Após mais de três décadas de trâmite na Justiça, chegou ao fim um dos casos que mais abalou a Austrália na década de 80. Azaria Chamberlain, uma bebê de apenas dois meses de idade, foi morta em 17 de agosto de 1980 na área desértica de Uluru, conhecida como a região de Ayers Rock, no norte do país. A família da criança, que acampava no local, afirmou que Azaria havia sido levada por cães selvagens chamados "dingos", em um breve momento no qual a mãe deixou a tenda onde a bebê dormia.
Testemunhas contam que a mãe, Lindy Chamberlain, deixou a bebê por cerca de dez minutos, enquanto fora ao carro pegar mantimentos com o filho Aiden, de seis anos. O corpo de Azaria nunca foi encontrado, mas Lindy afirmara enfaticamente que viu de relance um cão carregando algo para fora do acampamento. O primeiro inquérito sobre a morte de Azaria, em 1981, concluiu que a menina fora atacada por dingos. No entanto, a Suprema Corte do Território Norte questionou o documento e pediu uma segunda investigação sobre o caso.
Apesar das apelações por inocência, a pressão popular sobre uma definição do caso fez a Justiça da Austrália condenar, em 1982, Lindy à prisão perpétua pelo suposto homicídio da filha, e o pai Michael Chamberlain, por ter sido cúmplice do crime, a alguns anos de prisão. Os dois permaneceram no cárcere por quatro anos, até a descoberta de roupas com o sangue da menina enterradas ao lado de uma toca de dingos próxima ao local do acampamento.
A polêmica sobre a morte de Azaria deu origem ao livro "Evil Angels", de John Bryson, e ao filme "A Cry in the Dark", do diretor Fred Schepisi e estrelado pela atriz americana Meryl Streep, que recebeu indicação ao Oscar e ao Globo de Ouro. No total, quatro inquéritos foram abertos para apurar o caso. No último deles, cujo julgamento foi definido nesta terça, o atestado de óbito da menina foi formalizado como causa da morte por "ataque de dingos".
"Está claro que em circunstâncias particulares um dingo é capaz de atacar, arrastar e causar a morte de uma bebê", disse Elizabeth Morris, a médica legista do caso. "Nós vivemos em um país lindo, mas perigoso e nós pedimos aos australianos para ficarem atentos, tomarem as medidas necessárias e não esperarem que outros façam isso por eles. Sinto muito por sua perda. O tempo não cura a dor e a tristeza da perda de um filho", concluiu.
Após a audiência Lindy e Michael, agora divorciados, se abraçaram e exibiram o certificado oficial da morte da filha. "A verdade foi liberada. Essa batalha para provar o que causou a morte de Azaria demorou muito. Mas estou aqui para mostrar a vocês que é possível conseguir justiça mesmo quando todos acham que está tudo perdido", disse Michael.
Apesar das apelações por inocência, a pressão popular sobre uma definição do caso fez a Justiça da Austrália condenar, em 1982, Lindy à prisão perpétua pelo suposto homicídio da filha, e o pai Michael Chamberlain, por ter sido cúmplice do crime, a alguns anos de prisão. Os dois permaneceram no cárcere por quatro anos, até a descoberta de roupas com o sangue da menina enterradas ao lado de uma toca de dingos próxima ao local do acampamento.
A polêmica sobre a morte de Azaria deu origem ao livro "Evil Angels", de John Bryson, e ao filme "A Cry in the Dark", do diretor Fred Schepisi e estrelado pela atriz americana Meryl Streep, que recebeu indicação ao Oscar e ao Globo de Ouro. No total, quatro inquéritos foram abertos para apurar o caso. No último deles, cujo julgamento foi definido nesta terça, o atestado de óbito da menina foi formalizado como causa da morte por "ataque de dingos".
"Está claro que em circunstâncias particulares um dingo é capaz de atacar, arrastar e causar a morte de uma bebê", disse Elizabeth Morris, a médica legista do caso. "Nós vivemos em um país lindo, mas perigoso e nós pedimos aos australianos para ficarem atentos, tomarem as medidas necessárias e não esperarem que outros façam isso por eles. Sinto muito por sua perda. O tempo não cura a dor e a tristeza da perda de um filho", concluiu.
Após a audiência Lindy e Michael, agora divorciados, se abraçaram e exibiram o certificado oficial da morte da filha. "A verdade foi liberada. Essa batalha para provar o que causou a morte de Azaria demorou muito. Mas estou aqui para mostrar a vocês que é possível conseguir justiça mesmo quando todos acham que está tudo perdido", disse Michael.
Muitas vezes a justiça precisa de provas, para incriminar alguém. Mesmo tendo um perfil que essa pessoa venha a ser inocente, a ausência de algum fator atenuante que comprove isso, não basta para que seja incriminada. Assim corre a justiça, onde de justa, pode cometer o pecado de ser absurdamente injusta/ No caso, imputando a culpabilidade em dobro à uma mãe...
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