O tipo de HIV que circula entre os warao tem uma peculiaridade: os soropositivos rapidamente desenvolvem AIDS e morrem pouco tempo depois. "A maioria das infecções por HIV começam como um tipo viral chamado R5 e, à medida que a doença avança, o vírus se transforma em X4. Essa variante é muito mais agressiva, porque leva a um estado de deficiência imunológica mais rapidamente", explica Héctor Rangel, biólogo, do IVI, que também participou da pesquisa.
Segundo ele, 90% dos warao têm o vírus X4 e isso não é comum nem na América Latina nem no resto do mundo. O médico Waard acredita que a expectativa de vida dos indígenas da tribo com HIV pode ser de apenas dois anos.
A origem do vírus que afeta a etnia parece ser diferente do que aquele circula entre o restante da população venezuelana. "Tampouco é o que se encontra no Caribe e na Guiana. Sabemos que o surto começou na comunidade de Guayo, no delta do rio Orinoco, mas desconhecemos a origem. Parece ser filipina, mas não temos certeza. Pelo rio passam muitos barcos, talvez pode ter sido introduzido dessa forma", assinala Waard.
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