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segunda-feira, 15 de julho de 2013

01 - Pingüins: Quem diria? - Comportamento

Observações sobre a estranha vida sexual dos pinguins no Polo Sul feitas por um cientista britânico há um século foram divulgadas pela primeira vez, após terem passado décadas escondidas por terem sido consideradas "chocantes demais". O médico e biólogo George Murray Levick, que observou o comportamento dos animais, era um membro da famosa expedição do capitão Robert Falcon Scott ao Polo Sul, entre 1910 e 1913.
Os detalhes das observações feitas por Levick, incluindo "coerção sexual", necrofilia e comportamento homossexual, foram considerados "depravados" e retirados dos relatos oficiais da expedição. Segundo o Museu de História Natural de Londres, que manteve os documentos originais e decidiu divulgá-los, muitos dos comportamentos supostamente "depravados" observados por Levick já foram posteriormente explicados cientificamente por pesquisadores.
Levick era o médico oficial da malsucedida expedição Terra Nova, comandada pelo capitão Scott, que partiu para o Polo Sul em 1910. Era um pioneiro no estudo dos pinguins e foi a primeira pessoa a acompanhar in loco um período de acasalamento completo de pinguins em uma colônia em Cabo Adare, na Antártida. Ele registrou muitos detalhes das vidas dos pinguins-de-adélia, mas algumas das atividades dos animais foram consideradas fortes demais pela sensibilidade da época.
Levick ficou chocado com o que descreveu como "atos sexuais depravados" de machos "arruaceiros" que copulavam com fêmeas mortas. Ele ficou tão perturbado com o que viu que registrou as atividades "pervertidas" em seu caderno de anotações em grego, e não em inglês, para limitar o acesso aos registros.

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