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segunda-feira, 9 de julho de 2012

Xeque Mate no Bispo - Comportamento/Religião

O bispo argentino Fernando Bargalló, flagrado numa praia mexicana abraçado a uma mulher, admitiu ter com ela uma relação sentimental e apresentou sua renúncia ao Vaticano. Titular da diocese de Merlo-Moreno e presidente da Cáritas Latinoamérica, o prelado jurara diante do núncio apostólico (o embaixador da Santa Sé) que a mulher com quem aparecia em situações de intimidade era apenas uma amiga de infância.
Diante de uma investigação aberta pelo Vaticano e da repercussão do caso, Bargalló, de 59 anos, mudou sua versão da história e renunciou. Segundo o jornal argentino "Clarín", o bispo reuniu todos os sacerdotes de sua diocese para fazer a confissão e apresentar sua decisão.
O escândalo estourou quando um canal de TV de Buenos Aires, divulgou imagens do prelado numa praia do balneário de luxo de Puerto Vallarta, no México, junto com María de las Victorias, de 55 anos, numa viagem feita em 2011. Bargalló alegou que coincidira estar no país no mesmo período que a alegada amiga de infância - dona de um restaurante em Buenos Aires -, mas reconheceu "certa imprudência" no seu comportamento, que deu origem a "más interpretações". No entanto, reforçou seu comprometimento com a vida sacerdotal.
Logo em seguida, o Vaticano anunciou a abertura de uma investigação para esclarecer os fatos e definir a situação do bispo. Além da quebra dos votos de castidade, teve má repercussão na Igreja o fato de o bispo ter se hospedado num hotel de luxo ao comparecer a uma reunião do Secretariado Latino-americano e Caribenho da Pastoral Social Cáritas.
A divulgação das imagens causou revolta entre membros da Igreja e políticos, sobretudo porque Bargalló, que também chefiava a Cáritas na Argentina, contestou várias vezes o governo de Buenos Aires por políticas sociais e mais atenção aos setores mais pobres do país. Muitos se perguntam quem pagou o custo das férias em um resort de luxo. Além disso, a polêmica reacende a discussão sobre o celibato sacerdotal.
Bem, caímos na questão do dogma do Catolicismo que proíbe que quem abrace o sacerdócio tenha relação que induza à interpretação de laços amorosos com outra pessoa. Isso foi instituído num passado obscuro, onde pessoas que abraçavam a Igreja Católica (assim como algumas outras religiões) não poderiam deixar herdeiros, que pudessem pleitear os bens da Santa Sé.
Pessoalmente, entendo que abraçar a fé, não precisa-se abrir mão de abandonar desejos de compartilhar uma vida com alguém que não seja apenas no celibato. Afinal, as pessoas não buscam a felicidade? Por que ficar apenas com a parte espiritual?



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