A crise financeira global mostrou também a fraqueza da construção da União Europeia e a fragilidade do euro, colocando em dúvida a sobrevivência da moeda. Países como Portugal, Espanha, Irlanda e Chipre precisaram de socorro financeiro, tiveram de fazer, a toque de caixa, medidas de austeridade fiscal e reformas que custaram muito à população.
O PIB da zona do euro desabou 4,4% em 2009 e, após uma leve recuperação em 2010 e 2011, voltou a entrar em recessão, com a economia recuando 0,6% em 2012. No segundo trimestre deste ano, a economia da região apresentou um leve “respiro”, com alta de 0,3%, saindo oficialmente da recessão. Mas o desemprego permanece em patamares recordes (12,1% em julho). Na Grécia, a taxa está em 27,9%.
Há, entretanto, contraste entre países como Alemanha e Espanha. Enquanto apenas pouco mais de 5% dos trabalhadores na Alemanha estavam desempregados, o número ultrapassou 26% na Espanha. Estimativas do Fundo Monetário Internacional (FMI) apontam que a zona do euro deve continuar em recessão em 2013, com a atividade contraindo 0,6%. “O crescimento subirá para pouco menos de 1% em 2014 [a previsão do fundo é de alta de 0,9%], mais fraco que o projetado inicialmente”, apontou relatório do fundo.
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