A falta de tratamento com antirretrovirais para controlar o avanço e contágio também tem ajudado a propagar a epidemia. O sistema de saúde da Venezuela enfrenta uma crise que se agrava a cada dia e a escassez de medicamentos é constante e generalizada. A federação farmacêutica venezuelana calcula que há problemas com 85% dos remédios.
"Neste momento há um desabastecimento grave de 24 antirretrovirais e há problemas com outros 20. A última compra de medicamentos para HIV foi feita pelo Ministério da Saúde em 2017", disse Regina López, diretora da ONUSIDA na Venezuela. Explica que há um plano de ação para enfrentar a situação dos warao que inclui uma campanha educativa com o objetivo de prevenir o contágio, considerando a cosmovisão da etnia. Eles acreditam, por exemplo, que "danos" vêm do ar e entram através da boca. A estratégia prevê ainda dar mais atenção médica aos infectados.
"Se este plano tivesse sido executado há dois anos, provavelmente a população infectada com HIV neste momento seria menor. Temos avançado do jeito que dá, mas são se pode dar início aos tratamentos até que o governo compre antirretrovirais. Lamentavelmente, não sabemos quando será feita a aquisição", conclui López. Especialistas dizem que, com o tratamento adequado, o risco de contágio é mínimo, não chega a 1%.
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