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terça-feira, 7 de agosto de 2012

Pode piorar mais? - Economia

A maioria dos europeus diz estar mais preocupada com o futuro de sua vida financeira do que estava há cinco anos. Boa parte deles acha que a chance de chegar a uma situação precária também está maior. A pesquisa foi feita pela Ipsos-Lógica Business para o Crédit Agricole Assurances e publicada no jornal francês ‘Le Monde’.
Segundo a análise, 71% dos europeus acreditam estar mais perto de conhecer riscos financeiros do que estava há cinco anos, e 63% deles pensam que a sua chance de passar por um aperto orçamentário cresceu ao longo do período pesquisado. Apenas 17% dos entrevistados disseram acreditar que as dificuldades ficaram menores agora. E só 20% afirmam que caiu o risco de sua vida financeira chegar a uma situação pior do que a atual. A pesquisa aponta ainda que 56% das pessoas dizem estar mais preocupadas em perder seu emprego do que estavam cinco anos atrás.
Os pesquisadores da Ipsos-Lógica ouviram 7.245 pessoas, divididas em seis países: França, Alemanha, Espanha, Reino Unido, Grécia e Polônia, em entrevistas pessoais e pela internet. O pessimismo europeu tem razão. As medidas de austeridade na Zona do Euro estão impedindo queda na inflação. Isso porque os países do bloco, visando a solucionar seus problemas de déficit fiscal, vêm promovendo sucessivos ajustes em impostos, que impactam preços de bens e serviços. Com o custo de vida elevado, o otimismo cai.
Segundo o grupo financeiro Schroders, a austeridade está escondendo a desinflação na Zona do Euro. “Os aumentos de impostos na Espanha e em outros países não vão apenas rebaixar o crescimento no curto prazo, mas também elevar a inflação”, aponta relatório da instituição.
Acredito que os dados poderiam mostrar números mais alarmantes com relação à expectativa, visto que outros países no olho do furacão deixaram de ser ouvidos, como Portugal e Itália. Quando se está numa crise como a que convive o bloco europeu, sem uma mobilização conjunta fica mais complicado de sair do marasmo.
Apenas se houver consenso e firmeza nas ações, poderão eles, esperar um futuro mais promissor em breve. Mas a Inglaterra não sentando junto na mesa de discussões, se torna mais morosa a recuperação e ação com foco determinado e firme. Vamos aguardar novas alternativas e bom senso...

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