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sexta-feira, 19 de julho de 2013

02 - Irmandade Mulçumana: Tentando entender - Política/Religião

Banida durante a maioria das décadas desde seus 85 anos de existência, a Irmandade concorreu em eleições legislativas do Egito por meio de candidatos independentes ou com alianças a outros partidos. O braço político do grupo, o Partido da Justiça e da Liberdade, veio a ser legalizado no Egito depois do levante população que forçou a queda de Hosni Mubarak , em fevereiro de 2011.
Desde os anos 1970, o grupo rejeita oficialmente todo o tipo de violência e se classifica como “democrático”. No entanto, braços da Irmandade estiveram ligados a uma série de ataques no Oriente Médio até então e ainda hoje ela é acusada de incitar a violência. Recentemente o movimento foi banido na Rússia, onde é classificado como “grupo terrorista”.
Partidária segura pôster do presidente deposto Mohammed Morsi no qual se lê 'Sissi traidor', em referência ao chefe do Exército, em marcha em Nasser (04/07)

O caráter religioso, que está no centro do poder do movimento (pois conta com amplo apoio dos muçulmanos), é também o principal foco de críticas à Irmandade. “Nos últimos séculos, Estados em todo o mundo têm buscado a laicização. A Irmandade vai no sentido oposto. O grande problema disso é o temor dos grupos minoritários, como os cristãos no Egito, de que um governo assim possa acabar levando a uma perseguição contra os não islâmicos”, afirmou ao iG Marcus Vinicius de Freitas, coordenador do curso de Relações Internacionais da Fundação Armando Álvares Penteado (Faap).
Segundo Freitas, a derrubada do presidente do Egito Mohammed Morsi , que pertence à Irmandade Muçulmana, pode implicar numa perda de poder do movimento nos demais locais onde atua. “O Egito é o país mais populoso do Oriente Médio, um parâmetro econômico e cultural para toda a região. O fato demonstra que o projeto de poder da Irmandade não foi tão bem aceito como seus membros esperavam”, afirmou.
Bem, não gosto de ficar discutindo política, muito menos quando vinculada à religião. Entendo que as religiões devem ser respeitadas e os costumes idem. Política deve ser direcionada ao povo, e como tal, nem todos partilham da mesma fé. Assistimos a derrocada do Iraque, com os Shiitas, Sunitas, Curdos e Cristãos, tentando se impor. O Líbano só conseguiu um pouco de estabilidade, com a divisão do poder entre grupos religiosos.
O ideal é governar para o povo, seguindo suas virtudes, mas sem impor. Isso é autoritarismo, então, não faz parte, a meu ver, de um governo de e para o povo. Não vou tomar partido se a derrubada de um presidente eleito democraticamente é correta ou não, apenas sei que estavam caminhando mais uma vez para um autoritarismo, que haviam acabado de se libertar...

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