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domingo, 26 de maio de 2013

Barbie acusada: Sexista - Economia/Sociedade/Comportamento

A emblemática imagem trata-se de um protesto do grupo Femen, contra a abertura da "Casa da Barbie".

A abertura da "Casa dos Sonhos" da boneca Barbie, em Berlim, dia 16, provocou protestos de vários grupos que qualificam a famosa boneca como "sexista" e "associada ao capitalismo", responsável por estimular transtornos alimentares nas crianças. Com 2,5 mil m² em todos os tons de rosa possíveis, a representação em tamanho real da casa da mundialmente famosa boneca, nas palavras da vice-presidente de marketing da marca Barbie, Lori Pantel, abre nova forma de diálogo do produto com os consumidores. "É uma experiência memorável", disse ela.
A visita à casa oferece um passeio por todos os cômodos, da cozinha ao banheiro. Os visitantes podem conhecer o enorme guarda-roupas, a penteadeira, joias e artigos de maquiagem e a interminável coleção de sapatos da boneca. A casa permite às crianças provarem os vestidos da boneca virtualmente, cozinhar seus alimentos também virtualmente e desenhar e pintar as suas roupas.
O presidente e diretor geral da EMS Entertainment, Christoph Rahofer, explica que a organização prestou muita atenção nos detalhes para criar uma experiência interativa completa usando toda a tecnologia disponível. Para Stevie Meriel Schmeidel, presidente da Associação Pinkstinks da Alemanha, a forma de potencializar a beleza e a moda faz com que a Casa dos Sonhos da Barbie seja uma iniciativa condenável. "A Barbie é o brinquedo mais representativo do mundo dos brinquedos para as meninas, um mundo que sempre fala de como se vestir e como ser bonita", explica Schmeidel.
Na opinião dela, a figura da boneca é uma das causas do drástico crescimento dos transtornos alimentícios das meninas, que sofrem uma pressão psicológica para se adaptarem aos padrões de beleza da magérrima boneca. A representante do Sindicato de Educação e Ciência, Doreen Siebernik, explica que o que se vê na Casa da Barbie não é o que se pode considerar um bom exemplo pedagógico. Militantes feministras protestaram do lado de fora da casa contra a 'educação sexista' representada pela boneca. Katharina Nesterowa, uma das militantes que organizaram o protesto na porta da 'Casa dos Sonhos', disse que a boneca define um modelo que pede às meninas, de forma irônica, que sejam mais sensuais, loiras e tenham mais peitos e menos quadris.
Nesterowa assegura que tanto ela como suas companheiras acreditam Barbie "está associada ao capitalismo e ao sexismo", e que é preciso encontrar alternativas baseadas na igualdade de educar as crianças. A Casa dos Sonhos da Barbie ficará aberta até o fim de agosto em Berlim e depois vai começará um tour por outras cidades da Alemanha.
Bem, o que dizer à respeito? A Barbie é um negócio, e como tal deve gerar lucro e visibilidade. Os movimentos e as analises de Pedagogos, tentando encontrar parâmetros entre um modelo de negócio, focado em venda de produtos e exposição à marca, e ensinamento educacional, é no mínimo discutível. Garanto que se alguns dos ativistas, comprarão a boneca para suas filhas, se elas tiverem, e as crianças pedirem, pois é o que está no mercado.
Melhor mudar o foco dos protestos e de fato, efetuar um movimento que se digne a encontrar algo a criticar, como uma política monetária, ou maquiagem de preços, que normalmente os governos apregoam, e pouco se fala, apenas algumas vozes isoladas...
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