Total de visualizações de página

terça-feira, 14 de agosto de 2012

Bombardeio de Ursinhos... - Internacional



O mais recente capítulo do “bombardeio” de ursinhos de pelúcia ocorrido no início do mês de julho em Belarus ocorreu nesta sexta-feira (03/08) através de um atrito diplomático entre o governo Bielorrusso e a Suécia. No início do dia, a alta representante da União Europeia para Relações Exteriores, Catherine Ashton, emitiu um comunicado condenando a expulsão de Stefan Eriksson, embaixador sueco na ex-república soviética. No entanto, a chancelaria bielorrussa negou a informação.
Segundo o ministro Andrei Savinykh, seu colega sueco não foi expulso. O governo de Belarus ou Bielorússia decidiu apenas “não renovar seu visto”. “Eriksson trabalhou em Minsk durante sete anos. Foi um longo período. Durante todo esse tempo, suas atividades estavam centradas em não fortalecer as relações entre Belarus e Suécia, apenas em sua erosão”.
“Estamos prontos para fazer esforços para manter uma natureza construtiva em nossas relações. Ao mesmo tempo, se o lado sueco procurar agravar a situação, seremos forçados a responder adequadamente”, disse o ministro em nota oficial.
A saída de Eriksson é conseqüência de um protesto organizado pela Studio Total, uma agência de propaganda sueca que, no início de julho, alugou um avião, saiu da vizinha Lituânia e invadiu o espaço aéreo de Belarus sem permissão. Em seguida, jogou centenas de ursinhos de pelúcia na cidade de Ivyanets. Os brinquedos caíam em pequenos pára-quedas e continham mensagens pedindo a abertura política do país, como “Liberdade para Belarus” ou “Apoiamos a luta pela liberdade de expressão em Belarus”. A Studio Total organizou a ação a pedido da ONG Charter 97.
O episódio irritou profundamente o presidente do país, Alexander Lukashenko, no poder de Belarus desde 1994. Ele demitiu o comandante das defesas aéreas do país e o chefe do Comitê de Fronteiras, já que obteve informações de que militares da Força Aérea e do controle de fronteiras permitiram ao avião sobrevoar o país sem nada fazer para evitá-lo.
O ministro do Exterior sueco, Carl Bildt, afirmou que Eriksson estava sendo expulso por apoiar a democracia e os direitos humanos em Belarus. Como retaliação, o governo sueco afirmou que não vai receber o próximo embaixador de Belarus e pediu que dois diplomatas bielorrussos do país deixassem a Suécia.
Lukashenko ordenou ao novo chefe da Segurança de Fronteira do país a usar armas para reprimir qualquer invasão aérea por parte de aviões estrangeiros vindos de fora da fronteira. “Violações ilegais da fronteira não serão toleradas. Elas devem ser barradas por todos os meios de força, incluindo armas, não importa as circunstâncias. Os seguranças de fronteira devem provar sua lealdade à sua terra”, disse Lukashenko ao dar posse ao novo chefe da guarda, Alexander Boyechko.
Inicialmente, a defesa aérea de Belarus negou que o avião tivesse invadido o espaço aéreo do país e classificou a história de uma “provocação”, segundo a agência russa Ria Novosti. Mas após semanas negando, o presidente admitiu a ação no dia 27 de julho, sem esconder sua inconformidade. “Como explicar uma provocação cometida por um avião monomotor que não só cruza nossa fronteira, como também invade o território de Belarus impunemente? É, antes de tudo, um problema de segurança para nossos cidadãos”, disse Lukachenko durante uma reunião com a alta cúpula militar do país, informou a agência estatal bielorussa Belta.
Na ocasião, a Studio Total emitiu uma nota afirmando que patrocinou integralmente a ação, incluindo os pilotos e o avião, e que realizou a ação em condições excepcionais e de “perigo real”, por tratar-se de uma “invasão de espaço aéreo de uma ditadura”. “Não apoiamos a violação de leis internacionais. Mas quando é por uma causa justa, a única lei que se deve seguir é a do coração”, diz o texto.
O ministro do Exterior sueco, Carl Bildt, afirmou que Eriksson estava sendo expulso por apoiar a democracia e os direitos humanos em Belarus. O governo sueco afirmou que não vai receber o próximo embaixador de Belarus e pediu que dois diplomatas do país deixassem a Suécia.
Uma brincadeira pode gerar consequências. Lutar por democracia é parte do povo. Não se pode, mesmo que por princípios éticos, algum outro país, muito menos uma empresa, cometer crimes, mesmo buscando a defesa da população local. Foram violados alguns princípios. Fomentar mais um conflito é ficar assistindo o que foi chamado de "Primavera Árabe", com conflitos sangrentos para derrubar governos autocratas...

Nenhum comentário:

Postar um comentário