Meu olhar, uma forma de avaliar as notícias, não apenas como elas são fornecidas. Um pouco sobre quase tudo, buscando respeitar e não polemizar muito.
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segunda-feira, 20 de fevereiro de 2012
Prostituição: Atividade Econômica X - Sociedade
De acordo com Lisa Williams, fundadora da Living Water for Girls, a maior parte das meninas chega a sua organização depois terem sido presas pela polícia ou resgatas pelos pais. "Comecei este projeto depois que vi um artigo num jornal local sobre uma menina de 10 anos que estava sendo acusada de prostituição, juntamente com sua irmã de 11 anos. Elas foram encontradas com algemas em seus tornozelos", diz.
"Elas eram vítimas e estavam sendo acusadas como se fossem criminosas. Fiquei indignada." A oferta de sexo é considerada crime em todo o território americano, exceto no Estado de Nevada. Em 2008, Williams, que é ex-militar, arrecadou recursos para comprar uma casa onde as adolescentes recebem tratamento médico e psicológico, além de aulas, pelo período de até um ano.
"Se as colocamos de volta em um sistema educacional onde não tem ninguém que possa acompanhá-las ou olhar por elas, muitas vezes elas voltam para o cafetão. Elas precisam se fortalecer e entender que isso não deve ser uma opção." Ao voltarem para suas famílias, para a escola ou para a universidade, as garotas são acompanhadas por voluntárias da organização. A maior parte das mentoras são mulheres que também foram vítimas de tráfico sexual, como Sara.
Sara conseguiu escapar da prostuição forçada e é mentora de adolescentes em recuperação. "Quando voltei para casa, lutei por meses contra minha depressão. Como eu tinha concluído o ensino fundamental, tentei entrar na Universidade. Passei a frequentar a igreja também, foram as primeiras coisas que eu fiz", diz ela. "Quero fazer com as meninas as coisas que eu queria que alguém tivesse feito comigo quando eu saí da vida, como me levar ao cinema ou a um parque, onde você se lembra o que é se divertir e ser jovem. Fazer com que elas entendam que são especiais e não tenham medo de viver."
Dez anos depois de ter escapado da prostituição, Sara tornou-se diretora de marketing em uma empresa e vê regularmente o seu filho. Depois de conseguir sua independência financeira, ela se casou com um namorado que conheceu na igreja. "Quando eu falei com as meninas pela primeira vez elas ficaram muito emocionadas de ver que uma pessoa como elas que estava do outro lado, que eu consegui", relembra.
Este é o último material da série sobre o tema, apesar de ser algo forte, procurei tentar colher vários aspectos. O que fica evidente, é que a falta de orientação da família é fundamental na escolha dos caminhos.
Não se pode simplesmente jogar culpa no sistema, onde o dinheiro fala mais alto. Mas muitas fazem por opção inicialmente, depois as consequências são observadas, e viram estatísticas jornalísticas...
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