Pelo regulamento do COI, é vedado qualquer participação de atletas em anúncios de marcas que não sejam patrocinadoras dos Jogos durante o período da Olimpíada. Para este ano, o período restrito duraria de 18 de julho a 15 de agosto, mas as imagens de Phelps no comercial da grife francesa teriam sido divulgadas três dias antes do prazo, no dia 12 deste mês.
A alegação da Louis Vuitton é que as imagens reproduzidas na internet foram roubadas, o que inocentaria Phelps. No entanto, caso seja provado que a divulgação foi intencional, o nadador pode ser multado e até perder medalhas.
Bem, o que fica claro na verdade é que o espírito Olímpico, que tanto tem-se divulgado e alardeado é, na verdade, o espírito Econômico. Justifico pois o interesse das marcas patrocinadoras vem acima da competição. Passam a imagem de empresas sérias, podem até ser.
O problema que vejo é que muitos dos esportistas acabam sendo parte de uma estratégia de marketing pontual (fazendo um trocadilho ao mérito deste blog). Pauta-se no momento da competição, deixando de lado o investimento anterior no preparo de um atleta de alta performance. Casos de ícones que forma cortados, por causa de seus patrocinadores pessoais, já provocou muita discussão.
Se uma empresa quer de fato associar sua marca ao evento, deve acima de tudo, limitar-se ao aspecto do momento. Impedir que o ganha pão de muitos seja extirpado é no mínimo denegrir a própria prática. Ao mesmo tempo, as empresas hoje estão mundialmente informadas, sobre limites de exposição. Aproveitar um momento é também oportunismo.
O melhor seria que os atletas não necessitassem contar com patrocínios privados, e representassem de fato, países, não apenas marcas. Hoje muitos representam marcas consolidadas ou emergentes. No caso específico, foi um erro na divulgação, pois o patrocinante poderia aproveitar muito mais os feitos de seu pupilo, alardeando suas conquistas nas piscinas...
Reprodução
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