As tradicionais comunidades warao são compostas por inúmeras palafitas, conhecidas no idioma local como Hanoko, muitas vezes interligadas por pontes de madeira que interconectam algumas dezenas de casas. Comumente cada casa de um núcleo costuma ter seu acesso próprio acesso ao rio.
Uma característica marcante das casas dos Warao é que elas raramente possuem paredes e o telhado é quase sempre feito de palhas de palmeira, árvore que também fornece a madeira para as estruturas das palafitas e passarelas.
Em termos de religião, os índios acreditam que um mundo sobrenatural, conhecido como Hobachi, encontra-se interligado ao mundo físico, o habitado pelos índios. O Hobachi é ocupado por espíritos conhecidos como Hebu, que podem influenciar diretamente a vida dos humanos, seja afetando suas atitiudes (violência, alegria, sofrimento), seja controlando as forças da natureza, como as águas, o clima, as florestas, entre outros.
Hoje há um esforço do governo venezuelano em evitar o êxodo dos índios para os núcleos urbanos e o abandono desta cultura milenar. Várias escolas comunitárias têm recebido notebooks com sistemas operacionais traduzidos para o idioma warao, numa bela iniciativa de inclusão digital.
As últimas décadas vêm trazendo aos Warao também uma nova realidade, com os recursos do turismo na região, já começam a surgir várias hospedarias que vão de pequenas pousadas indígenas a alguns grandes hotéis de selva, que findaram por movimentar de forma mais intensa o artesanato, a culinária e arte Warao em geral.
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