Outra característica da epidemia é que ela afeta, desproporcionalmente, os homens. "Em algumas comunidades, 35% da população adulta masculina está infectada. Em relação às mulheres, os casos chegam a 2%", comenta Pujol.
Um elemento que permite explicar tamanha diferença é a homossexualidade e bixessualidade na cultura warao, de acordo com os pesquisadores que estudam o tema. "É comum que transgêneros (tidawinas em warao) tenham atividades sexuais com homens diariamente em algumas comunidades. Alguns antropólogos dizem que os transgêneros se consideram esposas secundárias", índica um estudo publicado em 2013.
Um fator adicional que complica ainda mais a presença do HIV entre os indígenas é a tuberculose. A doença com alta prevalência há muito tempo entre os membros da etnia os fazem ainda mais vulneráveis.
Os efeitos do bacilo da turbeculose e do vírus HIV são potencializadas quando coexistem no organismo humano.
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