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terça-feira, 31 de julho de 2012

O Salto da Lenovo - Economia

O nome significa "nova lenda" e a empresa faz jus a ele. A gigante chinesa dos computadores Lenovo está prestes a se tornar o maior fabricante de computadores pessoais (PCs) do mundo, superando marcas emblemáticas como Hewlett Packard, Dell, Acer e a pioneira IBM. A brecha que separa a Lenovo da líder no segmento, a americana HP, é de menos de 1%: 14,9% do mercado são da fabricante chinesa e 15,5 % estão sob o controle da multinacional americana, segundo a empresa de pesquisas de mercado IDC.
Segundo especialistas, no entanto, a Lenovo estará no topo antes do final deste ano. As ações da fabricante chinesa subiram cerca de 16% em 2012, deixando as rivais para trás. 
A empresa é conhecida por ter adquirido, em 2005, a marca Thinkpad e a divisão de PCs da IBM - pelo qual pagou US$ 1,27 bilhão. Depois, comprou a fabricante alemã de portáteis Medion e, recentemente, formou uma empresa com a japonesa NEC. Sua expansão é marcada, segundo analistas, por uma agressiva política de preços, aquisições no exterior e o aproveitamento de um mercado doméstico em rápido crescimento.
Analistas, no entanto, advertem que o rápido retorno das ações da Lenovo é fruto da diminuição das margens de lucro da empresa. Além disso, a fabricante enfrenta uma desaceleração no crescimento no mercado de portáteis e também se vê às voltas com as rivais no complexo segmento de tablets. 
Fundada em 1984 em Pequim, com o nome de Legend Group and New Technology Developer Incorporated, a Lenovo começou a crescer rapidamente no mercado chinês, que ainda hoje absorve quase a metade dos produtos da empresa. As vendas na China estão concentradas em cidades pequenas e áreas rurais, onde o PC ainda é um artigo escasso e novo. Mas a empresa também se diversificou. A Lenovo agora fabrica portáteis, servidores, PDAs (Personal Data Assistants, como palmtops) e hands free para celulares. Além disso, a empresa se concentrou no consumidor do segmento jovem, com idade entre 18 e 34 anos.
Outro ponto forte da gigante asiática é a presença de executivos de tecnologia de mais de seis países em seu corpo diretor. A Lenovo tem sedes em Pequim, Paris e Raleigh (na Carolina do Norte, Estados Unidos). O crescimento na Europa e no Japão foi impulsionado pela aquisição da eletrônica Medion e da NEC.
Apesar do tamanho e do crescimento da Lenovo, suas margens de lucro vêm se deteriorando e a empresa ainda tem de consolidar sua posição. Outro obstáculo que a Lenovo enfrenta é a desaceleração no crescimento do mercado de PCs, em nível global e na própria China. Ainda que em 2011 as vendas da empresa tenham crescido 35%, a Lenovo tem de lidar com o fato de que seus consumidores trocaram seus computadores e portáteis por smart phones e tablets.
Para competir com pesos pesados do mundo tecnológico como a Apple, cujos produtos são muito populares na China, a Lenovo desenvolveu uma linha de smart phones e tablets, os chamados LePads. No momento, a empresa continua crescendo, embora sua marca continuem menos conhecida do que a de suas rivais HP, Acer e Dell.
Realmente o mercado de PC's vem diminuindo as margens de lucros. Assistimos empresas globais sumirem do mercado. Outras foram engolidas por seus rivais, mas hoje a busca é manter uma lucratividade que justifique a operação. Não acredito que os PC's e equivalentes deixem de existir, apenas produtos intermediários serão severamente prejudicados, como os netbooks, que concorrem diretamente com tablets e smartphones. Coisa a esperar e ver o que acontece...

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