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quarta-feira, 22 de fevereiro de 2012

Carnaval da vergonha I - Sociedade

Dizem meias verdades e acreditamos. Uma de que o carnaval é uma festa legitimamente brasileira. Outra é que o povo de São Paulo consegue fazer uma festa à altura dos cariocas...
Um tumulto durante a reta final da leitura das notas das escolas de samba do Carnaval de São Paulo nesta terça-feira (21) interrompeu a apuração do resultado da campeão de 2012. Um homem invadiu a área restrita dos jurados e rasgou os envelopes que continham as notas dos jurados. Depois de terem sido dispersados pela polícia, manifestantes tomaram as pistas da Marginal Tietê.
No momento da confusão, a Mocidade Alegre estava a apenas uma nota 10 do título, enquanto que as escolas Camisa Verde e Pérola Negra seriam rebaixadas. Nenhuma agremaição foi nomeada campeã. Mais de meia-hora depois do incidente, houve um incêndio nos carros alegóricos da Pérola Negra que estavam no pátio do Sambódromo. Irritado, Edilson Casal, presidente da escola, afirmou que faria o mesmo com os carros de outras escolas. "Queimaram o meu, agora vou queimar o dos outros."
Minutos após a confusão, o presidente da Liga das Escolas de Samba de São Paulo (Liga-SP) Paulo Sérgio Ferreira chegou a dizer que a apuração continuaria de onde parou. A presidente da Mocidade Alegre, Solange Bichara Rezende, disse que o tumulto não é com a escola de samba. "Os outros presidentes e diretores das outras escolas me ligaram para parabenizar", disse ela. "A questão é como foi feita a escolha dos jurados este ano."
Em 2012, a seleção para jurados de Carnaval sofreu mudanças. Foi aberto concurso público para o cargo, o que causou a insatisfação de alguns membros de escola de samba. Antes do início da apuração, houve uma reunião entre os diretores das escolas para discutir a substituição de última hora de um jurado, que teria se sentido mal às vésperas da primeira noite de desfiles, sexta-feira. A mundaça desagradou alguns diretores, mas o consenso ao final da reunião foi de que as notas do jurado substituo não seriam descartados. A apuração começou com cerca de vinte minutos de atraso.
Segundo a Polícia Militar, não havia informações sobre prisões ou se alguém foi hospitalizado. Também de acordo com a PM, os torcedores da Gaviões da Fiel foram retirados do local e caminharam para a pista local da marginal Tietê até a quadra da escola, que fica perto do Sambódromo. A pista já estava interditada pela CET na altura do Anhembi para a apuração. O trânsito no local, que estava sendo monitorado pela tropa de choque da PM. No momento do tumulto, a apuração estava em seu último quesito, Comissão de Frente. Se recebesse mais dez pontos, a Mocidade Alegre seria consagrada campeã, sem chances de ser ultrapassada no resultado final.
Sabemos fazer festa em São Paulo? Não enquanto as ditas escolas de samba que perderam a essência popular e se transformaram num grande negócio, onde dinheiro é descaradamente lavado e projeta alguns políticos e outras ditas personalidades, deixaram o povo de lado. (continua)

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