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quinta-feira, 30 de agosto de 2012

Protestos dos Médicos (mais um) - Saúde/Economia

Os médicos de São Paulo pretendem interromper o atendimento aos planos de saúde no próximo dia 6 de setembro em protesto contra o mal pagamento dos serviços privados à categoria. A decisão foi tomada após plenária estadual, na sede da Associação Paulista de Medicina (APM), no centro da capital paulista.
A APM afirma que atendimentos de emergência e casos graves não serão negados à população. Os profissionais pretendem cancelar todos os atendimentos eletivos, ou seja, as consultas, cirurgias e exames de rotina, de acordo com o presidente da associação, Florisval Meinao.
A categoria pede reajuste no valor de consultas para R$ 80. Sem a negociação, os valores são distintos entre as empresas e Meinao calcula que, em média, os médicos recebem R$ 50 por consulta. Os valores mais altos não passam de R$ 60 e os mais baixam chegam aos R$ 20. Isso representa, respectivamente em valores aproximados, US$ 40, US$ 25, US$ 30 e US$ 10.
Além de padronizar os valores das consultas, a categoria pede também a padronização dos demais procedimentos médicos de acordo com a Classificação Brasileira Hierarquizada de Procedimentos Médicos (CBHPM). A norma conta com mais de 4 mil procedimentos listados em até 42 patamares. Cada patamar apresenta um valor de acordo com estimativa da Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (Fipe) da Universidade de São Paulo (USP). A última atualização da CBHPM aconteceu em 2003 e a associação calcula uma defasagem de 50% hoje. A APM ainda pede o fim das pressões para reduzir exames, internações e outros procedimentos essenciais ao adequado tratamento, valorização imediata dos honorários e inserção de cláusula de reajuste anual nos contratos.
Bem, dizer que um médico deva ser remunerado de forma condizente isso é o mínimo em respeito à sua formação. Afinal, um médico leva (se não houver repetência), 6 anos na formação normal, mais 2,5 anos na formação de clínica médica/residência (que envolve cirurgia geral), e o restante para formação na especialidade que irá variar de acordo com o que for escolhido nesse momento.
Muitos sequer conseguem encontrar emprego ou um "bico" profissional que o remunere para poder pagar suas contas pessoais. Afinal, a formação envolve dedicação integral, com jornadas de 10 horas no mínimo, no internato ou residência(que é a formação específica). Algo longo e que envolve muitos custos.
Mas o que estão questionando é o quanto eles recebem de planos de saúde, que é uma negociação deles com os planos, não podendo com isso transferir aos pacientes. Entendo que se acham que recebem pouco, é simples de se resolver, apenas cancelem seu contrato com o plano de saúde. Da forma como se manifestam, deixam escapar como movimento generalizado e que vai abranger toda a saúde, e não é isso...

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