Bolha imobiliária ou crise do "subprime" foi detonada em meados de 2007, alimentada pela concessão de empréstimos hipotecários de alto risco, mesmo para aqueles sem histórico de crédito ou comprovada capacidade de pagamento – o chamado mercado "subprime". A alta contínua dos preços dos imóveis permitia aos mutuários obter novos empréstimos (hipotecas), sempre maiores, para liquidar os anteriores, em atraso, dando o mesmo imóvel como garantia. Quando os juros voltaram a subir no país e o preço das residências começou a desabar, a bolha estourou. As prestações saltaram e houve inadimplência em massa, com milhões de famílias devendo mais aos bancos do que valiam seus imóveis.
O preço médio das residências chegou a cair cerca de 40%, cinco milhões de casas foram retomadas e a construção de novas unidades despencou, obrigando o governo a lançar um programa de mais de US$ 30 bilhões para refinanciar contratos e ajudar os mutuários. A venda de imóveis usados, que atingiu o auge de 6,2 milhões de unidades em 2006, caiu para 4,2 milhões em 2011. No mesmo período, o número de moradias novas comercializadas passou de 1 milhão para 306 mil.
Passados cinco anos da quebra do Lehman, porém, o mercado imobiliário dá sinais de recuperação. Os preços estão subindo desde o início de 2012 e estão no melhor nível desde 2006, mas ainda cerca de 10% abaixo da máxima. As vendas de imóveis usados registraram em julho o nível mais alto desde novembro de 2009, alcançando uma taxa anual de 5,39 milhões de unidades. Já as vendas de casas novas subiram 6,8% em julho, para uma taxa anual ajustada sazonalmente de 394 mil unidades.
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