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domingo, 14 de abril de 2013

02 Transplante de Fezes: Existe sim! - Saúde

O grupo holandês fez o transplante por meio de uma infusão de fezes feitas por uma sonda no nariz do paciente, chegando no duodeno. Aqui no Brasil, para evitar constrangimentos nos pacientes e até mesmo a possibilidade de refluxos, o médico Ganc resolveu adaptar a técnica e, em vez de usar a sonda no nariz, ele fez uma endoscopia - os pacientes foram sedados e, por meio do endoscópio, as fezes foram infundidas direto no jejuno.
"O hospital estava com dois pacientes com diarreia persistente. Um deles estava internado havia mais de três meses. Tínhamos tentado de tudo para resolver o problema, sem sucesso. Até que decidi propor o transplante. Eles toparam na hora", afirmou Ganc.
Um deles, o aposentado Sanches Gallo, sofria havia três meses de diarreia crônica. Um dia após o transplante, já se sentia melhor. Em três dias, não teve mais diarreia. "É um procedimento muito simples e rápido. Estava sedado, não vi nada. Resolveu meu problema."
De acordo com Ganc, a técnica usa fezes de duas pessoas para melhorar a quantidade e a qualidade das bactérias. As fezes passam por sorologias, depois são misturadas em soro fisiológico e centrifugadas, antes de serem infundidas no doente. Ao ser aplicada no jejuno, as fezes vão "repovoando" a flora intestinal com novas bactérias e, por conta dessa competição, o Clostridium difficile morre. Em muitos casos, o problema cessa já na primeira infusão. "Apesar de desconhecido por muitos, o problema é bastante comum. Já se fala em usar essa técnica em outras doenças intestinais", disse Ganc.

Foto: Reprodução/ Huffington Post
Nojeiras à parte, o tratamento é efetivo porque restaura a flora intstinal de quem precisa.
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