A etnia habita, principalmente, o nordeste da Venezuela, onde deságua o rio Orinoco. O grupo costuma se deslocar sazonalmente pelo território venezuelano. Nos últimos anos, com a profunda crise econômica no país e a falta de alimentos, parte deles atravessou a fronteira brasileira. Há registros de waraos em diferentes estados do norte do Brasil, quase sempre vivendo em condições de mendicância.
Considerando que há de 50 mil pessoas waraos, de acordo com um censo de 2011, os efeitos dessa epidemia podem ser devastadores para o futuro do grupo.
"É uma situação alarmante pela magnitude. A prevalência é muito elevada, similar a que se viu na África no início da epidemia naquele continente. Além disso, está sendo transmitido rapidamente", Flor Oujol, diretora do Laboratório de Virologia Molecular do Instituto Venezuelano de Pesquisa Científica (IVIC, na sigla em espanhol) e uma das coordenadoras de uma pesquisa no caso dos warao.
Diz ainda que a situação é excepcional. "O HIV uma doença 'importada', nunca foi um problema que afetasse as populações indígenas latino-americanas".
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