Não há como negar que estamos vivendo na era digital e as crianças têm grande facilidade para usarem aparelhos tecnológicos. Videogames, iPads, tablets e celulares fazem parte do cotidiano delas. Segundo Teresa Ruas, especializada em desenvolvimento infantil, "negar o convívio e o aprendizado das crianças com os atuais recursos tecnológicos, como os tablets e outros eletrônicos, não é aconselhado. Saber lidar com computadores, jogos digitais em tablets e/ou outros recursos tecnológicos faz parte do rol de habilidades e competências que a criança contemporânea deve desenvolver". Mas qual é o limite entre o exagero e o saudável nesse caso?
"A não permissão do convívio e do contato com estes recursos pode até gerar uma situação de exclusão social, pois eles já estão em nossa cultura", complementa. Em contraponto a especialista fala dos malefícios do uso excessivo desses aparelhos: "Os pais devem ter cuidado com os exageros, os pequenos precisam de brincadeiras que os permitam serem crianças. Respeitando o bom senso e as outras necessidades lúdicas, sociais, afetivas, motoras e cognitivas que as crianças precisam ter. Passar a tarde inteira nos tablets, em vez de jogar futebol com os amigos ou passear em um parque, ou ficar com o aparelho nas mãos durante o almoço em família trazem grandes prejuízos para o desenvolvimento global da criança", explica Teresa.
Levando esta afirmação em consideração podemos dizer que a utilização de aparelhos tecnológicos é como o uso de medicamentos, se usados na "dose" certa faz bem, em contraponto, o uso excessivo pode gerar prejuízos à educação e à saúde das crianças. Aí surge uma dúvida: Qual é o limite entre o "remédio" e o "veneno"? Segundo a especialista, não existe uma fórmula exata quanto ao tempo: "Em vez de estipular um tempo específico para cada faixa etária, proponho aos pais e educadores para focarem suas atenções na expressão das habilidades, competências e desejos que cada faixa etária apresenta e/ou que o contexto determina".
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