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segunda-feira, 26 de janeiro de 2015

Condenado por Apostasia na Mauritânia - Religiosidade

Informação sempre bem vinda, então nada melhor entender o que significa Apostasia, que confesso, desconhecer o tema. Segundo a Wikipedia, Apostasia (em grego antigo απόστασις [apóstasis], "estar longe de") tem o sentido de um afastamento definitivo e deliberado de alguma coisa, uma renúncia de sua anterior fé ou doutrinação. Ao contrário da crença popular, não se refere a um mero desvio ou um afastamento em relação à sua fé e à prática religiosa. Pode manifestar-se abertamente ou de modo oculto.
Dependendo de cada religião, um apóstata, afastado do grupo religioso no qual era membro, pode ser vitima de preconceito, intolerância, difamação e calúnia por parte dos demais membros ativos. Um caso extremo, é aplicação da pena de morte para apóstatas na religião islâmica em países muçulmanos, como por exemplo, na Arábia Saudita e Irã.
Grande mesquita de Nouakchott 
Um tribunal da Mauritânia anunciou a primeira condenação à morte por apostasia na história do país contra um jovem mauritano, muçulmano, que escreveu um texto considerado pelos magistrados como uma blasfêmia. Mohamed Sheikh Uld Mohamed, detido desde 2 de janeiro de 2014, se declarou inocente no início do processo, o primeiro do tipo desde a independência da Mauritânia em 1960.
A Mauritânia é uma república islâmica, na qual a sharia (lei islâmica) está vigente. Mas a pena de morte ou penas de flagelação não são aplicadas há quase 30 anos. De acordo com a Anistia Internacional, a última execução aconteceu em 1987. O julgamento do jovem, também identificado pela imprensa como Sheikh Uld Mohamed Uld Mjeitir, começou na terça-feira em um tribunal penal de Nuadibu, 480 km ao norte de Nuakchott, a capital.
O condenado, de quase 30 anos, desmaiou ao ouvir o veredicto, antes de ser levado de volta para a prisão. O anúncio da pena provocou comemoração no tribunal e nas ruas. Várias manifestações contra o jovem no início do ano levaram seu advogado a desistir da defesa. Na primeira audiência, um juiz afirmou que o jovem era acusado de apostasia por ter "escrito com frivolidade sobre o profeta Maomé" em um artigo publicado em sites do país.
No texto, ele discutia as decisões tomadas pelo profeta Maomé durante as guerras santas, segundo o magistrado. O jovem também acusava a sociedade mauritana de perpetuar uma "ordem social injusta herdada" desta época. Para as organizações islâmicas locais, este foi o primeiro texto crítico ao islã e ao profeta publicado no país de quatro milhões de habitantes. Durante o julgamento, Mohamed Sheikh Uld Mohamed afirmou que sua intenção "não era atacar o profeta, e sim defender uma classe social mal vista e maltratada", a qual ele pertence.

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