jogado, a regra é clara. A escola vem na avenida, canta o samba errado e depois quer tirar o julgador de samba-enredo. Vamos ver se tem possibilidade de levantar as duas notas que faltam, se não tiver, vai se manter o resultado que se mantém até agora", afirmou o dirigente logo após a confusão que se estabeleceu durante a apuração no sambódromo do Anhembi, Zona Norte de São Paulo, na tarde desta terça-feira (21).
Ao final da apuração, quando faltavam apenas duas notas para serem divulgadas do último quesito, um integrante da escola Império da Casa Verde pulou a grade que separa a área entre os integrantes das escolas e a Liga. O homem chegou a roubar as notas que estavam sendo lidas e as rasgou. A escola estava até então em 11º lugar, ou seja, não estava sendo rebaixada - são 14 escolas e as duas últimas caem para o Grupo de Acesso.
Carro alegórico da escola Pérola Negra pegou fogo durante confusão na apuração dos desfiles das escolas de samba de São Paulo. (Foto: Bruno Azevedo/G1)

Torcedores jogaram cadeiras próximas da grade de proteção, que separava o público dos organizadores. Depois, o grupo saiu do sambódromo e ocupou a área da Marginal Tiête, seguindo em direção à Casa Verde. Pouco tempo depois integrantes da escola Gaviões da Fiel também invadiram a área. Mais tarde, carros alegóricos foram queimados. Um deles da Pérola Negra. A Mocidade Alegre liderava a disputa e precisava apenas de mais uma nota dez para ser considerada a campeã do carnaval paulista em 2012. A escola da Zona Verde já venceu por sete vezes.
Buscamos fazer frente à dita manifestação popular que bem dita ano passado, de popular não tem nada. Hoje temos bandos, oriundos de torcidas que se dizem organizadas, apenas para promover discórdia, agressão, arruaça. Se a polícia faz uma atuação contundente, podem ser acusados de agressores de pobres torcedores que estavam representando uma agremiação.
Gosto de futebol, mas tem anos que não reúno coragem de assistir um jogo no estádio, pois sei que irei me deparar com esses "torcedores". Escolas de samba, ao menos em São Paulo, acabam representando três grandes clubes de futebol, onde evita-se ao máximo o encontro pois o conflito é certeiro.
O Carnaval, como manifestação popular, se voltar às suas origens, talvez se volte para o povo, mas perderá o luxo e ostentação e deixará de render trocados a poucos que cultuam a hipocrisia da "festa". Devemos pensar um pouco no negócio como negócio, não com a visão romântica e ultrapassada que se perdeu faz tempo..
O Carnaval, como muitos propõe deixou de ser festa popular, e se tornou popularesco, algo que o povo apoia sem saber, massa de manobra, assim como agem os políticos. Seriam eles alguns dos integrantes das ditas "Escolas de Samba"? Pois é, eu gostava tanto disso, perdeu o encanto com quem está no comando, quem sabe se houver mudanças e banimentos mesmo...

quarta-feira, 22 de fevereiro de 2012

Carnaval da vergonha I - Sociedade

Dizem meias verdades e acreditamos. Uma de que o carnaval é uma festa legitimamente brasileira. Outra é que o povo de São Paulo consegue fazer uma festa à altura dos cariocas...
Um tumulto durante a reta final da leitura das notas das escolas de samba do Carnaval de São Paulo nesta terça-feira (21) interrompeu a apuração do resultado da campeão de 2012. Um homem invadiu a área restrita dos jurados e rasgou os envelopes que continham as notas dos jurados. Depois de terem sido dispersados pela polícia, manifestantes tomaram as pistas da Marginal Tietê.
No momento da confusão, a Mocidade Alegre estava a apenas uma nota 10 do título, enquanto que as escolas Camisa Verde e Pérola Negra seriam rebaixadas. Nenhuma agremaição foi nomeada campeã. Mais de meia-hora depois do incidente, houve um incêndio nos carros alegóricos da Pérola Negra que estavam no pátio do Sambódromo. Irritado, Edilson Casal, presidente da escola, afirmou que faria o mesmo com os carros de outras escolas. "Queimaram o meu, agora vou queimar o dos outros."
Minutos após a confusão, o presidente da Liga das Escolas de Samba de São Paulo (Liga-SP) Paulo Sérgio Ferreira chegou a dizer que a apuração continuaria de onde parou. A presidente da Mocidade Alegre, Solange Bichara Rezende, disse que o tumulto não é com a escola de samba. "Os outros presidentes e diretores das outras escolas me ligaram para parabenizar", disse ela. "A questão é como foi feita a escolha dos jurados este ano."
Em 2012, a seleção para jurados de Carnaval sofreu mudanças. Foi aberto concurso público para o cargo, o que causou a insatisfação de alguns membros de escola de samba. Antes do início da apuração, houve uma reunião entre os diretores das escolas para discutir a substituição de última hora de um jurado, que teria se sentido mal às vésperas da primeira noite de desfiles, sexta-feira. A mundaça desagradou alguns diretores, mas o consenso ao final da reunião foi de que as notas do jurado substituo não seriam descartados. A apuração começou com cerca de vinte minutos de atraso.
Segundo a Polícia Militar, não havia informações sobre prisões ou se alguém foi hospitalizado. Também de acordo com a PM, os torcedores da Gaviões da Fiel foram retirados do local e caminharam para a pista local da marginal Tietê até a quadra da escola, que fica perto do Sambódromo. A pista já estava interditada pela CET na altura do Anhembi para a apuração. O trânsito no local, que estava sendo monitorado pela tropa de choque da PM. No momento do tumulto, a apuração estava em seu último quesito, Comissão de Frente. Se recebesse mais dez pontos, a Mocidade Alegre seria consagrada campeã, sem chances de ser ultrapassada no resultado final.
Sabemos fazer festa em São Paulo? Não enquanto as ditas escolas de samba que perderam a essência popular e se transformaram num grande negócio, onde dinheiro é descaradamente lavado e projeta alguns políticos e outras ditas personalidades, deixaram o povo de lado. (continua)

terça-feira, 21 de fevereiro de 2012

A origem das listras nas zebras... - Ciência

Pesquisadores húngaros e suecos fizeram um estudo insólito que culminou em uma boa hipótese sobre a função das listras da zebra. De acordo com a equipe, a padronagem seria um antídoto contra o ataque de parasitas, já que zebras atraem menos moscas que cavalos de pelagem preta, marrom ou branca.
A curiosidade em relação às listras das zebras surgiu em estudos anteriores, onde a equipe de pesquisadores mostrou que o pelo branco não reflete a luz polarizada da mesma maneira que o pelo marrom ou preto -- e por isso, os cavalos brancos sofriam menos com os ataques dos insetos. (A cor escura dos cavalos reflete luz da mesma maneira que poças d'água, onde as moscas se reproduzem.) A partir daí, a equipe passou a especular que como as moscas reagiriam às listras das zebras.
“Nós passamos a levar em consideração a possibilidade de que as zebras desenvolveram suas listras como resposta aos ataques de moscas parasitas”, disse ao iG Susanne Åkesson, da Universidade de Lund, na Suécia e uma das autoras do estudo publicado no periódico científico Journal of Experimental Biology.
Para chegar a esta conclusão, foram realizados seis estudos de campo, em fazendas nos arredores de Budapeste, que sofriam com infestações de moscas. O estudo, porém, não usou zebras de verdade. Os experimentos foram realizados em modelos, como bonecos e telas pintadas que mimetizavam as zebras. A equipe testou o coeficiente de atração de listras em preto-branco pela variação de largura, densidade e ângulo das listras e a direção da polarização da luz refletida. As moscas atraídas ficavam presas ao óleo e a cola colocada nos modelos, e assim a equipe pode medir havia menos moscas conforme o padrão de listras ficava mais fino.
De acordo com a pesquisadora, por mais estranho que pareça, os resultados podem ser aplicados em outros animais. “Nosso trabalho pode ser aplicado em qualquer outro mamífero de pelo curto e com coloração diferenciada. As características opticas de reflexão da luz podem ser aplicadas em qualquer mamífero de pelo curto. Aconteceu de trabalharmos com cavalos pois já havíamos estudados previamente e continuamos com zebras por elas terem um padrão de pelagem tão peculiar”.
Como fica agora a Loteria Esportiva, pois a Zebra não tinha como se explicar, agora só pode haver resultados estudados e evoluídos...

segunda-feira, 20 de fevereiro de 2012

Prostituição: Atividade Econômica X - Sociedade


Foto: Arquivo pessoalDe acordo com Lisa Williams, fundadora da Living Water for Girls, a maior parte das meninas chega a sua organização depois terem sido presas pela polícia ou resgatas pelos pais. "Comecei este projeto depois que vi um artigo num jornal local sobre uma menina de 10 anos que estava sendo acusada de prostituição, juntamente com sua irmã de 11 anos. Elas foram encontradas com algemas em seus tornozelos", diz.
"Elas eram vítimas e estavam sendo acusadas como se fossem criminosas. Fiquei indignada." A oferta de sexo é considerada crime em todo o território americano, exceto no Estado de Nevada. Em 2008, Williams, que é ex-militar, arrecadou recursos para comprar uma casa onde as adolescentes recebem tratamento médico e psicológico, além de aulas, pelo período de até um ano.
"Se as colocamos de volta em um sistema educacional onde não tem ninguém que possa acompanhá-las ou olhar por elas, muitas vezes elas voltam para o cafetão. Elas precisam se fortalecer e entender que isso não deve ser uma opção." Ao voltarem para suas famílias, para a escola ou para a universidade, as garotas são acompanhadas por voluntárias da organização. A maior parte das mentoras são mulheres que também foram vítimas de tráfico sexual, como Sara.
Sara conseguiu escapar da prostuição forçada e é mentora de adolescentes em recuperação. "Quando voltei para casa, lutei por meses contra minha depressão. Como eu tinha concluído o ensino fundamental, tentei entrar na Universidade. Passei a frequentar a igreja também, foram as primeiras coisas que eu fiz", diz ela. "Quero fazer com as meninas as coisas que eu queria que alguém tivesse feito comigo quando eu saí da vida, como me levar ao cinema ou a um parque, onde você se lembra o que é se divertir e ser jovem. Fazer com que elas entendam que são especiais e não tenham medo de viver."
Dez anos depois de ter escapado da prostituição, Sara tornou-se diretora de marketing em uma empresa e vê regularmente o seu filho. Depois de conseguir sua independência financeira, ela se casou com um namorado que conheceu na igreja. "Quando eu falei com as meninas pela primeira vez elas ficaram muito emocionadas de ver que uma pessoa como elas que estava do outro lado, que eu consegui", relembra.
Este é o último material da série sobre o tema, apesar de ser algo forte, procurei tentar colher vários aspectos. O que fica evidente, é que a falta de orientação da família é fundamental na escolha dos caminhos.
Não se pode simplesmente jogar culpa no sistema, onde o dinheiro fala mais alto. Mas muitas fazem por opção inicialmente, depois as consequências são observadas, e viram estatísticas jornalísticas...

domingo, 19 de fevereiro de 2012

Prostituição: Atividade Econômica IX - Sociedade

Na ONG Living Water for Girls, que atua na Geórgia, no sudeste dos Estados Unidos, Sara, hoje com 31 anos, acompanha o progresso de meninas de 12 a 17 anos que tentam retornar à vida normal. Ela entrou em contato com a organização no início de 2011, depois de ser chamada para participar de um debate com a fundadora da organização, Lisa Williams, em uma rádio local. "Eu nunca tinha falado abertamente da minha história antes, porque não acreditava que era uma vítima. Só ao falar com Lisa consegui admitir publicamente que fui sequestrada, ameaçada e forçada a me prostituir com uma arma, achava que ninguém acreditaria em mim quando dissesse que fui forçada, porque isso aconteceu comigo quando eu já tinha 20 anos."
Em 2000, Sara tinha acabado de deixar seu filho na casa do ex-namorado e andava em direção à parada de metrô, quando um senhor de idade parou em um carro ao seu lado oferecendo carona. Durante o trajeto, o homem disse que precisava fazer uma parada e convidou para entrar em uma casa próxima ao metrô. Lá dentro, ele a deixou sozinha e pouco depois, outro homem apareceu.
"Eu não tinha medo do primeiro homem porque ele era mais velho, mas sabia que com o segundo, que era mais alto e musculoso, eu não conseguiria lutar. Ele me disse onde o pai do meu filho morava, o que ele fazia e disse que os machucaria. Depois descobri que aquela era uma rua em que havia muitas meninas viciadas em drogas que se prostituíam. O homem mais velho era o recrutador do cafetão, esse era o método que eles usavam. Ele disse que sabia que eu era maior de 18 anos – até hoje não sei como ele sabia."
Ela foi forçada a viajar com o cafetão para se prostituir. Ele a levava de volta para casa periodicamente para visitar sua família, para que ninguém suspeitasse e alertasse a polícia. "Na primeira vez em que viajei com ele, ele me prometeu que voltaria para casa depois do fim de semana, se ganhasse cerca de US$ 4 mil. Só voltei três semanas depois", diz.
Ao pai dela, com quem morava, e ao ex-namorado, ela dizia que tinha um trabalho para o qual precisava viajar. "O pai do meu filho perguntava o que eu estava fazendo e eu tinha tanta vergonha que não conseguia contar a ele. O cafetão me esperava no carro com uma arma durante as visitas."
Depois de cerca de um ano trabalhando como prostituta, Sara conseguiu se desvencilhar do cafetão, depois de engravidar dele e fazer um aborto sem que ele soubesse. "Quando ele descobriu, me bateu muito e só parou porque outras pessoas o alertaram que a polícia poderia aparecer. Eu pensei que ia morrer e rezei pela primeira vez ", diz ela.
Para escapar, ela passou a trabalhar para traficantes de drogas e chegou a entrar em brigas com outros grupos de prostitutas forçada pelos traficantes. Em um destes combates, uma troca de tiros que deixou mortos atraiu a atenção da polícia, que acabou por prendê-los, deixando Sara e as outras garotas do grupo independentes. Sem ter para onde ir, elas continuaram se prostituindo juntas.
"As meninas haviam se tornado minha família. Se não fosse Deus, eu certamente passaria de vítima a vitimizadora. Eu poderia facilmente ter me tornado a cafetina, que é algo que acontece com muitas mulheres depois que o cafetão sai de cena." Em julho de 2011, Sara escapou do lugar onde vivia com as outras garotas e voltou para a casa do pai.
Segundo o Departamento de Justiça americano, cerca de 200 mil crianças estão expostas a situações de exploração sexual no país. A idade média com que as meninas são recrutadas pela indústria da prostituição é de 13 anos.
Lisa Williams recebe uma adolescente. Foto: Arquivo Living Water for Girls

sábado, 18 de fevereiro de 2012

Prostituição: Atividade Econômica VIII - Sociedade


(e por aqui???) Para a Apramp, que trabalha há 26 anos na reintegração de mulheres, o Brasil é um caso especial por ser o principal abastecedor do mercado de prostituição na Europa. A ONG fez até um relatório sobre a situação das brasileiras, detectando que são as prostitutas com mais circulação nos prostíbulos europeus. São revendidas em média a cada 21 dias e quase sempre dentro do mesmo país.

Segundo a pesquisa, as brasileiras exploradas por máfias têm entre 20 e 45 anos, nível sócio-econômico baixo e filhos deixados no Brasil. Geralmente, entram com vistos de turistas através de Portugal, Espanha, França, Suíça e Holanda. São cooptadas nas cidades de origem por conhecidos, sendo Goiânia o maior foco de aliciamento.
Na Espanha, organizações oferecem a vítimas casa, tratamento médico e psicológico, apoio jurídico, formação profissional e ajuda para encontrar trabalho.A legislação espanhola sobre tráfico de seres humanos prevê pena de dois a 10 anos de cadeia. As vítimas têm direito à proteção em caso de denunciar os exploradores. Se não quiserem, normalmente, são deportadas por infringir a lei de imigração.
Apesar disso, que muitas são levadas a fazer uso do corpo e se venderem, muitas vivendo como escravas, o que fica cada vez mais evidente, é que as promessas do trabalho fácil e morar na Europa, é o sonho de muitas sem grandes perspectivas econômicas. Mas será que de fato elas não sabem o que irão fazer por aquelas terras?
No caso da prostituição masculina, existem muitos que povoam as ruas das cidades italianas, oferecendo seus préstimos físicos, alguns com grande quantidade de silicone e hormônios...

sexta-feira, 17 de fevereiro de 2012

Prostituição: Atividade Econômica VII - Sociedade

Em entrevista à BBC Brasil, Matei, especialista no assunto e autora do livro: En Venta: Mariana, 15 años (À venda: Mariana, 15 anos, em tradução literal), disse que cada vez há mais menores aliciadas pelas redes, muitas vendidas pelas próprias famílias e namorados. 
Livro narra episódios reais sobre tráfico sexual. ''Muitas meninas são reticentes em denunciar seus exploradores porque os identificam como amantes e lhes custa aceitar que sejam presos como marginais.''
Para a escritora, a revenda de mulheres é um delito “relativamente fácil de se cometer” pela falta de controle judicial sobre o que ocorre nos bordéis, “muitas vezes com a cumplicidade de autoridades, porque também há muita corrupção neste tema”. O aumento do comércio, segundo ela, vem acontecendo pela relação cada vez maior de máfias de tráfico de entorpecentes no setor da prostituição com experiências e redes estabelecidas para movimentação de ''mercadorias''. 
No livro, que relata episódios reais, ela conta a história da protagonista. Uma menina de 15 anos vendida pela avó a uma rede de traficantes. A psicóloga descobriu o caso, resgatou a jovem, foi perseguida e ameaçada e acabou criando um albergue para mulheres que conseguem escapar das redes de prostituição.
Fugir dos exploradores é difícil, segundo as ONGs. Os sistemas de controle em cárcere privado envolve violência, sequestro e ameaças. ''O último caso que atendemos foi de uma menor de 17 anos obrigada pelo namorado a se prostituir. Ela se recusou e ele a manteve três dias em cárcere privado, alimentando-a só com água salgada, até ela aceitar'', contou à BBC Brasil, Rocio Nieto, presidente da Apramp, Associação para a Prevenção e Reinserção da Mulher Prostituída. Segundo Nieto, 89% das estrangeiras que se prostituem na Espanha são “vítimas de máfias”.


quinta-feira, 16 de fevereiro de 2012

Prostituição: Atividade Econômica VI - Sociedade


Tirando a legalização de atividade, restrita ainda a pouco locais, vamos agora abordar um tema um pouco mais pesado relacionado. A prostituição forçada, muitas vezes de menores.
Especialistas no combate à prostituição forçada na Europa alertam para um fenômeno crescente: a comercialização de mulheres como mercadorias entre diferentes países e cidades. De acordo com um relatório compilado pela ONG espanhola Red española contra la trata de personas, a partir dos dados de 26 organizações internacionais, a revenda de mulheres, muitas delas menores de idade, aumentou em 50% nos últimos cinco anos e movimenta cerca de US$ 7 bilhões por ano (R$ 12 bilhões).
O relatório revelou que anualmente cerca de 1 milhão de pessoas que chegam à Europa acabam sendo forçadas à prostiuição. Deste total, 90% passam por bordéis na Espanha, Itália, Grécia, Alemanha, Bélgica, Holanda, Suíça e Portugal, revendidas por quadrilhas de traficantes. Na Espanha, maior consumidor europeu de serviços sexuais e onde atuam as principais redes de contrabando, segundo as autoridades, uma mulher é vendida entre R$ 2 mil e R$ 7,5 mil, de acordo com idade, características físicas e experiência. Quanto mais jovem, mais cara.
O sistema é parecido ao de uma atividade comercial convencional. Os donos dos prostíbulos atendem à demanda dos clientes, que pedem perfis físicos específicos de prostitutas. Quando querem um tipo ou se cansam de outro, a mercadoria é renovada. Assim, uma mulher é revendida a outra rede, circulando por quase todo o continente.
Segundo a pesquisa, o tempo médio de uma prostituta em um bordel é de 28 dias. Quando alcança este período, ela é revendida para que os clientes tenham novidades, como num catálogo de mercadorias. ''Sai barato explorar uma mulher. As leis são benevolentes e a sociedade ignora o assunto. Os traficantes estão percebendo que correm menos riscos vendendo mulheres do que vendendo entorpecentes'', comparou a psicóloga Iana Matei.

quarta-feira, 15 de fevereiro de 2012

Prostituição: Atividade Econômica V - Sociedade


Curiosamente, alguns locais reconhecem a prostituição como atividade legal. Prefeitura de Bonn - Alemanha, espera arrecadar 200 mil euros por ano com nova medida tributária. Lá resolveu-se instalar parquímetros para cobrar imposto de prostitutas que trabalham nas ruas. Como a atividade é legalizada no país, cada trabalhadora precisa depositar seis euros (R$ 13,70) por cada noite. Os bordéis já pagam taxas pela atividade.
Parquímetro para prostitutas, em Bonn. AFP
Segundo a agência France Presse, 260 euros (R$ 595) foram arrecadados nos dois primeiros dias da medida, que entrou em vigor na segunda-feira. Em entrevista à agência alemã DPA, a porta-voz do governo local, Monika Frömbgen, disse que o meio é o mais adequado para a taxação. "Não é justo que apenas as mulheres que trabalham em estabelecimentos como centros de sexo ou saunas sejam taxadas, pelo fato de que nós conseguimos encontrá-las mais facilmente", disse.
Após o pagamento, as prostitutas recebem um vale que lhe dá autorização de trabalho entre às 20h15 às 6h da manhã seguinte. Fiscais vão monitorar o pagamento das taxas. Em caso de sonegação, as trabalhadoras estão sujeitas a multa. Uwe Zimmerman, porta-voz da Associação Alemã de Municípios, disse, também à agência DPA, que a medida "certamente despertará o interesse de outras cidades".
Embora a prostituição seja legalizada na Alemanha desde 2002, a atividade de profissionais do sexo nas ruas da cidade tem motivado reclamação por parte dos moradores. Segundo a Der Spiegel, essa foi a razão que levou à prefeitura de Bonn a criar uma área específica para controlar a prostituição nas ruas. 
Garagens especiais, feitas de madeira, foram construídas para que os clientes possam estacionar os seus carros. A área também é monitorada pela polícia, e um guarda de plantão pode ser acionado pelos profissionais do sexo.
Quem não concordou com as medidas foi a Bufas (associação dos trabalhadores do sexo). "Nós somos contra qualquer espécie de regra especial e a favor da igualidade nas leis para todos os trabalhadores, inclusive em relação aos impostos", disse Beate Leopold, advogado da associação.

terça-feira, 14 de fevereiro de 2012

Prostituição: Atividade Econômica IV - Sociedade


Não são apenas universitárias que estão se voltando para a indústria do sexo para pagar por seus estudos. A jovem de 18 anos ''Clare'' (nome fictício) se voltou para a prostituição quando estava se preparando para seus exames classificatórios para a univerisdade. Na época, ela descobriu que a ajuda de custo educacional que recebia corria o risco de ser cortada. ''Eu não poderia ir para a universidade sem a ajuda de custo. Eu gasto com transporte um total de 70 libras por mês (cerca de R$ 200). Não tinha a quem recorrer na universidade e não queria ter de contar com a minha família. Comecei a procurar empregos, mas os horários eram incompatíveis. Muitas amigas começaram a procurar empregos e acabaram largando os estudos. Eu não queria fazer o mesmo'', afirma.
''Eu tinha um amigo que vinha tentando me convencer a entrar para uma agência de garotas de programas desde que eu tinha 16. Ele me contava histórias sobre o quanto eu poderia ganhar, como os horários seriam flexíveis, que eu poderia escolher quem eu gostaria de encontrar, assim que os visse e com que frequência. Parecia uma opção melhor. Eu não conseguia ver nenhuma outra.''
Clare agora abandonou a indústria do sexo para prosseguir com seus estudos e adverte contra se envolver com a prostituição. ''Fiz isso para poder ir para a universidade, mas sou uma pessoa diferente de quando eu comecei. Perdi muito da minha auto-estima e a confiança em muitas pessoas.''
''Há muitas pessoas com quem você pode conversar e programas de bolsas. Descubra todas as opções possíveis antes de dar esse passo tão grande. Foi isso que eu não fiz.'' O Departamento de Educação britânico afirmou que pretende investir um total de 180 milhões de libras (cerca de R$ 513 milhões) por ano em programas de auxílio financeiro para permitir que jovens de 16 a 19 anos de idade possam prosseguir seus estudos.
O assédio para que se inicie, muitas vezes está do seu lado... (continua...)

segunda-feira, 13 de fevereiro de 2012

Prostituição: Atividade Econômica III - Sociedade


O número de estudantes da Inglaterra que recorrem à prostituição para financiar os seus estudos está aumentando, segundo dados divulgados pela União Nacional de Estudantes britânica (NUS, na sigla em inglês). De acordo com a organização estudantil, cortes promovidos pelo governo na ajuda de custo oferecida para estudantes do ensino universitário e o aumento dos preços de anuidades e do custo de vida no país vem contribuindo para a atual situação.
A NUS afirmou ainda que também está em ascensão o número de estudantes que está investindo em jogatina e experimentos médicos para ajudar a pagar os estudos. Mas o governo diz que ainda oferece aos alunos um ''generoso pacote'' de auxílio financeiro.
Em entrevista a um programa de rádio da BBC, Estelle Hart, a representante das alunas da NUS, afirmou que os cortes promovidos pelo governo deixaram as alunas em uma situação ainda mais difícil. ''As estudantes estão tomando mais medidas perigosas. Em um ambiente econômico em que há poucos empregos, onde políticas de apoio a estudantes sofreram cortes profundos, as pessoas estão cada vez mais buscando trabalho junto à economia informal, como a indústria do sexo. São todos trabalhos perigosos e sem regulamentação, mas que permitem que elas permaneçam estudando'', afirmou a líder estudantil. 
A Associação Inglesa de Prostitutas, que conta com um telefone de auxílio em sua sede, em Londres, afirmou que o número de chamadas recebidas por alunas pelo menos dobrou desde o ano passado. De acordo com Sarah Walker, a organização tem viso um aumento em chamadas feitas por estudantes nos últimos dez anos, mas acrescentou que o grupo recebeu um número de telefonemas sem precedentes desde que o governo anunciou que universidades na Inglaterra iriam promover aumentos em suas anuidades em até 9 mil libras (cerca de R$ 25,6 mil), a partir de 2012.
''Eles (os ministros) sabem que os cortes que estão promovendo estão levando mulheres a recorrer a a coisas como a indústria do sexo. É uma estratégia de sobrevivência. Por isso, nós consideramos o governo responsável por essa situação.''
Esse tipo de justificativa, é fornecido por muitas universitárias, que recorrem à atividade, principalmente aquelas que estudam em horários ditos comerciais. Várias casas noturnas de São Paulo tem as alunas, belíssimas por sinal, efetuando a prática.
Elas são vistas muitas vezes em Shoppings da moda, e lojas badaladas, visto que a remuneração é alta, pelo local que frequentam. Algumas se mantém na atividade mesmo após concluírem o curso. Outras se tornam célebres, como um ícone que é a "Bruna Surfistinha".

domingo, 12 de fevereiro de 2012

Prostituição: Atividade Econômica II - Sociedade

Continuando... 
O estudo também afirma que grandes eventos esportivos, como a Copa do Mundo de futebol e os Jogos Olímpicos, contribuem para agravar o fenômeno da prostituição. "Futebol e Olimpíadas são identificados como os cenários mais comuns da exploração sexual", afirma o relatório.
Casa de massagens (BBC)Segundo o texto, essas grandes competições internacionais permitem que as redes criminosas "aumentem a oferta" de prostitutas. Na África do Sul, por exemplo, 1 bilhão de camisinhas foram encomendadas pelas autoridades para enfrentar eventuais riscos sanitários durante a Copa do Mundo em 2010. O número de prostitutas no país, estimado em 100 mil, aumentou em 40 mil pessoas durante o evento.
Outros grandes eventos, produzem o fenômeno econômico. Nos antigos países considerados do Leste Europeu, o fluxo de prostituição em grandes eventos fica mais evidente. As competições de Fórmula 1 demonstram isso.
Mas como fica essa relação depois que passa o evento? Bem, ocorre a migração. Onde existe possibilidade de negócios, existe o aspecto do trabalho físico.
Segundo a Fundação Scelles, a internet também contribui para ampliar a prostituição no mundo. "As redes de cafetões agora recrutam pessoas em redes sociais como Facebook e Twitter", diz o estudo, citando um caso na Indonésia em que as autoridades prenderam suspeitos de aliciar jovens estudantes no Facebook e no Yahoo Messenger.
Nos Estados Unidos, a maioria das menores prostitutas são recrutadas por cafetões no site Craiglist, de anúncios, diz o estudo. "Os cafetões fazem falsas propostas de trabalho como manequim e utilizam as vítimas para recrutar outras jovens."
O aspecto das redes sociais, moderniza a atividade. Sites especializados, oferecem mulheres e homens como acompanhantes ou massagistas. Isso não é novidade. O que talvez vejamos com mais frequência será nos sites de compras compartilhadas, ou mesmo leilões, de forma mais aberta e evidente.
(continua...)

sábado, 11 de fevereiro de 2012

Prostituição: Atividade Econômica I - Sociedade


Dizem ser a mais antigas das profissões. Muitas pessoas acabam indo para a prostituição por necessidade, algumas outras por prazer...
Um relatório analisou o fenômeno em 24 países, entre eles França, Estados Unidos, Índia, China e México e diz que o número de pessoas que se prostituem pode chegar a 42 milhões no mundo. O estudo revela ainda que 90% delas estão ligadas a cafetões. O documento analisou também as redes de tráfico, onde se constatou que o maior número de vítimas ocorrem na Ásia (56%).
Na  América Latina e os países ricos registram, respectivamente, 10% e 10,8% do tráfico de pessoas para atividades ligadas ao sexo, afirma o "Relatório Mundial sobre a Exploração Sexual – A prostituição no coração do crime organizado", publicado em um livro.
E quase a metade das vítimas de redes de tráfico humano são crianças e jovens com menos de 18 anos. "Essa é uma das características da prostituição nos dias de hoje: um grande número de crianças é explorada sexualmente", diz o documento. Estima-se que 2 milhões de crianças se prostituam no mundo.
O juiz Yves Charpenel, presidente da Fundação Scelles, diz que não há dados suficientes para avaliar o aumento da prostituição no mundo. "O elemento marcante, na Europa, é a multiplicação de prostitutas vindas de países diversos, normalmente controladas por quadrilhas que as fazem circular por todo o continente", afirma.
O estudo da fundação francesa afirma, com base em dados da agência da ONU contra as drogas e o crime, que o tráfico de mulheres brasileiras na Europa estaria aumentando. O documento não revela, no entanto, números em relação a esse crescimento. "Essas vítimas são originárias de comunidades pobres do norte do Brasil, como Amazonas, Pará, Roraima e Amapá."
"Se a maioria das prostitutas na Europa são de países do leste europeu e de ex-repúblicas soviéticas, a predominância desses grupos parece estar diminuindo no continente", diz o relatório, acrescentando que paralelamente a isso o número de brasileiras estaria aumentando. Em dezembro passado, a polícia espanhola desmantelou uma quadrilha internacional de prostituição que mantinha dezenas de menores brasileiras sob cárcere privado.
(esta matéria é mais uma das séries que vou publicar, continua...)