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sexta-feira, 2 de janeiro de 2015

Corrupção: Até quanto podemos suportar? - Política/Economia/Sociedade

Dizem que a corrupção é uma característica de países com baixo nível de desenvolvimento. Mas existem alguns aspectos importantes, que ultrapassam a questão simplista, tentando caracterizar que quem está acima da linha do equador é mais honesto.
Vamos tentar entender um pouco a origem da corrupção, onde ela se inicia. Podemos dizer que quando um policial, no cumprimento de suas atribuições, nos vai aplicar uma multa por que INFRINGIMOS A LEI, e, na tentativa de evitar o desembolso, "molhamos" a mão dele, para que não transcreva, e apenas verbalizem a punição.
Mas a origem é um pouco mais perversa, quando, na tentativa de fazer com que nossos filhos façam algo, que é de responsabilidade deles, nós comprometamos nossa palavra, prometendo uma recompensa. Então, para alguém fazer algo que é sua obrigação, acabamos tentando lembrar à custa de presentes, para que assim procedam.
Existem corruptos e corruptores. Existem agentes passivos e ativos nessa escalada. Todos estão cometendo o que pode, dependendo da ocasião, crimes, que quando projetados, podem assumir proporções dantescas...
Aqui por estas terras que tanto amo, mas por muitas vezes me envergonho, está sendo exposto que a maior empresa brasileira, a Petrobrás, tem seu patrimônio dilapidado por contratos superfaturados, custos inflados, para, pasmem, cobrir custos das campanhas eleitorais. Chamam por aqui de caixa 2. Isso é crime de sonegação fiscal.
O enriquecimento de políticos, que deveriam ser trabalhadores do povo, representantes legais de um desejo popular, numa atividade econômica altamente atraente e disputada. Eles fazem leis para se beneficiar, e a população, acostumada com migalhas, com medo de as perderem, continuam anuindo essa prática.
Em países sérios, isso daria cadeia, com bloqueio e leilão dos bens que amealharam com práticas desonestas. Em países com alta moral, quem é mencionado, pode acabar cometendo suicídio, por vergonha de ter exposta sua conduta. No Japão houveram casos recentes.
Ser honesto é ser leal com o próximo. Respeito às leis deve começar dentro de casa. Reclamar que falta água, transporte decente, acesso à saúde, quando colaboramos com invasões, votamos nos políticos que falta só a condenação final, pois a justiça é oportunamente lenta e ambígua, por que eles assim estão legislando.
Meios para ludibriar a fiscalização, e pagar o chamado "por fora", é muito criativo, e gostaria que usassem a criatividade para outros fins que não estes. Empresas de consultoria acabam se formando, para legalizar e triangular os valores.
Agora para os puristas, pasmem: Como condenamos o tráfico de drogas, onde legalizam valores, a mesma mecânica e instrumentos é utilizada para legalizar valores furtados da população. Então fica uma pergunta: Qual a diferença de um Traficante (seja drogas, armas, animais ou outra coisa) de um Político desonesto? Ambos cometem crimes? Um é mais hediondo que o outro?
Escrevi e não quero ficar revisando, pois são fragmentos do que penso à respeito. Uma empresa quer vender, que venda o melhor, pelo preço e qualidade mais atraente. Não pelos presentes, viagens e outros benefícios. Para que existam corruptos, devem existir corruptores, ambos criminosos, que tiram vidas e ceifam sonhos.
Eu aprecio a honestidade, apenas isso. Acho que vale a pena ser honesto com todos. Isso deve ser algo normal, uma prática recorrente. Combater o que está errado é uma forma de evoluir, quebrar paradigmas, de apenas aceitar e lamentar. A evolução não é virar carrasco, mas parar de nos perpetuar de vítimas...

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